quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Curiosidades – 2) É o Heliocentrismo verdadeiro? – Ver livro É a Ciência uma Nova Religião?, e ver os dizeres de D.Servidio e AFM.

Amigos, em 1965, após longos debates (ou diálogos) que efetuei com um amigo real, tendo-os gravado, acabei escrevendo meu primeiro livro É a Ciência uma Nova Religião? Ou os Perigos do Dogma Científico, e que só foi editado pela renomada Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, em 1970/71.
Essa obra que eu reputo magistral, foi reescrita 2 ou 3 vezes, em anos posteriores. Essa eventual reedição em quatro volumes e pronta desde 1985, mas nunca publicada, sempre foi desprezada pelas renomadas editoras. Os quatro livros ficaram cinco anos parados numa editora. (Eu não sei o que acontece com o Brasil e suas editoras). E de um único tomo, que infelizmente ficou demasiado grande, saltaram fora quatro volumes que denominei: 1) A CIÊNCIA NOS ENGANA – 2) CIÊNCIA, MAGIA LOGIFICADA – 3) UMA CRÍTICA CONTRA O MÉTODO OU A ANTIDIALÉTICA – 4) AS BASES INCONSISTENTES DA MEDICINA CIENTÍFICA. Se a obra original já era boa, magistral, se podem imaginar os quatro volumes melhorados ao extremo, e praticamente imbatíveis quanto a eventuais refutações.
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O trecho do livro que vou reproduzir abaixo faz parte da primeira edição, escrita em 1965. Não reproduzo o mesmo trecho mais atual ou moderno, reescrito duas ou três vezes e posteriormente, trecho que se encontra também no segundo tomo (Ciência Magia, Logificada) porque ficou muito extenso. Só que este ficou muito mais intelegível e interessante. De qualquer modo, vocês verão que a primeira versão já é muito boa. E para aquilo que me proponho, serve.
Por conseguinte, a título de curiosidade, agora acrescento este trecho ao meu blog site para que vejam como em 1960-1965 eu já dava voltas ao meu parafuso do bom entendimento, e também porque, modernamente falando, no Blog Showdalua da Internet existem dois indivíduos inteligentes que dizem coisas parecidas às que eu disse em 1965.
Um deles é o estudioso brasileiro A.F.M. que, entre outras coisas tenta, com argumentos fundamentados, tenta provar que os americanos nunca foram à Lua em 1969-71, e o outro é o estudioso italiano Davino Servídio que apresenta outra tese astronômica, e diz que o Heliocentrismo está completamente errado e superado. A este italiano se juntou o brasileiro A.F.M. e os dois estão fazendo um trabalho interessante, e que talvez resulte em algo revolucionário.
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Portanto, agora, vou apresentar o trecho do meu livro É a Ciência uma Nova Religião, versão antiga. Neste meu trabalho se apresentam dois personagens fictícios, e que em verdade em deles (Teofrasto) sou eu mesmo e o outro (Bombastus) declino de apresentar seu nome porque hoje ele se ofende quando alguém fala contra a ciência. E parece até que não gostou quando eu o inclui em meu livro, sem mencionar o nome dele, ou mesmo mencionando-o. Então aqui vai:
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BOMBASTUS: O primeiro grande feito da Ciência moderna foi, sem dúvida, no campo da Astronomia, com o estabelecimento do sistema heliocêntrico com todos os seus mecanismos, suas leis, suas relações matemáticas, e que explica a composição Harmônica de nosso sistema solar. A Terra, como todos sabem, até o século XVI, era tido como ocupando o centro do sistema solar, em torno da qual giravam o Sol, a Lua e os planetas, além das estrelas fixas, que tinham seu lugar determinado dentro de todo esse sistema do qual a Terra era o ponto de referência principal. Esta teoria, chamada geocêntrica, foi sistematizada por Ptolomeu, mas na realidade remonta a tempos anteriores e foi defendida pelo próprio Aristóteles. Gostaríamos de saber, dentro da tua concepção da interdependência entre a mente observadora e o fenômeno observado – um depende do outro e vice-versa, só que a parte pensante, sujeito, tem mais influência do que a parte pensada, objeto – como situarias esse problema, ou seja, o problema da Terra ou do Sol ocupando o centro do sistema. E gostaríamos que falasses sobre a razão de essa idéia heliocêntrica, que já havia sido proposta no século II a.C. por Aristarco de Samos, famoso astrônomo grego, não ter vingado naquela ocasião e ter sido até mesmo ridicularizada; porém, mais tarde, no século XVII principalmente, depois que Galileu fez demonstrações práticas, Kepler apresentou suas leis e Newton partiu do sistema heliocêntrico para estabelecer os primeiros conceitos da Ciência Moderna, esse sistema se impôs de maneira tão categórica, que chegou a se tornar o ponto de partida de toda a Ciência Moderna.
