sábado, 20 de dezembro de 2008

Ciência – 7) Não existem Causas Primárias para as Formas e para os Objetos.

Este Tema foi retirado do meu livro Inédito: “A Farsa dos Meio dos Conhecimento” (Mais de 26, ao todo). Sim, amigo, é totalmente impossível captar as causas em si que teriam originado as formas e as coisas ditas externas (objetos), como impossível também é se conhecer uma causa pura e totalmente separada de seu efeito.


E se algum separatismo parece haver ou vingar, este é só uma forte impressão que o pensamento em todos nós elabora e sustenta. Causas-formas, efeitos-causas resultam num encadeamento gnoseológico difícil de romper, do qual o falso perceptor (ego) também faz parte. Esmiuçar isso, feito um Descartes, equivale a engendrar mais fantasmagorias isoladas, além daquelas que já estariam contidas nessa concatenação superposta.


De qualquer modo, amigo, enfoquemos agora a incrível desonestidade da lógica-razão, mormente quando alguns desavisados da escola científica a usam e dela abusam em fórmulas físico-químico-matemáticas, sem um pouco de cautela e aviso prévio.


Por exemplo, dizem e provam os senhores do falso saber que as virtudes – ou as propriedades ou a essência própria – dos cromossomas e genes próprios do núcleo celular determinam a forma externa do ser vivo, conforme sua espécie, numa evolução de baixo para cima, ou numa evolução de descendente para ascendente.


Sim, mas o que é que determina a forma e a pretensa função dos cromossomas?
Respondem eles: os cromonemas.
Mas o que é que determina a virtude (essência própria) e a forma dos cromonemas?
Respondem eles: Os genes.
Mas o que é que determina a virtude (essência própria) dos genes?
Respondem eles: o arranjo das proteínas, das lipoproteínas, das enzimas, dos ácido desoxirribonucleicos (DNAs), dos ácidos ribonucleicos (RNAs), das citosinas, das guaninas, das adenosinas etc.etc.
E assim vão eles recuando até um menos infinito de raciocínios estúpidos e complicados. Este é um recuo absurdo constituído de enjambrações mentais, de mentiras bioquímicas objetivadas e falsas provas.


Descartes era um mentecapto e nunca teve qualquer razão com o seu método de análise ou pretensão de esmiuçar a natureza até as últimas conseqüências, destruindo-a, para depois a partir de um micro cadáver pulverizado refazer essa mesma natureza.
E atualmente já saltaram fora os gênios norte-americanos que, com seus irmãos, os burróides computadores super acelerados, já conseguiram mapear um código genético de mentiras, para depois decifrá-lo e manipulá-lo como bem entendem – como se algo similar coubesse na Manifestação da Autonatureza.


Ou terão sido o deus teológico e o deus acaso da ciência os que terão criado todas essas velhacas mentiras ou baboseiras do código genético? Dizem eles: entendendo tal código e manipulando-o, queremos ajudar próximo e curar. E por que não complicar e matar?
Os tão louvados cromossomas quase decifrados com sua forma em escada helicoidal com seus pretensos degraus são um engendramento totalmente humano que nenhuma natureza verdadeira teria forjado e muito menos uma falsa natureza regida pelas leis do acaso, que resultaram em leis científicas.


Essa natureza de merda com cromossomas em escada helicoidal e tudo o mais, quem a forjou foi o a burrice humana, disfarçada de razão e intelectualismo. Foi o pensamento humano, foram certos cientistas que têm a total liberdade e o total apoio material (governos safados e laboratórios canalhas) de praticar “ciência” ou magia negra em seus laboratórios ou santuários do inferno.


De qualquer maneira, pensamento por pensamento, qualquer pensamento vale, por que, pois, só as forjações dos cientistas e seus idiotérrimos cromossomos têm que prevalecer?
Sou eu, (ego), que te vejo, ó diabo de cromossoma. E vendo-te me vejo. Sim, pois, eu, ego-pensante nunca posso estar sozinho numa falsa existência superposta e regida pela Lei da Geração Condicionada, tenho que estar acompanhado.
Sempre tenho que ter na minha frente algo de mim mesmo, ou seja, o falso objeto pensado. Sim, eu, ego, sou um falso ente pensante que sempre tem que ter diante de si sua contraparte pensada. No caso o cromossoma pensado.


