segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Magia e Espiritualidade – 03) A Mente Verdadeira ou Espírito não é nem uma Filmadora nem uma Gravadora.

Sabias, amigo, que o drama do mundo moderno, pois além de estar ligado noções esdrúxulas e falsas convicções de espaço-tempo, matéria, energia científica, plasma etc. também reside na enganadora teoria do conhecimento, epistemologia ou gnoseologia vigentes?
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E sabias que esta teoria advém do indevido endeusamento e aceitação passiva das opiniões de Platão, Aristóteles, Bíblia, Tomás de Aquino, Descartes, Kant, Hegel et altri in più, do mundo ocidental,
A ciência fisiológica e a psicologia acadêmica aceitaram e abraçaram essas opiniões prévias de modo completo , porque não tinham capacidade suficiente para elas mesmas surpreenderem outras teses melhores?
E a propósito, haverá coisa mais ridícula do que o psicologismo ou behaviorismo norte-americano?
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Mas o que é epistemologia ou gnoseologia e que resultou em teoria do conhecimento?
Bem, segundo Platão, epistemologia é a arte de o homem bem conhecer o Real suposto externo, ou também a Verdade.
Só que ele estabeleceu uma teoria que finalmente não abrangia o Real em Si, mas apenas, algo aproximado, algo metafísico.
Esse filósofo achou que para captar o Real só era preciso raciocinar bem, quando não é bem assim.
Platão endeusou a lógica-razão humana, como sendo a ferramenta mental mais perfeita que existia para captar ou abranger o Real que era transcendente. Para Platão o Real era as Idéias Divinas.
A lógica-razão platônica, calcada no raciocínio geométrico e matemático – e não no julgamento conceitual, julgamento inferencial e no silogismo aristotélicos), era episteme, e esta epísteme nos permitia captar as Idéias Primevas emanadas pelo próprio Deus em Manifestação.
O homem, de alguma maneira, em sua Mente – e não cérebro fisiológico – encerrava essas mesmas notáveis Idéias Primevas ou arquetípicas... E sua mente tinha que trabalhar corretamente (epísteme) para captar tais idéias primevas.
Para Platão, tudo o que não se enquadrava nesse seu modo de compreender ou epísteme era apenas opinião ou doxa.
Para Platão o que não era Epísteme ou Real no bom sentido da palavra, só podia ser empírico (faz-de-conta) ou doxa (opinião).
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Pois é, amigo, mas todos esses filósofos antes citados e outros mais disseram que o mundo, ou senão que o objeto externo eram reais ou semi-reais, (nunca aparentes e dependentes, como tenho manifestado até aqui).
E que, bem ou mal haviam sido criados por algo ou alguém. E eram suscetíveis de serem conhecidos pelo cérebro do homem, que confundiram com a Mente Primeva.
Tal cérebro estava dotado então de meios do conhecimento ou de órgãos dos sentidos, de nervos sensíveis e de uma capacidade de sentir, de abstrair, de conhecer, perceber ou de fazer psicologismo.
Para os atuais senhores da tecnologia e do torpe conhecimento comum, todos esses meios do conhecimento ou malabarismos cerebrais traduziam as antigas possibilidades psicológicas da mente abstrata, e que a maioria dos filósofos ainda admitiam, ou correspondiam também às possibilidades da alma.
Sucede, porém, que tudo isso, obviamente foi descartado pelos materialistas cientificistas como inútil.
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Esses eliminaram tudo o que era abstrato, sutil, escorregadio, espiritual na mente do homem, ou era assim suposto. E em seu lugar colocaram a pasta-cerebral ou a meleca cerebral com suas pretensas funções ou possibilidades elétrico-físico-química-bioquímicas. A partir daqui tudo se explicava, isto é nada.
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Vejamos então se a humana possibilidade de bem ou mal conhecer é de fato cerebral-fisiológica, como a Ciência impõe a todos, ou se esse fisiologismo é tão-somente mais uma trapaça do grande desconhecido, tanto para os filósofos gregos como para os cientistas modernos. Ou seja, esse grande desconhecido teria dupla função: estrutura (ou forja) e discorre, por isso pode ser chamado pensamento estruturante e pensamento discursivo,com seu respectivo “eu” (ego) aparentemente presente em todos nós.
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Repetindo-me, consideremos o seguinte:
Se os meios do conhecimento – ou os órgãos sensoriais, os nervos aferentes ou sensitivos e o cérebro visto pela ciência – e senão eles, a mente personificada, a falsa alma, o ego cerebral, a consciência comum ou vulgar, o pretenso inconsciente freudiano, o Id, o Super-Ego, o Inconsciente Coletivo, a lógica-razão, a memória-raciocínio-imaginação etc. – forem aceitos sem um devido questionamento. E se não aplicarmos um criticismo sadio em cima dessas possíveis forjações, tais pretensas evidências provadas e explicadas graças ao método científico forçosamente introduzirão um sem fim de arbitrariedades e dogmatismos, como, aliás, há muito tempo ou desde o século XVIII, XIX e XX da era científica, introduziram.
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Se os meios do conhecimento, tais como a ciência, filosofia, psicologia e certas religiões os reconhecem, pudessem preexistir ao modo comum de pensar do homem – cuidado, eles não vêm do passado, nem se afirmam no momento presente e tampouco se prolongam nos infinitos amanhãs. Os meios do conhecimento que o intelecto explica são uma forjação atual, são uma estruturação mentirosa que se superpõe ao Aqui e Agora.
Então como dizia, se os meios do conhecimento ou órgãos sensoriais pudessem preexistir ao julgamento e às conclusões intelectuais capciosas, elementos arbitrários e fatores deturpadores se introduziriam quando da pretensa comprovação e descrição de tais fantasmagóricos meios do conhecimento, como, aliás, já vem acontecendo, por causa do prevalecimento do conhecimento indireto e indiretíssimo do homo-científicus com suas falsas provas.
Num caso assim e antes de tudo – feito um exemplo perfeito, e que deveria ser sempre levado em consideração - é "o de investigar ou de auto-inquirir por que para certas proposições o intelecto em todos nós (ou senão a razão madrasta) exige PROVAS irrefutáveis e para outras proposições, que poderiam comprometer e anular esse mesmo intelecto ou razão , ele, intelecto, as deixa passar ou as ignora, simplesmente?"