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TEOFRASTUS: Bem, diante do ponto de vista monista – e que sugere que não há separatismo ou dualidade, tudo é UM – de encarar as coisas, fica difícil e impossível dizer quem estava certo: se Ptolomeu-Aristóteles, ou se Aristarco-Kepler-Copérnico-Galileu, porque cairíamos novamente naquela velha história da separação ou dicotomização do dualismo.
Para podermos opinar sobre o certo ou errado de uns e outros, era preciso que face, a um Realidade Absoluta, (não física ou científica) existissem realmente um Sol, planetas, estrelas, se fosse o caso, ou então corpos celestes simplesmente, ou ainda luzeiros como diz a Bíblia, completamente independentes e externos ao observador.
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Muito mais acertado teria sido se Ptolomeu-Aristóteles, em vez de afirmarem categórica e gratuitamente que a Terra era central e o Sol com os planetas giravam ao redor da mesma, tivessem se conhecido a si próprio, percebendo, em conseqüência, sem sombra de dúvidas, o fenômenos da conscientização, da suposta observação que lhes permitiu concluir que a Terra fosse central e o Sol e os planetas girassem em torno dela.
Como nenhum dos dois se preocupou com o fenômeno da conscientização (ou do “dar-se conta de”), muito mais importante do que a suposta observação, perderam a oportunidade de conhecer a VERDADE de perto sobre aquilo que acreditavam estar observando, mas que, em realidade, estavam extrojetando.
Melhor teria sido se esses dois pensadores tivessem perguntado a si mesmos quem era esse “eu penso” ou “eu acho”, por meio do qual acreditavam estar constatando e acreditavam estar concluindo acertadamente pela teoria geocêntrica.
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Mas como nenhum dos dois se deu esse trabalho, acharam muito mais cômodo opinar, acreditando na validez de sua razão e do intelecto de cada um (sagacidade), dizendo que a Terra era central e o Sol e os planetas giravam-lhe ao redor.
Aos seus sentidos isso era uma coisa evidente. Ambos chegaram a essa conclusão devido ao pressuposto da absoluta independência e separatismo entre o observador e o observado.
Mas como essa independência é uma falácia, uma mentira do ego-intelecto-mente (ego-pensamento), o grande mentiroso em todos nós, muitos séculos mais tarde, outros iludidos, tão errados quanto aqueles, concluíram pelo contrário, ou seja, pela teoria heliocrêntrica.
E como não existe essa independência, isto é, como o Sol-objeto completamente isolado do observador é uma ilusão, um fantasma, aconteceu que a ilusão ou aquilo que não é aparentou se afirmar, afirmando: e continuou aparentando se afirmar mesmo quando se negava. Daí o sucesso de ambas as teorias a seu tempo. Nenhum dos dois pontos de vista, contudo terá tornado real um fantasma, ainda que aparentemente, observado de outra forma.
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O REAL É O QUE É e não precisa de afirmações, nem de negações intelectuais ou pensadas. Só naquilo que é irreal ou ilusório ou é aparente aparentam caber afirmações e negações, mas nem por isso o IRREAL deixará de ser IRREAL,
Por conseguinte, como o Sol, os planetas e a Terra dependem sempre e irremediavelmente do observador, então o que Aristóteles-Ptolomeu ou Aristarco-Copérnico-Kepler-Galileu disseram sobre o que acreditaram estar vendo eram verdades particulares desses pesquisadores e nada mais.
Contudo, os demais seguidores, influenciados pelas palavras e pelas “provas” capciosas desses ditos cujos, acabaram acreditando e aceitando também essa teoria mais recente ou científica.