E eu, pensando feito um imbecil e retardado mental, me vejo à frente de uma pretensa escada helicoidal microscópica com degraus e tudo o mais, e digo: descobri, quando em verdade engendrei. Por isso que te vendo, ó cromossoma de merda, me vejo. E vendo-me, te faço, te engendro, te consubstancio, te materializo. E depois de ti (ou "eu" disfarçado) tento me apropriar.
Eu, ego não somente me vejo como se fosses tu, ó fantasmagórico cromossoma, como inclusive te objetivo e te materializo. Pois ao ver-me ou ao te ver, me cativo, me enamoro e quero me apropriar de meu próprio reflexo, feito um Narciso.


Desse modo, então, sou obrigado a ATUAR. E desse modo também ponho a Lei da Interdependencia ou senão a Lei da Geração Condicionada em movimento, ou seja: Isto sendo, em pensamento, aquilo aparece, aquilo se superpõe, aquilo se objetiva, aquilo se concretiza, se materializa, se consubstancia, se torna palpável e capturável, se para tal eu, ego, executar o ato intencional, o ato propositado, concretizador de faz-de-conta ou de lorotas. Isto não sendo pensado, aquilo não aparece, não se sobrepõe, não se objetiva porque não somente não se pensa como também não se atua, não se fez nada, propositadamente. --Sou eu que te vejo, e vendo-me, te vejo, e vendo-me, te faço.


Nem o corpo externo do homem condicionado, nem suas pretensas células, nem seus fantasmagóricos núcleos celulares, cromossomas, genes, peptídeos existem de por si. Só aparecem em total dependência a essas duas leis. Nada disso encerra quaisquer propriedades, essência própria e muito menos essência anímica emprestada.E, no entanto, a ciência materialista quantos poderes e virtudes atribuiu ao que não existe – mas aparece porque ela o engendra – só porque mal pensando e fazendo micagens ou alguma coisa em termos intencionais, num laboratório, algo sempre aparece objetivamente para aquele mesmo ego que pensa…


Bem, mas fora todas essas tolices, Agora, o ISTO –(corpo vivo) é um infinito de maravilhas e possibilidades, as quais nada têm a ver com tudo aquilo que a ciência inventou e nos impingiu como sendo o último grito da mais alta sabedoria, ou burrice generalizada. ISTO é o Desconhecido Primordial da Autonatureza e que só se revela a um Perfeito SENTIR ou num Conhecimento Direto.


Mas fora isso, alguém mais ainda poderia perguntar: O que é que determina a forma de um corpo sólido, digamos a forma de um pretenso mineral?
Responderiam os cientistas: A rede cristalina.
E da pretensa rede cristalina, o que é que determina a forma?
Responderiam eles: O cristal primário.
E do cristal primário? Os cátions e ânions salinos ou metálicos.
E dos íons? Os átomos, os elétrons etc.etc., e assim outra vez recuariam até atingir um menos infinito de complicações lógico-racionais inúteis.


Entretanto, ISTO –(forma) não é nenhuma forma que a ciência diz descrever e jura ter conseguido provar.Brinca, brinca, com a mente de alguns, ó ego-pensamento desgraçado e ladino, que o mundo está cada vez pior e mais complicado, graças a ti, ó fantasma voraz de coisas inúteis!