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Por que, de modo bem lúcido e honesto, a lógica-razão e seu intelecto, a todo momento, não se pergunta: "’Como consigo perceber, como consigo ficar cônscio disto ou daquilo?’ Como acabo representando e conceituado em meu íntimo o que supostamente vem de fora ou através de pretensos estímulos sensoriais? – ‘Em meu modo de perceber ou conscientizar, eu não sou nem uma filmadora insensível e inerte nem sou uma gravadora de fita cassete, tão torpe como aquela. Tampouco sou um espelho totalmente passivo. Quem sou eu verdadeiramente e como cheguei a me convencer (ego) de que sou o centro de tal percepção, conscientização?’– ‘E o que vem a ser essa pretensa atuação dos meios do conhecimento que me levam a crer que eu (ego) sou eu (SER) , e que o mundo material é outra coisa diferente de mim (ou não- SER) e que ele de fato está fora e está diante de mim (não-SER)?’"
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Como se pode constatar, meus caros amigos, a lógica-razão não somente esconde certos tópicos e questionamentos que poderiam comprometê-la e anulá-la, como também distorce o que bem entende e inclusive inventa e extrojeta as mentiras. Mormente, quando tudo isso a ela convém, porque depois as batizará como provas, como verdades filosóficas, científicas e religiosas…
E mais, se tudo o que a tradição, a filosofia, a religião, a ciência, a psicologia e psiquiatria inventaram a respeito da humana possibilidade de conhecer ou meios do conhecimento fosse absolutamente válido, tais aparências teriam que ser tomadas de modo axiomáticos. Ou seja, seriam válidas em si mesmas e não exigiriam provas.
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Como a própria ciência moderna fez com seus meios do conhecimento, auto-implantados, auto-afirmados por interesses escusos, e que ficam exigindo provas, a torto e a direito, para qualquer outra coisa ou evento. Mas no que diz respeito ao modo de conhecer desses mesmos meios do conhecimento ou percebimento, eles alegam que não é preciso de provas, já que se auto-implantaram e foram transformados em tabus sagrados ou em axiomas.
Mas isso, uma Lógica Extremada e Autofágica, e principalmente o criticismo de um bom cientista e filósofo honesto não podem aceitar.
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O modo de agir ou a maneira de funcionar dos meios do conhecimento científicos não combina com o Perceber, Conscientizar em si.
Não combina com uma Verdade Superior. Não empata com o Conhecimento Direto ou com um Saber-Sentir-Intuir (ou também com o Prajña, jñana etc. dos Sábios orientais)…
Tais meios do conhecimento parecem combinar apenas com as mentirosas colocações do conhecimento indireto e indiretíssimo, que o senso comum e a ciência moderna utilizam a todo momento.Tais meios do conhecimento,só traduzem as opiniões do fisiologista, do neurologista, do psiquiatria, do médico, do psicólogo, do cientista de moda, opiniões essas que geralmente são mal pensar e conceituar.
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Esses meios de distorção sensorial, ou meios científicos de percepção convencional, sacramentados pelo conhecimento vulgar, não têm qualquer ALGO inteligente e sensível por trás, emprestado por alguém (ou seja, uma alma-ego objetivada e obsequiada por um Ele, deus-persona, ou ainda uma semente ego-maldita, inserida pelo Demiurgo).
E se tais pretensos meios do conhecimentos não tem "alma", muito menos funcionarão por puro acaso ou só por causa de reações físico-químico-bioquímicas-elétricas, próprias do cérebro científico. Essas reações em verdade foram inventadas pelos eternos maus pensadores do cientificismo vigente.
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Tampouco tais hipotéticos meios do conhecimento poderiam ser igualados à pretensa luz física que, como alguns dizem, além de iluminar os objetos, iluminaria a si mesma.
Que a pretensa luz deva iluminar-se a si mesma, isso não se assenta como uma necessidade. Aparentemente, os supostos objetos sim que precisam ser iluminados, (malgrado em outro livro de minha autoria (O Fogo Físico e o Fogo Espiritual) deu para ver que não é bem assim).
Os pretensos meios do conhecimento para funcionarem também precisam de algo mais, que longe está de ser mero quimismo cerebral.
Só que a luz não precisa auto-iluminar-se…
Os meios tradicionais do falso conhecimento nem iluminam coisa alguma nem se auto-iluminam.
Só algo impensável e indescritível por trás (isto é, Consciência-EU, o Saber-Sentir-Intuir, Ser Absoluto) é que talvez ilumine tudo sem necessitar igualar-se à própria Luz.
E isso só pode ser o Sentir-Saber-Intuir-Atuar-Amar em todo homem, ou senão o Primevo e mais simples Isto-Sentir, Sentir-Isto. (Sentir=Sujeito verdadeiro, Isto=objeto verdadeiro)
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Todos nós conscientizamos ou percebemos, ou nós apenas “nos tornamos cônscios”?
E para tal pergunta-se: Em última instância, o que vem a ser o já deturpado "tornar-se cônscio de", visto estar calcado no conhecimento indireto e indiretíssimo? Nestes dois acredita-se que o sujeito e o objeto estão separados e que de tal percepção participam os meios vulgares do conhecimento.
Mas melhor do que esses dois é o Conscientizar Autêntico ou a Percepção Pura próprio do Conhecimento Direto, em que não há separatismo entre o Sujeito-Sentir e o Objeto-Isto, ambos reais?
Por que será que a filosofia acadêmica, com quatro palavras ou opiniões gratuitas achou ter traduzido com felicidade esse intrigante "tornar-se cônscio de", quando em verdade estava apenas forjando opiniões fúteis e inventando estórias.
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Sim, pois certos filósofos dizem que perceber é apenas aquela capacidade que a mente (no caso o cérebro) tem de, tendo recebido um estímulo externo, desde fora ou pretenso mundo, forjar uma representação cerebral correspondente ao dado externo e depois ficar conceituando ou raciocinando a respeito. (Como se isso fosse a coisa mais simples do mundo).
Ou também seria como se o cérebro ou a mente instantaneamente pintasse em seu íntimo um quadro vivo de um pressuposto panorama externo equivalente e depois discorresse a respeito, criando vida interior e dando vida ao que está fora…
Mas minha gente, mesmo que o perceber vulgar ou "o tornar-se cônscio de" fosse assim tão banal, mesmo assim atrás dessa pretensa representação cerebral (ou mental?) e atrás da conceituação, (ou simplesmente atrás das intromissões dos pensamentos estruturantes e discursivos) haveria ainda todo um infinito de enigmas e de mistérios que em absoluto ficaram esclarecidos e decifrados.
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Amigos, entendam, a Percepção Verdadeira é aquele princípio vital ou secreto que em última instância é Existência em si, é SER em si, é Consciência-Mente em si.
É esse Princípio (ou EU-ELE) quem dá razão de ser e dá significado àquilo que dizemos Saber-Sentir-Intuir, ou também acreditamos ver, ouvir, tocar, observar, constatar, presenciar dentro e fora de nós, ou mesmo percebemos sem o "nós-ego".