Tudo é questão de se formarem círculos de simpatizantes.
Ptolomeu e Aristóteles eram homens famosos, acatados, ouvidos pelos que não sabem refletir por si mesmos.
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Era a voz do “mestre” se impondo; era a voz da “escola” comandando, e como sói acontecer, diante da voz do “mestre” e da “escola” a teoria do grego Aristarco não podia continuar prevalecendo.
Não que sua teoria fosse mais certo que a de Aristóteles-Ptolomeu, e a destes autores errada. Não, era apenas mais uma teoria diante de um objeto que não existe independentemente do observador. Sujeito e o objeto são sempre interdependência; Mas quem opina é o sujeito pensante; o objeto pensado é mudo ou até mesmo se ausenta, desaparece, quando o primeiro para de pensar e falar.
Se naquele tempo o próprio Zeus tivesse descido do Olimpo e alertado os gregos de que a teoria de Aristarco estava certa e a de Ptolomeu-Aristóteles errada, mesmo assim eles não teriam acreditado, porque era ponto de vista comum a todos de que a Terra fosse central e porque a fama de Aristóteles, Ptolomeu e outros era muito grande. Não podiam estar errados, como aliás não estavam, mas, diga-se de passagem que também não estava certos.
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Neste mundo é sempre assim: há indivíduos que dizem algo em termos relativos, e há outros tolos e incapazes que fatalmente dizem amém, transformando esse algo relativo em DOGMA, em Lei. É por isso que Aristarco não foi aceito.
Agora, quanto a Copérnico-Kepler-Galileu, poderíamos concluir que estes últimos pesquisadores, criadores da ciência moderna, estavam certos, absolutamente certos; e que Aristóteles-Ptolomeu e outros estavam completamente errados.
Bem, estariam, se de fato houvesse a tão louvada independência entre observador-pensante e objeto-pensado.
Mas como mais uma vez, esses três precursores e criadores da Ciência moderna também desconheciam totalmente o que é mais elementar, ou seja a si próprios (Autoconhecimento), ou então o segredo íntimo e sutil do ego-mente, os três incidiram no mesmo erro, no qual já tinham incidido Aristóteles-Ptolomeu e outros. E cuidado, o ego-mente é um acréscimo e não é o SER a Consciência ou a Mente Primordial.
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Agora, era óbvio que estes três cientistas mais recentes acabassem triunfando, como aliás triunfaram. Mas de que maneira? Simplesmente recorrendo a subterfúgios, artimanhas e sutilezas elaboradas pelo próprio ego-intelecto-mente de cada um.
Se não há um objeto completamente independente sobre o qual se possa postular uma verdade verbal, definitiva e absoluta, e se dermos uma opinião mais sutilmente elaborada, tão gratuita e dogmática como as demais, nem por isso o objeto vai-se afirmar como tal.
O que se vai afirmar serão apenas nossas novas maneiras de pensar, nossas novas projeções ou extrojeções, nossa nova maneira intencional ou proposital de agir – ato esse forjador ou “materializador” de fantasmagóricas provas – ou então nossa opinião gratuita e dogmática; aliás nossa própria extrojeção fantasiada de objeto real.
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Atrás de minha opinião ou de minha projeção não há nada. Uma opinião gratuita e dogmática pode ser suplantada por outra opinião gratuita e dogmática, usando sutilezas e subterfúgios, mas nem por isso o fantasma que elimina outra fantasma se afirma como real.
O fato de Galileu-Kepler-Copérnico interporem um aparelho diante de suas supostas observações (telescópio), ou entre o suposto objeto de observação e os sentidos deles, não vai provar, de forma alguma, que eles estão certos e que o objeto existe como eles dizem.
Não é nem o objeto que, de per si, informa ao observador; nem o pretenso aparelho; nem tampouco serão os sentidos (órgãos sensoriais) do observador os que vão se tornar cônscios (conscientizar) daquilo que pretensamente o observador acredita ver. O que sob forma de consciência informa é o ego-mente, que está atrás de todo o teatrinho montado.