Isso tudo, meus amigos, nada tem a ver com o torpe fisiologismo e bioquimismo cerebral, invencionices e forjações sempre posteriores ou temporais do pensamento vulgar…
Lastimavelmente, a ciência fisiológico-acadêmica desde o século XIX vem encarando a mente humana como se fosse um mero espelho, onde as imagens do mundo externo ficariam registradas passivamente e isso se permutaria num "ficar cônscio de" como se se tratasse de um mero epi-fenômeno inexplicável.
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Ou senão, os neurólogos e fisiólogos científicos ainda confundem o perceber do homem com meros registros de máquinas fotográficas e cinematográficas (e atualmente filmadoras de TV-vídeo), ou com o registrar de sons, próprio de uma gravadora de disco, fitacassete etc.
Só que aparentemente uma máquina fotográfica ou cinematográfica registra numa película sensível uma pretensa ocorrência externa, em seus aspectos de luz e sombra, e fica por isso mesmo, nada sentindo, nada se apercebendo, nada se comovendo, nada se instruindo e nada comunicando ou ensinando. Tudo o que ele aparentemente faz a mando do homem pensante fica completamente morto, sem significado, sem sentido.
As câmaras de filmes e vídeo para terem significado e começarem a funcionar precisam do homem, e para supostamente revelar o que fizeram precisam também da inteligência, vontade e da mente do homem. Essas filmadoras a modo de dizer são excelentes, mas são totalmente burras e torpes, porquanto sempre precisam do homem que as faça funcionar, as torne significativas e ele interprete o que elas supostamente fizeram e captaram. Esses ridículos aparelhos da arrogância científica não são absolutamente nada sem o pensamento humano e sem um cientista bobo por trás. (Isto já está escrito em livro inédito “O Fogo Físico e o Fogo espiritual”
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Com uma registradora de sons ou gravadora de fita, disco, CD acontece a mesma coisa. Ou seja, pretensos comprimentos de ondas sonoras são registradas na fita cassete ou na fita do gravador, no CD, no disco e ficam por isso mesmo, tudo morto e sem significado.
Nesses torpes registros não há compreensão em si, não há consciência, não há emoções, entendimento, enlevos, irritações, explosões emocionais positivas ou negativas. Só há um pressuposto registro que o homem tem que ativar para que se torne significativo, emotivo, sempre que o homem interprete tudo isso, com inteligência e sensibilidade.
Portanto, meus amigos, as tais filmadoras e gravadoras são uma torpeza total e nada tem a ver com a Mente verdadeira e pura, ou até mesmo com a mente ego-personificada, tanto faz, e que supostamente recebem esses estímulos de fora para dentro (sensorialidade vulgar) ou liberam Vida, de dentro para fora, (Saber-Sentir-Intuir).
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A mente, por meio dos órgãos sensoriais ou não, dá a adequada interpretação e dá um significado ou uma importância, àquilo que parece ser vitalmente externo ou interno.
A Mente Totalmente Pura ou Consciência ou até mesmo a mente ego-personificada, tanto faz, suscitam transformações psicológicas e intelectuais, provocam exaltações, depressões, enlevos, apegos, rechaços, carinhos, ódios, amor, bem estar, mal estar, arrebatamento, decaimento, desespero, alegria, etc. etc. E todos esses fantásticos aspectos da autêntica percepção humana – nunca peptídeos de merda – poderiam estar, quem sabe, restritos a meros comprimentos de ondas sonoros, a fótons ou energia luminosa e a energias físico-químico-cerebrais como diz a ignorância científica totalmente empafiada?
Ora, não me façam rir que vou chorar!…Sim, pois eu sempre choro por nada.
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Amigo pergunto-te, desde quando uma máquina burra e torpe, como uma filmadora, uma gravadora ou como um computador etc. tem capacidade de suscitar todas essas riquezas da percepção mental, não importa se aí está um mero e limitado "tornar-se cônscio de", aparentemente fisiológico, ou se no lugar disso há um Conscientizar Perfeito, um Perceber Autêntico do Conhecimento Direto?
Amigo, o Perceber, o Conscientizar, "o tornar-se cônscio de", e que não há química nem bioquímica cerebral que explique, é a atividade íntima mais importante de qualquer ser vivo, e principalmente da vida humana, da mente, do coração e até mesmo do cérebro, mero relê intermediário, porquanto sem esse Conscientizar ou Perceber altamente emotivo e significativo, nossa vida não seria absolutamente nada, como absolutamente nada são os pretensos registros mortos de uma filmadora, de uma gravadora, de um computador, os quais jamais haverão de conquistar o status ou caráter da condição hominal e muito menos a humana possibilidade de mal pensar e perceber distorcidamente, ou senão e melhor do que isso, a humana possibilidade de Conhecer Diretamente e com perfeição.
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Em meu livro É a Ciência uma Nova Religião? Reproduzo um curto trecho do grande cientista e astrônomo sir. Arthur S. Eddintong que diz (Ver Reality, Causation, Science and Mysticism): "...As leis do pensamento não podem ser assimiladas às leis naturais; são leis que deveriam ser obedecidas, e não leis que forçosamente tem de ser obedecidas; e o físico é obrigado a aceitar as leis do pensamento antes de poder aceitar uma lei pretensamente natural. "
Nesse mesmo meu livro, também reproduzo outro trecho similar de A N Whitehead , (prêmio Nobel de física e matemática) e que em seu livro Science and the Modern World escreveu: “...Porém ao apreender (na captação sensorial, de fora para dentro), a mente experimenta também sensações que, em rigor são unicamente qualidades dela mesma. A mente projeta essas sensações de modo tal a revestir os corpos adequados que se encontram na Natureza externa. Assim, percebemos os corpos como se possuíssem qualidades que em verdade não lhes pertencem, qualidades que são, de fato, pura criação da mente humana. Assim, a Natureza ganha um prestígio , que em verdade deveríamos reservar para nós mesmos: a rosa por seu perfume, o rouxinol por seu canto e o sol por seu esplendor. Os poetas enganaram-se invertendo as coisas. Deveriam dirigir suas poesias a si mesmos, e deveriam convertê-las em odes de felicitação pela excelência da mente humana. Em verdade a Natureza é coisa triste, pois não tem sons, nem cheiros, nem cores, nem sensações substanciais; a natureza é apenas um rodar apressado de comprimentos de onda, de energia-matéria, matéria-energia, sem fim e sem sentido…"
"...A própria realidade perdeu-se pelas exigências da pesquisa. Primeiramente rechaçamos a mente como fabricante de ilusões, no final, temos de voltar a ela para dizer-lhe: ‘Mente, eis aqui mundos solidamente edificados sobre uma base mais firme que as tua fantásticas ilusões. Porém, neles nada há que faça com que os mesmos se transformem em mundos verdadeiramente existentes. Ó mente, faz-me o favor de escolher um deles e tecer sobre o mesmo as imagens de tua fantasia, porque somente isso lhes dará significado e realidade, (e isso é Perceber, Conscientizar)… "
"Sim, amigos, suprimimos as imagens mentais com a finalidade de descobrir a REALIDADE escondida sob as mesmas, porém, encontramos que o descoberto, aí, é somente Real se existe o poder mental que dá realidade a tais imagens. Isso acontece, precisamente, porque a mente que tece as ilusões é, ao mesmo tempo, única que dá garantia à Realidade, e teremos sempre de buscar a realidade sob a ilusões do pensamento."