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O ego-mente engendra graças a pensamento estruturantes e depois o mesmo ego-mente discorre graças ao pensamento discursivo. A Verdadeira Consciência-SER, contudo, Sabe-Sente-Intui o Isto-Objeto e com ele comunga numa perfeita Não-Dualidade ou Monismo. Nesta condição Primordial de Existir ainda não se implantou a dualidade, a dicotomização: Não há pessoa-ego-pensante e objeto-ilusão-pensado e superposto. Há SER-EXISTIR.
Foi o mesmo ego-mente em Copérnico-Kepler-Galileu quem engendrou novas suposições, novas imagens mentais, novos pontos de vista, e pensando discursivamente fez também achar e concluir que esses pontos de vista eram válidos; e os pontos de vista engendrados pela mente de Aristóteles-Ptolomeu e outros estavam errados.
A execução do ato intencional (“experimentação”) em sua mania pensada de querer tudo “provar” é que sacramentou e validou os pontos de visto de Copérnico-Kapler-Galileu.
Mas em verdade aí, no lado científico moderno, tudo eram somente pontos de vista, ou fantasmas eliminando fantasmas, fantasmas substituindo fantasmas,fantasmas comendo fantasmas. No fundo, portanto, sempre fantasmas tanto para os gregos como para os criadores da ciência moderna.
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A experimentação científica cheia de intenções não modificou nada, apenas “materializou fantasmas”, fantasmas que foram enfraquecer os desavisados e deu forças aos astutos e sagazes.
A resposta a tudo ou a resposta realmente certa, tê-la-iam encontrado todos esses estudiosos se, ao invés de opinares gratuitamente, agindo intencionalmente, com instrumentos científicos ou não, tivessem antes compreendido as ânsias do próprio “eu” ou ego. Se tivessem antes pesquisado em si próprios o que estava acontecendo em suas mentes, já lamentavelmente ego-personificadas. E cuidado, se se está denunciando inclusive o ego-mente, então não há um pretenso subjetivismo calhorda querendo prevalecer sobre um objetivismo ou materialismo não menos idiota.
Sempre melhor é saber o que acontece, o que se passa em meu ego-mente, no momento de perceber, conscientizar, (mente-ego essa que naturalmente não é cérebro).
Estarei eu observando e constatando determinada coisa, separada de mim (ego) e depois conscientizando-a tal e qual?
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Ou mal pensando, estarei apenas engendrando determinada coisa, para depois projetá-la para fora, e finalmente, depois de agir intencionalmente, e aí, por um lapso de ignorância ou desaviso, crer que estou observando algo novo e independente de mim (ego)?
Se houvesse um objeto externo, real e independente do ego em mim (SER), então seria possível que as opiniões de Copérnico-Kepler-Galileu estivessem mais certas do que as de Aristóteles-Ptolomeu e outros.
Mas não havendo objeto material, externo e separado – sim porque a pasta material dos materialistas sempre foi ilusão esmagadora, como aliás, a Física Quântica Ondulatória também já sabe – o que há são apenas imagens e opiniões gratuitas.
Há apenas engendramentos substituindo engendramentos; extrojeções substituindo extrojeções. E estes engendramentos não servem como verdade comum, como Verdade Universal válida para todos.
Diante dessa maneira de ver as coisas, Aristóteles-Ptolomeu e Aristarco-Copérnico-Kepler-Galileu estavam certos, porque o que eles pensavam e faziam, isso representava suas verdades, e estavam errados porque essas não eram verdades que podiam ser comuns a todos, não eram verdade universais.
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Aristóteles-Ptolomeu estavam certos em dizer que a Terra era central, pois era seu próprio ponto de vista, e estavam errados em pretender que suas opiniões sacramentadas fossem uma VERDADE UNIVERSAL, válida para todos.
O mesmo se diga de Aristarco-Copérnico-Kepler-Galileu, que estavam certos em dizer que o Sol era central, mas estavam errados em pretender dizer, e “provar cheios de propósitos”, que essa era uma VERDADE UNIVERSAL, desta vez realmente válida para todos.
Em verdade, a Terra ou o Sol continuam sendo o que são e estando onde estão, indecifráveis aos intelecto, a despeito de todas as opiniões do intelecto humano.