. (Reality, Causation, Science and Mysticism, Arthur S Eddington).

Magia e Espiritualidade – 02) O Sexto Sentido

Muito tempo atrás, em todos os cinemas do Brasil foi exibido um filme muito interessante chamado Sexto Sentido. Para quem não o viu, o filme conta a história de um menino que estava adoecendo só porque via constantemente os espíritos dos desencarnados, principalmente na casa onde residia. Tentava comunicar essas visões e audições incomuns aos seus amigos, professores, e à própria mãe e sempre acabava sofrendo agressões e repreensões. Diante disso tinha que se encolher em si mesmo com suas próprias vivências e não contar nada a ninguém daquilo que estava vendo. Sua maneira de ser e de reagir, para a própria mãe e para os demais, assumia aspectos de doença mental, de paranóia, autismo etc.
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Diante do acima exposto, pergunta-se, ver coisas e seres além do normal, ou também ouvi-los, é sempre indício de psicose, paranóia ou pretensa doença cerebral? É verdade que nós, fisiologicamente falando, só temos cinco sentidos? E o que vem a ser o Sexto Sentido?
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Pois é, amigos, essa história de classificar de psicóticos, esquizofrênicos, paranóides hebefrênicos, autistas aqueles que em nossa maneira de perceber vão além do pretenso sentir normal, isso é próprio de um fisiologismo cerebral científico completamente arrogante, tacanho e restrito.
Isso é prepotência absoluta da lógica-razão, com sua teoria do conhecimento totalmente primária, ridícula e completamente descabelada.
Isso é intolerância e desconhecimento próprios de uma psiquiatria cega, surda e muda. O verdadeiro Sentir em cada um de nós não é somente aquilo que os pretensos cinco sentidos limitados e o fisiologismo científico captam.
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O Sentir-Saber-Intuir-Entender no Homem pode ter uma abrangência mais ou menos infinita. Portanto, o sexto sentido em si não é somente ver e ouvir além do normal. Sexto Sentido é ouvir, cheirar, gustar, além dos limites que a neurologia científica estabeleceu para o funcionamento nervoso e cerebral.
E os limites que a neurologia científica estabeleceu de nenhuma maneira traduzem o Sentir-Perceber Real.
As restrições que o fisiologismo científico-cerebral estabeleceu são invencionices desse mesmo fisiologismo e não traduções corretas do que viria a ser a mente (e não cérebro) do próximo funcionando.
E mais, se por causa da neurologia científica, um pretenso sentir ficou restritos a pretensos padrões ditos normais, não é porque o Sentir em si é assim, ao natural, mas apenas assim ficou por causa das restrições impostas por parte daqueles que nunca entenderam de nada, mas dando uma de cientista, de sabe tudo, se meteram a mexer com uma massa melequenta-cerebral que é praticamente impossível decifrar.
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Amigos, sexto sentido não é um sentido sui generis há mais. Sexto Sentido é o verdadeiro Sentir livre das peias estabelecidas pelas filosofia e ciência acadêmicas.
E não poucas vezes a pretensa normalidade dos cinco sentidos em verdade é anormal, porquanto há muito tempo foi impingida anomalamente pela tradição, pelas religiões, filosofias e ciência, já que era muito conveniente ao status quo.
Por meio dessa restrição do Sentir, eles conseguem subjugar o homem, dominando-o e escravizando-o, principalmente a Justiça que nada conhecendo da psique se acomodou às arbitrariedades científico-acadêmicas.
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Por conseguinte, não é verdade que só temos cinco sentidos que precisam funcionar como manda o figurino. Os sentidos do homem são muito mais ou são muito menos. Os sentidos do homem quando livres do mal pensar são apenas SENTIR, e não olhos vendo, ouvidos ouvindo, nariz cheirando etc.
No filme Sexto Sentido, também fica claro que as entidades do além, ao desencarnar, nem sempre entram no tal túnel de luz ou sobem para a luz astralina, para a luz celestial. Muitos dos falecidos ficam no nosso meio, sutis e imperceptíveis aos nossos sentidos, mas desesperados para se comunicar com os vivos ou encarnados, ou para denunciar o que lhe aconteceu no últimos dias ou instantes de suas vidas. Certos espíritos do além só descansam ou se aquietam e sobem quando conseguem se comunicar com alguém aqui na Terra. Por isso eles utilizam o menino do filme para dar os seus recados e o machucam quando este se recusava ser o porta-voz dos falecidos.
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Tudo isso é possível, Dr. Bono? Com o desenlace humano, tudo não poderia se acabar, não poderia vingar apenas "o nada mais além", como apregoam os cientificistas e materialistas do mundo inteiro? Estes últimos não teriam razão em dizer que com a morte tudo se acaba?
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A pois é, amigo, se esses materialistas estivessem certos, eles evidentemente teriam a razão do diabo e do inferno!…
E a propósito do que acontece após o desenlace, aqui não é somente uma questão de dar mão à palmatória, ao espiritismo, umbanda, apometria, esoterismo, espiritualismo em geral, orientalismo e que falam de uma sobrevivência no além.
Mas seria o caso também de levar em conta toda as informações da espiritualidade e religiosidade do mundo inteiro, que também apontam para o mesmo tema, para as mesmas ocorrências e para as mesmas condições, e que com toda a probabilidade vingam para o após morte.
Até o catolicismo, protestantismo, judaísmo, islamismo, e que fazem uma força incrível para ficarem restritos à desculpa esfarrapada do mistério ou senão se restringem às suas egrégoras do posmorte, já se depararam com a sobrevivência do falecido num mais além ou num após o falecimento
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E diante disso não há como negar que com o falecimento, com a morte não há o aniquilamento de coisa alguma, e sim apenas dá-se uma transferência forçada do ente desencarnado.
Ele deixa de ser o fulano de tal pensante com seu mundo pensado e cotidiano para transferir-se para outra condição em que o meio pensado muda por completo.
E isso é possível porque em verdade nada começa, nada dura e nada se acaba.
Se esses donos do poder não tivessem condicionado previamente nossa mente e nossos sentidos para a pretensa normalidade da tradição e para a pretensa normalidade do fisiologismo científico os desencarnados sempre seriam perceptíveis para todos nós e poderíamos continuar nos relacionando com eles.
Mas a ruptura radical da falsa morte teve que prevalecer, e aí as portas do além aparentemente se fecharam para alguns que acreditam terem ficado restritos à normalidade dos cinco sentidos, apenas.
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Sempre no filme Sexto Sentido há um médico psiquiatra que leva um tiro e parece ficar gravemente ferido. Depois parece recuperar-se quando em verdade não foi bem assim. Este médico resolve então querer ajudar o menino problematizado, já que o pequeno era atacado pela angústia e pelo medo. Os espíritos do além não o deixavam em paz.
O tal médico do filme (em verdade um desencarnado) filme efetivamente ajuda o menino. Para grande surpresa do espectador, no final do filme, ficamos sabendo que o médico simplesmente já tinha falecido e que mesmo na condição de morto resolvera e consegue ajudar o menino.
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Dr. Bono, a seu entender, um desenlace como o do médico e uma conduta abnegada no após morte é cabível? Sim pois este psiquiatra é assassinado por um paciente revoltado que ele não soube ou não pôde tratar direito, quando vivo. E a seguir o próprio assassino comete o suicídio. Mas poderiam um recém assassinado voltar a atuar no nosso meio, a favor de um menino paranormal e perseguido, e esquecer por completo seu desafeto ou esquecer o que o paciente assassino fez com ele? Ou também, poderia o tal pretenso paciente assassino na condição de desencarnado abandonar a sua vítima detestável, e que no caso era o médico recém falecido?
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É claro que não, meu amigo. O que o filme mostra é pura ficção e acomodação dos fatos segundo a imaginação do autor.
Em espiritualidade e em sobrevivência para o mais além, as coisas são um pouco mais complexas. E até mesmo bem mais simples, mas geralmente são muito dolorosas e atormentadoras. ]
Como de hábito e de alguma maneira, o pretenso carrasco e a pretensa vítima por causa da Lei do Carma ficariam entrelaçados por um certo tempo.
Tal não aconteceria só se um dos dois fosse extremamente abnegado e espiritual. E se não um só, os dois indivíduos ao mesmo tempo.
Aí o laço cármico se romperia, pois um deles ou os dois estariam pondo em prática a recomendação de Cristo, "Se o teu rival te esbofetear na face esquerda, ofereça-lhe também a direita."
No Cristianismo antigo e oficial, esta recomendação virou masoquismo falsamente santificante a fundamentar pretensos mártires da antiga Roma. Com suas recomendações, Cristo apenas nos ensinou como romper com os laços cármicos do "toma lá e dá cá, e vice-versa".
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Dr. Bono, por que será que no que se refere à paranormalidade humana existe tanta ignorância?
Por que a medicina não admite que haja uma possibilidade de alguém ver o posmorte, o mais além, ou senão que em alguns possa prevalecer uma possibilidade de clarividência, clariaudiência?
E por que os psiquiatras, totalmente condicionados pela neurologia e fisiologia da escola científico-materialista, chamam esse tipo de visão e audição de delírios, quando poderia ser apenas telepatia, precognição, retrocognição, metacognição como ensina a boa paranormalidade.
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Pois é, amigo, é por que, à revelia dos mais inteligentes, o fisiologismo científico ligado ao cérebro e ao corpo humano conseguiu implantar pretensas condições normais de ver e ouvir, que nunca foram normais, ou quando muito eram meras aproximações, acomodações.
E isso, face ao Ilimitado poder do Sentir Primevo do Homem, constituiu-se numa legítima restrição e violentação, batizada de normalidade.
Em segundo lugar, não se pode negar que, lamentavelmente um psicótico crônico, um paranóide de longa data é vítima de seu próprio pensamento, é vítima dos mecanismos distorcedores de sua própria memória-imaginação.
Esse tal é vítima de suas próprias reconstruções mentais e que acabam em distorção, em extrojeções atormentadoras, em pretensas alucinações e delírios.
Certos doentes mentais ou psicóticos, por culpa deles mesmos, e por uma exacerbação de seus próprios egos e modos de mal pensar, estão sempre se deparando com seu próprio inferno, e que para eles se apresenta como se fosse uma realidade, como se fosse um perigo, uma constante perseguição, alucinação e delírio.
Mesmo que aí tudo seja forjado por eles mesmo, eles de modo lamentavel sofrem terrivelmente com suas próprias reconstruções e extrojeções pensantes-pensadas. Infelizmente porém, a psiquiatria não conhece nada disso nem quer conhecer, e tampouco faz absolutamente nada para ajudar, a não ser administrar medicamentos que acalmam sim, mas também acabam embotando e intoxicando.
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E no que diz respeito à visão científica de paranormalidade, antes de Rhine inventar a sua Parapsicologia, já existia um espiritualismo científico, uma metapsíquica que discorriam sobre o mais além e sobre as incríveis possibilidades paranormais do homem, com mais felicidade e abrangência. Antes de surgir a Parapsicologia americana, o ser humano já era dotado de incríveis possibilidades cognoscitivas e sensitivas que iam muito além do normal, como sempre, aliás.
Num legítimo desespero de causa e numa tentativa extremada de convencer seus colegas materialistas e cientificistas, ou seja os colegas psicólogos da escola behaviorista norte-americana, Rhine, com suas colocações estatísticas e quantitativas, a contragosto teve que sufocar e restringir as infinitas possibilidades do bom Sentir e Saber e que é exatamente a verdadeira normalidade rotulada de paranormal.
Para certos parapsicólogos materialista, a paranormalidade se restringe ao funcionamento cerebral, para os psiquiatras tal paranormalidade sequer existe ou então não passa de alucinações e delírios.
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Sempre no contexto do Sexto Sentido, ao longo do desenrolar do filme ocorre um fato de desmaterialização e rematerialização de objetos.
Pergunto, mas será que isso acontece de fato?
Por que será que nos casos de levitação, de desmaterialização, de poltergeist, os pretensos entendidos e cientificistas tem que inventar tantas mentiras, historietas e desculpas que jamais chegam a roçar a verdade que envolve todos esses fenômenos? Como é que se explica tudo isso, se é que se precisa explicar?
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Pois é, amigo, mas é bom que se enfatize que com os fenômenos ou fatos de desmaterialização, rematerialização, abdução, levitação, poltergeist, e que amiúde ocorrem numa boa espiritualidade não condicionada, todas as teses e leis científicas caem por terra, como falsas, mentirosas ou insuficientes.