O que é, é; e não pode ser abordado com afirmações e negações humanas, e muito menos com explicações dependentes dos frutos da pretensa experimentação ou também frutos engendrados pela execução do ato intencional.
Se daqui há uns anos aparecer um esquisitão qualquer, que encarando o Sol disser qualquer outra coisa que contrarie a atual pseudo verdade dominante, esse também estará certo em relação ao seu ponto de vista, e estará errado em relação à VERDADE PRIMORDIAL, ou então em relação ao mal-denominado objeto-Sol.
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Finalmente, concluindo esta longa arenga, que melhor fora se eu tivesse calado, o sucesso da definitiva implantação das afirmativas de Copérnico-Kepler-Galileu deve-se a uma sutileza de argumentos e à execução do ato intencional, “materializador” ou consubstanciador de fantasmagorias.
Quanto à sutilização dos argumentos, houve uma substituição de palavras gratuitas por uma não menos gratuita, sutil e desonesta matemática, reforçada por outro tipo de atuação intencional (ou experimentação), a qual depois de executada resultou num novo tipo de observação.
Em verdade, o bandido julgamento inferencial (intenção, decisão, corroboração e a explicação matemática da corroboração depois chamada prova) aí fez tudo.
A atual observação e experimentação científicas, e mesmo a repetição de um fenômeno sempre da mesma maneira, não dizem que o fenômeno é real, mas apenas que a minha mente se habituou a projetar sempre a mesma coisa e a atuar sempre da mesma maneira. O segredo da periodicidade também está dentro de mim ou no ego em mim (SER).
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Se eu (ego), com argumentos sutis, obrigo determinado cidadão a projetar coisas da mesma maneira, esse indivíduo acabará fazendo o que eu quero e acabará concordando comigo Principalmente se nós dois falarmos um linguajar muito particular, só quantitativa, muito sugestiva, que não suscita dúvidas e não permite devaneios, nem interferências de comadres opinadoras, como é o caso da Matemática.
Então, diante dos ilusórios argumentos irrefutáveis mas falsos da Matemática, e diante dos ilusórios argumentos de uma observação e mesmo de uma experimentação, era mais que certo que as teorias de Copérnico-Kepler-Galileu acabassem prevalecendo sobre as teorias contrárias em voga naqueles tempos (geocentrismo).
No fim de tudo apenas se tratou de uma questão de elaboração, de uma questão de sutilezas, é a velha questão dos argumentos combatendo argumentos, desta feita acompanhados por um novo modo de atuar da parte do pretenso provador.
A ignorância menos elaborada mais facilmente cai; a mais bem elaborada subsiste por mais tempo, não por ser mais real, mas por ser mais complexa e sagaz.
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BOMBASTUS: Muito interessante a tua explanação. Mais ou menos com ela concordaria até a parte em que explicas a razão do sucesso da teoria de Copérnico-Kepler-Galileu e de seu relativismo em face da Verdade em Si, mas que não é a verdade objetivamente natural da Ciência.
Segundo o que disseste, essa teoria não expressa um fenômeno real – digo eu, mas não há uma ocorrência real separada do sujeito pensante – mas expressa uma dada interpretação particular sobre o fenômeno, porque, como pareces sugerir, o fenômeno real em si (ou a ocorrência real em si) continua inabordável.Além do mais, tu explicas tudo como um fenômeno de projeção mental. Inclusive dizes que tanto a teoria heliocêntrica quanto a geocêntrica seriam certas em relação a seus respectivos autores e seriam erradas ou falsas quando consideradas do ponto de vista da existência dos respectivos objetos, porque tanto o geocentrismo como o heliocentrismo consideram os objetos como sendo independentes, reais e totalmente dissociados da mente observadora.
Afirmaste também que qualquer outro cidadão teria o pleno direito de esboçar uma nova teoria que conforme fosse mais sutilmente e melhor elaborada teria, inclusive, possibilidade de substituir a teoria heliocêntrica atual.
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Agora, eu pergunto se com isso não cairíamos num total subjetivismo ao colocar a questão na dependência de uma interpretação pessoal apenas. Porque a interpretação de Copérnico-Kepler-Galileu seria certa em relação a seus autores e seguidores condicionados, mas falsa, quando encarada como fato em si ou como Verdade.
Considerando as coisas a partir desse ponto de vista, jamais seria possível estabelecer um princípio científico, e mesmo filosófico, porque todos os princípios seriam certos em relação a seus autores e errados em relação a um Todo ou à Verdade.
Dessa forma seria totalmente impossível fazer uma pesquisa sistemática da Verdade.
Quer dizer então que, ao esboçares essa tua reação contra a teoria heliocêntrica, e mesmo geocêntrica, de certa forma implicaste uma oposição a qualquer tipo de teoria e ainda mais a qualquer tipo de investigação da Verdade, quando esta considere o objeto independente da mente do observador e considere a suposta verdade “descoberta” como um dogma definitivo.
A questão agora se põe nos seguintes termos: como se poderia observar o objeto se dissociá-lo da mente, já que para ti é a única forma de se chegar verdadeiramente à Real Natureza, por assim dizer, do fenômeno observado.
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TEOFRASTUS: Bem, respondendo logo a essa tua última pergunta só posso te dizer que, não dissociando a mente pensante do objeto pensado. Sim, pois o objeto, o ato de observar o objeto, os sentidos do observador, a observação do suposto objeto, o raciocinar a respeito de tudo isso, o prévio condicionamento mental que obriga a que uma aparente e determinada ocorrência (fenômeno) ocorra sempre da mesma maneira, a alteração ou a manutenção de tal suposta ocorrência (ou fenômeno) e, finalmente, a conscientização ou percepção de tudo isso, são uma e a mesma coisa: PENSAMENTO, nada mais do que pensamento superpondo-se à Verdade em Si, a uma Autonatureza (nem objetiva nem subjetiva). Superpondo suas brincadeiras científicas e lógico-racionais.
Inclusive chegaste a dizer que com esse ponto de vista cairíamos num total subjetivismo.
E quem foi que te disse que já não caímos? Caímos num dos mais astutos subjetivismo, fantasiado de materialismo, materialista. Não vês que o aparente domínio do pretenso objeto material sobre o sujeito pensante já é um domínio do ego-pensamento em si ou de um falso inconsciente devido ao ego pensante? Este é o grande farsante que faz prevalecer ou o materialismo ou o subjetivismo, que tanto te horroriza.
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Acaso crês que por manter um objeto pensado ou objeto-fantasma com pretensões de real, inconscientemente e independente do teu ego-mente observador, ele se tornará mais real e objetivo?
Não te dás conta de que se eu, sem esforço algum, compreendo de modo integral que sou também o objeto, o aparente domínio que ele tem sobre mim (ego) desaparece (até certo ponto), e minha situação existencial melhoraria?
Ainda não compreendeste que a desgraça do homem reside exatamente no logro que seu próprio ego-pensamento arma e provoca, já que leva o homem (materialista) a crer (ou lucubrar) que o objeto material é tudo e que o aspecto subjetivo ou “o ficar cônscio de” é nada?
Não vês que os desejos, as ânsias e ambições do ego-pensamento em cada um de nós – o maldito intruso e semeador de joio – não fazem outra coisa senão deturpar a Autonatureza que acreditas externa, quando não é, e inclusive deturpar a verdadeira natureza interna do homem (ou Mente Pura). Esta deturpação se projeta para fora, e ele acaba enxergando-a como se fosse algo desagradável, terrível, múltiplo, agressor, ameaçador, externo e independente, quando tudo isso é só pensamento seu.
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Não há um fenômeno real e científico que se desdobra por si mesmo e fora de ti. Achar que assim é, isso é puro mal pensar.
Fenômeno pensado e cientista pensante interdependem. Um sem o outro não são nada.
Só que o cientista pensante é mais capcioso que a coisa pensada. Ele tem a possibilidade de encarar o seu dado pensado, pensar ainda mais em cima dele (raciocínio), e depois ficar falando a respeito de seu próprio teatrinho montado.
Esta é a fantástica capacidade do pensamento: recriar ou engendrar e depois discorrer a respeito do pensado ou engendrado. E foi exatamente essa argúcia do pensamento quem forjou o materialismo pensado e o subjetivismo pensante-pensado.