Onde já se viu, por exemplo, um tijolo atravessar o teto compacto e cair sobre a mesa de trabalhos espirituais, ainda quente e intato?
Como é que uma coisa material atravessa o pretenso teto também material?
Como é que uma minhoca viva com terra e tudo, caindo do teto, aparece ou se materializa numa mesa de trabalhos espíritas ou espirituais?
Como é que objetos pesadíssimos começam a levitar, a flutuar, como se fossem feitos de ar ou como se fossem plumas? Nisso tudo, onde vai parar a Lei da Gravitação de Newton, da conservação da matéria?
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E a propósito, a levitação espiritual não faz lembrar o Vazio-Cheio Primordial (ou Sunyata, Çunya) e não o materialismo científico? Se tudo é um vazio-pleno significativo – ou seja, não há pasta, mas há existência – como aliás ensina a própria Física Quântica Ondulatória, para que se precisa conservar a matéria inexiste, para que Lei da Gravidade, para que o começo, meio e fim, para que a persistência ou continuidade?
Como é que do nada científico pode surgir fogo das paredes, começa a jorrar água da parede, ou aparecem estranhas escritas nos móveis, nos espelhos, nos vidros, nas paredes, de cá e de lá, ou então se ouvem fortes marteladas nas paredes e nos móveis, não existindo absolutamente ninguém presente, a não ser é claro, o sensitivo e alguns mais?
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Em seu conhecimento de A paranormalidade o senhor Quevedo diz que é o cérebro ou são os peptideos, são hormônios do sensitivo que suscitam todas essas ocorrências. Isso é verdade?
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Ora, padre Quevedo, por favor, não me faça rir que vou chorar, digo eu.
Sim o final do filme é muito alentador, pois a própria mãe da criança descobre que o filho não era um doente mental nem estava mentindo. Graças aos préstimos do espírito do psiquiatra, o menino acaba se conformando com seu próprio sexto sentido e o aceita como absolutamente normal, natural. O amigo psiquiatra desencarnado simplesmente segue em frente ou sobe, despedindo-se do pequeno paranormal. O seres do além deixam de atormentar o menino e aparentemente alguns, mesmo se do além, se tornam amigos da criança.
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Bem, mas afora isso, afinal, pergunto eu, morrer, desencarnar não é o fim de tudo, ou a vida simplesmente se permuta, se transforma em outra condição existencial?
E se em verdade ao morrer todos nós nos transferimos, por que os transferidos ou os falecidos não conseguem travar um contato maior com os seus entes queridos que aqui ficaram?
E por que os daqui, malgrado os sensitivos e médiuns, também não conseguem uma comunicação clara e perfeita? Por que tantos impedimentos para elucidar melhor o que vem a ser a morte ou o desencarne do homem?
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Ora, amigo, porque desgraçadamente, num nível visível-invisível sempre existem os tutores da humanidade, sempre existem os manipuladores da falsa fatalidade que estabeleceram normas e leis fajutas, e não deixam que os de lá se comuniquem com os de cá, sob pena de uma porção de trapaças do mundo invisível virem à tona, como a dolorosa farsa do próprio desencarne.
E também não deixam que os de cá, de algum modo acabem entrando em contato com os de lá, de um modo direto e claro. Isso se dá só por meio de uma pretensa viagem ao astral, projeção astralina, que é mais pensante-pensada que factual.
O falso abismo que separa a vida da morte tem que ser mantido custe o que custar e ninguém pode suplantar seus impedimentos, nem alguém pode violentar o que o falso senhor da vida e da morte, ou seja, o Demiurgo, estabeleceu.
Lamentavelmente todas as religiões oficiais trabalham a favor desse monstro, até o próprio espiritismo, porquanto o que este último conta por meio de seus médiuns às vezes são acomodações e mentiras, e não revelações autênticas…
O Espiritismo tem que parar de adorar “santos kardecks” e tem que se tornar mais arguto e crítico. A Verdadeira Imortalidade é muito mais importante que falsas informações de santarrões do além.

Magia e Espiritualidade – 01) O que Acontece com quem Morre ou Desencarna

Diante ou na frente de alguém vivo ou morto, ou seja diante de um falso eu (ego), falsa alma, sempre tem que haver um objeto ou algo que apareça, algo dito material ou algo espiritual, algo que se reconheça.
Ou também tem que haver um “tu”, uma coisa, ou algo palpável, ou senão algo tênue ou sutil e que chamam espírito, alma.
Toda pessoa ego-pensante depende do objeto pensado, e todo objeto pensado depende do indivíduo pensante. Os dois interdependem. Um sem o outro são absolutamente nada.
REAL é somente EU SOU ou o Espírito que não depende de nada e está por trás de tudo.
Tanto no mundo como no mais além nunca prevalece ou vinga um eu (ego) vulgar totalmente solitário, sem sua contraparte objetivada.
Não há pessoa mal pensante (ego) sem a coisa pensada, sem um ser pensado, sem a pessoa pensada e reconhecível.
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E esta bipolaridade, sujeito-objeto, objeto-sujeito, é um acréscimo safado, do pensamento comum, pensamento vulgar, acréscimo que se superpõe à VERDADEIRA VIDA, EU SOU. E Este não conhece ou não sabe de morte, não sabe de multiplicidade, de separatismo científicos. Na Verdadeira Vida não existem esses falsos sujeitos e objetos separados, totalmente independentes entre si.
Como tantas vezes foi dito, os “res cogitans e res extensa” de Descartes são mentira total.
Convém salientar também que nada consegue colocar-se diante ou na frente de EU SOU, o Verdadeiro Indivíduo, o Espírito Imortal, ou também na frente da Consciência-SER.
Por isso que um grande Mestre e Santo ordenou: “Vade retrum Satanás!” Ou vai para trás Ego-Adversário (Demiurgo), e não na frente como sempre ego-pretendes!
Essa Mente Pura é inclusive o Verdadeiro Sujeito e Verdadeiro Objeto, mas jamais é multiplicidade e separatismo. Nessa condição tudo é UM só, ou melhor ainda, tudo é Não-Dualidade.
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O cadáver pretensamente denso e material daquele que morreu, que se foi, fica diante dos parentes ou até mesmo diante daqueles que testemunharam o falecimento.
Este pretenso corpo morto em última análise é apenas uma suspensão do sopro, da respiração, da expressão viva no rosto, dos movimentos, da possibilidade de sentir e atuar, e da luz no olhar.
Este cadáver que fica é também um segundo corpo do falecido, ou seja é aquele corpo que os parentes, as pessoas de sua relação extrojetam ou projetam mentalmente.
Digamos, eu, supostamente vivo (encarnado) e pensando, extrojeto meu corpo. Os outros que me conhecem, ao me verem, enfocarem extrojetam também meu corpo, que finalmente é “o meu corpo deles”. E o meu corpo e o meu corpo deles se somam, se fundem, a modo de dizer.
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Meu corpo dito material têm então dois aspectos, aquele que eu mesmo extrojeto, mal pensando, e que acaba virando “o meu corpo externo, objetivo e pensado” por mim mesmo, ego-pensante, e tem outro aspecto idêntico que é aquilo que meus familiares, pessoas de relação, amigos, conhecidos etc. projetam de mim mesmo. Portanto, meu corpo denso, para subsistir precisa sempre de duas forças capciosas: as do falso eu-ego pensante em “Mim”, e as do “tu” pensante-pensado dos outros que vira objeto.
Quando se dá o desencarne, meu corpo por mim mesmo pensado, bem ou mal, se transfere para planos sutis, para planos astrais safados, onde os medonhos do além, ETs canalhas, fazem o que fazem, principalmente se a pessoa-espiritual não for crente ou religiosa no melhor dos sentidos. Se ela aqui foi religiosa, seja qual for a religião, no além sempre há uma egregora anímica que o espera e o pode proteger.
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Pouca coisa desse meu corpo pensado e transferido sobra do lado de cá (mundo). O que fica mesmo é o segundo corpo que os outros pensaram e pensam de “mim” (ego).
O corpo que aparece na hora do enterro é algum resto do meu próprio corpo denso, mas é principalmente o corpo que os outros, que o próximo recriaram para mim, desde o berço.
Este é boneco que aqui fica e que começa a feder e a apodrecer, sem falar daquele duplo etéreo que vai se decompor no cemitério, que pode flutuar como névoa esbranquiçada e pode aparecer até como fantasma.
A presença constante do cadáver é devida aos canalhas do além (dos mercenários da morte, anjos safados, de ETs nefastos), e também é devida ao ego de cada testemunha presente no falecimento, no velório, no enterro. Ou ainda, tal cadáver é devido ao modo de pensar e agir de todas essas testemunhas e familiares que aqui ficam, que permanecem aparentemente vivos, quando em verdade também são mortos-vivos, escravizados ao ego, e com o Espírito dormindo, quase se anulado.
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Depois, esses mesmos seres, testemunhas, familiares e amigos vão e executam o ritual do enterro, acompanhado pelas preces, choros, gritos, soluços, espasmos, desesperos, desmaios, ou senão pelas águas bentas, pelas missas de encomenda. Todos esses clamores próprios do enterro liberam uma vitalidade negativa que os vampirões do além, dos ETs espectrais comem ou gostam de sugar. Todo esse modo de pensar, sentir e agir reforça também a morte, radicaliza a ausência, a separação, o silêncio, o afastamento (ou vazio) de quem parece ter desencarnado em termos absolutos e materiais. No lugar da Vida em Renovação, própria do Aqui e Agora, fica o Vazio permanente, o que é um absurdo e uma impossibilidade, já que nada pode permanecer, nada pode dura, e tudo se renova. Tal conduta impede então que o Espírito-Vitalidade do desencarnado retorne, reavive o corpo e reassuma seu antigo invólucro, casulo, sempre que tal corpo ainda possa sofrer essa influência ou hipotético retorno.
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Em suma, toda a conduta humana intencional (ou modo de AGIR) ligada ao desencarne de alguém, por causa das religiões daqui mesmo e por causa dos ETs nefastos invisíveis, por causa de falsas fraternidades branca, por causa dos demônios ou “asuras”, por causa dos maus espíritos, daqueles maus caráter do além, só é desencadeada ou executada para reforçar tal pretenso e lamentável desencarne.
Para agravar a situação, entra também a capciosa medicina científico-materialista, com sua terrível MAGIA NEGRA, calcada nas biópsias, nos exames de laboratório, nos sorotestes, nos RX, tomografias, ecografias, ressonâncias magnéticas, cintilografias, necrópsias, autópsias, exames médico-legais, anatomopatologias etc. A medicina e a religião, finalmente, apenas sacramentam a pretensa irremediabilidade da morte ou do desencarne.
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Lá do outro lado ou no mais além, os ETs nefastos, os espectrais trabalham também na mente do coitado ente recém desencarnado, ou pessoa-Ser que acreditou ter-se transferido para o além ou ter desencarnado.
Antes de tudo, é bom salientar que NÃO EXISTE UM ESPAÇO COMUM neste mundo e no além, para que possa ser preenchido por um ente vivo ou por um morto. Ou senão por aquilo que acreditamos seja um corpo vivo, ocupando um pretenso espaço físico, ou ainda seja uma alma corporificada de morto, ocupando o mesmo espaço, agora sutil. Com a desculpa de que o SER que estava em tal corpo denso teria desencarnado e se transferido. É bom ter em mente que o AQUI deturpado vira corpo físico ou denso, ocupando um espaço pretensamente físico. O AQUI Espiritual vira forma anímica-corpo que ocupará o astral ou espaço anímico. Mas esses dois espaços não são iguais e comuns.
Quando acordamos de manhã, a mente em nós extrojeta ou projeta um novo espaço e um novo tempo, os quais têm alguma similitude com o espaço e tempo que apagamos quando, no dia anterior, fomos dormir, caímos no sono superficial ou entramos em sono profundo. O mesmo também acontece quando passamos para um estado alterado de consciência. Desde o nosso íntimo mental se levantam então outros espaços e outros tempos, e com eles outros mundos, outras situações.
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Quando alguém desencarna, é de se supor que tal ser (ego-alma) se apaga para este mundo e acorda como sendo ainda ele mesmo, mas em outras condições.
Desperta talvez com um ego similar, com os mesmos sentimentos e mesmo modo de pensar, mas acorda como outro corpo, como outro espaço e como outro tempo, com similitudes, homologias, apenas.
O Ser Verdadeiro em todos nós (nada a ver com o ego), desde seu CENTRO, só se exterioriza ou se interioriza, mas não nasce, não cresce, não dura nem morre. SOMENTE SE RENOVA, daí a Imortalidade.
Os espectrais ou ETs canalhas, contudo – fazendo-se passar por bondosos e esclarecidos espíritos do além – MOSTRAM ao coitado que se transferiu para o mais além, (e que inclusive poderia retornar), um corpo denso inerte, supostamente morto e dentro de um caixão, pronto para o enterro.
Aquilo que seriam só imagens aqui percebidas e reconhecidas pelas testemunhas, pelos parentes, amigos do defunto, são roubadas, transferidas e também são mostradas ao falecido. E isso, minha gente, é uma hipnose total, praticada no assim mal chamado desencarnado.