Isso, contudo meu, amigo não é a Natureza em Si ou também Autonatureza. Isso é joio acrescentado, isso é uma velha superposição ladina com pretensões de ciência pura ou senão cientificismo.
A Natureza em Si ou a Autonatureza nunca pediu que a esmiuçassem e a decifrassem intelectualmente feito um cientista ou feito um Descartes, Newton, Galileu. Esses extra-ordinários precursores da ciência moderna em realidade foram artistas criadores, e não simples lucubradores energúmenos.
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O que o Sujeito Verdadeiro pode fazer com relação à Autonatureza (que ele também é), é só comungar com ela. Nessa comunhão dá-se a Vivência a partir da qual salta fora a Verdade, que sem fazer barulho sugere: Eu (Autonatureza) e Tu-Eu (sujeito verdadeiro, sem tanto mal pensar) somos Não-Dualidade, somos Monismo. Quê queres conhecer? Sente-me, Sabe-me e Intui-me.
Amigo, é dessa maneira que o bom artista decifra o seu objeto. E esse decifrar, sem análise e ruminação mental, depois, como se inspiração fosse, resulta em maravilhosa obra de arte, seja musical, seja literária, seja pictórica, seja escultural, seja arquitetônica, seja artesanal.
A ciência pode observar, pode opinar a respeito do objeto, mas não faça dessa opinião uma Lei, um Dogma. Se a opinião for construtiva e auxiliar que prevaleça por certo tempo sem conflitos, mas depois ceda lugar a outra opinião calcada numa observação relativa.
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Vejamos agora o que Davino Servídio (italiano) e A.F.M. (brasileiro) dizem a respeito do Heliocentrismo em seu Blog “Showdalua”.
Como não podia deixar de ser, eles negam a validez do Heliocentrismo científico com argumentos e quase provas. Só que uma tese ocupando o lugar da outra, vocês já sabem no que vai dar. Mas de qualquer maneira, o mérito da nova tese é grande. "Se non è vero", acompanhemo-la, então:
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“Houve um tempo em que todos os seres humanos acreditavam que a Terra era o centro do Universo, e tudo girava ao seu redor.
O matemático grego Ptolomeu criou o Almagesto (que significa “O Grande Tratado”), um tratado de astronomia. Fazia previsões e era aceito por toda a comunidade científica da época. A dele era uma verdade inquestionável.
Se alguém tivesse a ousadia de questionar Ptolomeu era chamado de maluco, desinformado.
Em 1610, foi da observação das fases de Vênus, que Galileu passou a enxergar embasamento na visão de Copérnico – Heliocentrismo ou o Sol como o centro do Universo – e não na de Ptolomeu, onde a Terra era vista como o centro do Universo.
Por sua visão heliocêntrica, o astrônomo italiano teve que ir a Roma, em 1611, pois estava sendo acusado de herege. Condenado, foi obrigado a assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese.
Contudo em 1632, ele voltou a defender o sistema heliocêntrico, e deu continuidade aos seus estudos.
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Hoje todos os seres humanos do planeta Terra acreditam no Heliocentrismo.
A comunidade científica a considera uma verdade inquestionável.
Em 2001, o brasileiro A.F.M., pesquisador que defende a teoria de que os americanos nunca foram para a Lua, no Programa de Jô Soares conhece o italiano Davino Servídio que apresenta a teoria de que a Terra não gira em torno do Sol.
Os dois se juntam e desenvolvem a Teoria das Órbitas independentes.
Que provas os astrônomos de hoje oferecem para terem tanta certeza de que a Terra gira em torno do Sol? Apenas uma: o sucesso da supostas Viagens Espaciais.
Sim, porquanto se a Terra não girasse ao redor do Sol todos os cálculos estariam errados e as missões e as missões espaciais teriam sido um fracasso. Sobre este tema A.F.M. tem uma vasta pesquisa disponível em seu site “Showdalua”, e que prova que todas as viagens espaciais, de Gagarin à viagem a Marte não passam de uma FRAUDE.
Ciência sem questionamento não é Ciência é dogma religioso – (Esta aliás é a tese básica do meu livro “É a Ciência uma Nova Religião? Ou os Perigos do Dogma Científico, livro esse que modernamente falando foi desdobrado em quatro tomos).