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Não é verdade que o famigerado e enganador SENSO COMUM, e que sustenta a palhaçada da vida cotidiana de relação, tem que prevalecer também no além e para um recém desencarnado ou TRANSFERIDO.
O suposto falecido, ao desencarnar, ao morrer, vivencia sua morte, experimenta sua morte. E se a experimenta, a vivencia, em verdade continua vivo, com corpo pensado e tudo o mais.
Morrer não significa desligar a tomada e apagar a luz. Tampouco significa apagar-se anular-se aniquilar-se e sumir para sempre como ensina o torpe materialismo niilista. Nada pode virar nada nem nada pode virar algo como ensina a burrice científica.
O pobre falecido e hipnotizado, acredita-se outro ser que está presente em seu próprio enterro.
Em verdade, estando nesse enterro especial ou falso AQUI, ou nesse mais além adaptado, ele assiste sua própria anulação objetiva ou físico-corporal, e que parece estar ocorrendo LÁ ou naquele nosso mundo, onde foi montado o teatrinho, ou se dá o velório e o enterro.
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O falecido-transferido acredita ser um ente-corpo anímico AQUI ou no além, e também acredita ser um ente-corpo-morto que vai se decompor e que está sendo enterrado.
Como é inevitável – a pessoa pensante sempre tem que ter seu objeto pensado diante de si – e por uma manobra hipnótica dos ETs nefastos e espectrais, o falecido continua vendo coisas na frente dele ou continua vendo objetos.
Do lado de cá, enxerga-se a si mesmo morto, mas no mais além enxerga-se vivo, como alma, como espírito.
Como disse, os ETs espectrais, através dessa hipnose – e que também resulta num roubo de vitalidade dos que aqui ficam, sim pois o desespero, a agonia e o choro liberam fortes energias, vitalidades negativas que eles adoram sugar – obrigam o suposto desencarnado a que assista todo o ritual, para que se convença de que sua vida na Terra acabou e que começou outra vida, pior ou melhor, sempre manipulada por eles. A Vida do além, também depende da memória, depende do modo de pensar e de agir, e da religiosidade daquele que se transferiu ou foi transferido à força.
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Desse modo, esses ETs canalhas do mais além, metidos a santos, esses servos do Dragão-Demiurgo e da Besta-Golem (Jeová-Molokron) impedem que o pobre coitado, e que acredita ter ido, acredita ter partido, ter desencarnado, faça alguma coisa, atue com rigor, anule o desenlace, suspenda a transferência, nem sempre desejada e volte ao corpo denso, se aproveitável ainda for. ---- Em todas essas probabilidades, naturalmente, se excluem os corpos totalmente envelhecidos, desgastados e degenerados por doenças e pela medicina. Toda essa pantomima da morte estaria regida pelo deus da morte ou Thanatos ou Plutão.
Se sabe, sim, que na maioria das vezes, esse corpo denso tem que morrer porque se tornou totalmente imprestável. As doenças ou a medicina simplesmente acabaram com ele, quando não isso, a velhice, os acidentes graves, os desastres, os assassinatos, as desintegrações por explosão etc.
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Sim, perguntaria alguém, mas e aqueles desenlaces repentinos, de gente jovem, sem qualquer prévia lesão grave no organismo, o que é isso, finalmente? Minha gente, isso é só violência, roubo e atrocidades. Aqui há roubos de corpos jovens para que eles os aproveitem de outro modo. Quantos pobres coitados assim mortos, aparentemente, são esvaziados, são transformados em cascões vazios, dentro dos quais vão entrar vitalidades malignas ou ETs safados. Ou senão entram também os falsos seres imortais de certas fraternidades, que sempre estão roubando corpos alheios... Quanto ao corpo sutil e causal do jovem desencarnado ou é mandado para o sétimo astral para que fique sonhando até que aconteça o retorno ou o reencarne, ou senão às vezes seus corpos sutis e causais (dois corpos) são vergonhosamente vampirizados até às últimas conseqüências antes que se dê um retorno, se é que se dá.
E mais, quê fazem eles com alguém que aparentemente desencarna e “forçosamente tem que entrar no pretenso túnel de luz do além”? Simplesmente lhe apagam de imediato a memória ou os registros de sua vida recentemente abandonada, para que ele se esqueça do que viveu, de seus entes queridos e não tente reagir. Ver Ufologia 09, que está atrás ou que antecedeu este texto.
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Às vezes o deixam com migalhas de registros da última vida, ou senão somente com aqueles registros de vidas muito anteriores. E quando o indivíduo foi um monstro perverso na vida que acabou de abandonar, o deixam para que ele se confronte com seus desafetos, com suas vítimas, seus inimigos, com suas respostas cármicas ruins, terríveis, a fim de que aprenda a sentir em si mesmo toda a dor e todo o mal que em outros praticou. E não achem não que os tais que tudo isso armam, feitos juízes, são justos e santos. O Carma é justiça, sim, mas em momentos, quando manipulado é também safadeza, hipocrisia e maldade. Daí minha denúncia contra os Manipuladores da Falsa Fatalidade.
Os homens hipnotizados do lado de fora, ou os daqui deste nosso mundo, sustentam o desencarne inelutável graças a práticas especiais, clamores e rituais de enterros. E o pretenso desencarnado, do lado de lá, no além ou do outro lado, outro plano existencial, outra dimensão, é convencido por safados falsamente espirituais ou ETs que ele morreu de vez. Convencem-no de que aquele corpo que ficou para trás é agora um corpo inútil, e que ele no momento está vivendo em outra condição, dimensão.
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E deste modo, nem os mortos nem os vivos, ou melhor dito, nem os que se vão nem os que ficam levantam um dedo ou fazem algo contra essa abjeção chamada MORTE!
E o poder supremo DAS FERAS, DOS TRAIDORES, DOS MERCENÁRIOS MATADORES, DOS MILITARES ESTÚPIDOS E IMPIEDOSOS, DOS ASSASSINOS TRANSCENDENTAIS está exatamente nessa coisa chamada MORTE ou no ato de matar! E com que facilidade essas feras monstruosas exclamam para alguém: ”Olha que vou te matar! Juro que eu te mato! Desgraçado, vais morrer! Antes de morrer vais sofrer até o infinito!”
BASTA DE TANTA INFÃMIA! Chega de miserere nóbis, de mea culpa, rogai por nós pecadores! É preciso clamar, é preciso protestar, é preciso indignar-se e romper de vez com essa falsa vida e com essa falsa morte, que só alimentam a RONDA DA AGONIA, AS TREVAS EXTERIORES QUE JESUS TANTO DENUNCIAVA!