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Por que os donos do poder e os cientistas honestos não revelam a verdade?
Ora, porque se a verdade sobre o sistema solar for revelada muita gente vai presa e terão que devolver todo o dinheiro gasto nas falsas missões espaciais.
A mentira é uma pirâmide invertida. Se retirarmos uma peça a estrutura desmorona. Isso porque a Terra não gira ao redor do Sol.
1 – A constelação “Três Marias (ou cinturão de Orion) não poderia ser vista da Terra durante todo o ano, pois em determinado momento estaria atrás do Sol e é impossível ver estrelas durante o dia.
2 – Vejamos um raciocínio simples e lógico: se a Terra gira ao redor do Sol com uma velocidade de aproximada de 104.000 Km/h, como é possível a nossa Lua girar ao redor da Terra com uma velocidade de 3.200 Km/h?
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A lavagem cerebral é uma coisa muito séria e começa na infância.
Por isso entendo que os astrônomos e a comunidade científica de uma maneira geral tentam ridicularizar este exemplo com a resposta da “velocidade relativa”, afinal já nas escolas eram obrigados a decorar os absurdos einstenianos, sob pena de serem reprovados...
Dá para entender, mas não nos persigam só porque NÃO concordamos com vocês. A inquisição já acabou! Não queiram nos mandar para a fogueira! Somos livres para pensar e questionar o que quisermos! Como dizia Aristóteles: ‘Quem busca a Verdade deve questionar tudo!’
O novo modelo de Sistema Solar, o S.O.I. Sistema das Órbitas Independentes em nenhum momento sugere que a Terra seja um planeta estático. Apenas afirmamos que a Terra não gira em volta do Sol.
O novo modelo propõe que a Terra faz uma órbita em torno de um ponto no espaço, o suficiente para equilibrar-se.
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O Sol por sua vez também faria uma órbita em torno de um ponto de equilíbrio.
A combinação destes dois movimentos já explicaria alguns fenômenos climáticos que os cientistas hoje não sabem explicar, como, por exemplo, por que a cada anos temos temperaturas diferentes. Ou seja, por que há invernos mais ou menos frios e verões mais ou menos quentes.
A teoria pouco lógica de que a Terra giraria “inclinada” em torno do Sol foi criada para justificar a ignorância (no sentido de ignorar mesmo) de Copérnico e Galileu que nunca haviam estado no hemisfério sul e, portanto, não sabia que quando é inverno na Polônia e na Itália (hemisfério norte), é verão no Brasil (hemisfério sul)
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Todos sabem que no atual Sistema Heliocêntrico, o Sol é Central e de dentro para fora, em órbitas seguintes vem Mercúrio, Vênus, Terra e Lua, Marte, Júpiter, Cinturão de asteróides, Saturno etc.
No novo modelo planetário proposto por A.F.M e Davino Servídio, a Terra tem três movimentos:
1 – A rotação em torno de seu próprio eixo, responsável pelo dia e pela noite.
2 – A pequena translação em torno de um ponto no espaço.
3 – Um balanço que inclina a Terra seis meses para um lado e seis meses para outro, e que seria responsável pelas estações do ano.
Pense bem, se você fosse Deus e quisesse criar as estações do ano, o que seria mais coerente e prático:
Fazer correr a Terra (inclinada) 935.000.000 de km em doze meses em torno do Sol, ou apenas incliná-la seis meses para um lado e seis meses para o outro?
A propósito, sabiam que a palavra “CLIMA” vem de INCLINAÇÃO?"
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Nota: Eu, E.B. fico imaginando esse sistema planetário, e não mais solar, de orbes girando sobre seu próprio eixo e se transladando em torno de um ponto no espaço. O Sol, no caso, e que parece fornecer luz e calor (energia) fica em qual ponto em relação à Terra e demais planetas. Antes de Galileu, nós humanos todos os dias víamos o Sol surgir e desaparecer porque ele girava ao redor da Terra. Mas depois de Copérnico-Kepler-Galileu, continuamos vendo o Sol surgir desaparecer porque era a Terra que girava ao redor do Sol. E agora onde e como a Terra se situa diante do Sol? Com certeza os autores do Sistemas das Órbitas Independentes devem explicar isso coerentemente.