Ciência – 6) Por que das Críticas contra a Ciência


Paciencioso amigo, vou transformar-te no meu entrevistador e vou colocar em tua boca perguntas que me foram formuladas num duplo programa de radio semanal, com mais de duas horas cada, programa de rádio esses que vinha desenvolvendo há mais de seis anos, e de repente foi silenciado. Lá vão as perguntas:
Dr. Bono, como é que o amigo, em pleno curso de medicina, isto é, ainda não formado nessa especialidade científica, foi levado a escrever um livro como É a Ciência uma Nova Religião? ou os Perigos do Dogma Científico. Dificilmente se encontra alguém que comente ou critique a Ciência. Como é que o amigo pôde ser tão ousado nesse seu livro de 40 anos atrás, hoje esgotado e totalmente ignorado?
Resposta: Fui levado a escrever um livro desse gabarito ou teor porque me dei conta de que a Ciência moderna, infelizmente engana o que há de melhor no homem: sua possibilidade de Saber-Sentir-Intuir.
Se iludem as pessoas em achar que, graças à metodologia científica e à experimentação laboratorial, a ciência é sempre veraz, nunca mente e não nos engana.
A impessoalidade e o não sectarismo da ciência são uma mentira capciosa.
O cientista é o mais personificado de todos os indivíduos.
Por outro lado, lamentavelmente a ciência fez da mente humana (em verdade cérebro) um mero instrumento de cognição, uma simples ferramenta por meio da qual, alegam certos cientistas, se pode descobrir, decifrar, equacionar, a Vida, o Cosmo Primordial.
Com isso a ciência cometeu um erro terrível. Por pura especulação e conclusões gratuitas, transformou a Mente Primordial numa dependência cerebral, numa excrescência ou numa pretensa massa cinzenta, por meio da qual se poderiam perceber corretamente as pretensas realidades externas e se poderiam inclusive descrevê-las e prová-las a contento, além de, depois, poder possuí-las.
Grosso engano. A mente humana, antes de mais nada, não se encontra na dependência do cérebro. Este último, já que nunca falou por si mesmo e sim é o pensamento que fala por ele, depende daquilo que a mente já degradada e personificada elaborou, engendrou, extrojetou, reconheceu, descreveu e, depois, graças à execução do ato intencional diz ter conseguido provar, quando o pensamento de origem mental apenas engendrou e extrojetou tudo de modo muito ladino. E não esqueçamos que a mente personificada é apenas um iceberg intrometido, cuja ponta aflora na Grande Mente Universal, no Mar Cósmico, na Consciência-EU.
Afora as intromissões dessa ponta de iceberg, existe sim uma Manifestação Primeva, livre, pura, espontânea, harmônica e que é exatamente essa mesma Mente ou Consciência Cósmica em Manifestação.
Nesta cabe sim o Homem Primordial que eu, em meu último livro Apocalipse Desmascarado chamo Filho Especial ou Filho do Céu.
Voltar a ser Filho do Céu é o destino do homem terrestre. E isso não tem nada a ver com pieguice e invencionices religiosas.
Depois dessa Manifestação Primordial, no meio do caminho, entre o Manifestador e o Manifestado, lamentavelmente se intromete o ego-iceberg intruso.. Tal iceberg ou ego-pensamento, primeiramente, tenta ofuscar as Verdades e a Manifestação da Grande Mente ou do Grande Oceano, em segundo lugar como esse ego-intruso e mentiroso não consegue sentir nem captar nada desta Manifestação ou Verdade Primordial, da qual fazem parte os OVNIs e os alienígenas benevolentes, ele, ego-pensamento vê-se obrigado a recriar um falso mundo, um falso universo, uma falsa condição existencial, onde parece caber uma pessoa ego-pensante, de um lado, e um mundo ou universo pensado, do outro.
Essa dobradinha torna-se sobremaneira reveladora ou impressionável para quem somente mal pensa, porque aí, o mal pensar humano e a execução do ato intencional se intrometem como forjadores e sustentadores dessa grande ilusão mundial, falsamente cósmica.
Em outras palavras, o Homem Verdadeiro e Primordial, sem se aperceber, sacrifica seu Sentir-Saber-Intuir-Atuar-Amar, as cinco atividades absolutamente verdadeiras, válidas e eficazes da Mente Pura para que prevaleça o simples mal pensar (ou memória-raciocínio-imaginação) da mente decaída e corrompida.
Isto é, o homem ao invés de Saber-Sentir-Intuir, Aqui e Agora, passa a mal pensar no espaço e no tempo. Este mal pensar ou esta memória-raciocínio-imaginação, válido tanto para o analfabeto como para o erudito, ou esta lógica-razão refinada, válida só para o erudito, resultam em espaço e resultam em tempo pretensamente externos.
Transformam-se nos mentirosos recipientes cósmicos, onde o pensamento ladino coloca as suas múltiplas recriações ou forjações dualistas, em suma, onde o pensamento coloca a falsa matéria, a falsa energia, o falso plasma científicos.
Todas as mentiras aparentes do mal pensar, e que só e sempre aparecem mas não existem, passam a prevalecer, passam a vingar, passar a se sobrepor.
E a ciência moderna, não conhecendo absolutamente nada da Mente Real do Homem, da Verdadeira Consciência, do que vem a ser o pensar em si, do que vem o ego ou pretenso ser (ou falsa entidade que não deve ser confundida com EU SOU), e que em cada um de nós diz pensar, mas só arrota o "pensar alheio ou as opiniões acumuladas de terceiros", não fez outra coisa senão acrescentar mentiras e mais mentiras.
Ora, a ciência, nada sabendo de fato do que vem a ser o Perceber ou Conscientizar autêntico, o Saber-Sentir-Intuir, se permitiu confundir o Perceber ou Conscientizar Primordial com esdrúxulas e enganadoras reações bioquímicos-cerebrais. Louvou e sacramentou tal incrível confusão. É por isso que digo essa ciência só mente, só nos engana.
Na época em que eu escrevi o livro É a Ciência uma Nova Religião? até que eu era bastante ingênuo. Apenas me havia dado conta de que em física, química, bioquímica, medicina, biologia havia muita coisa errada, e que isso precisava ser urgentemente sanado.
Hoje ouso acrescentar que praticamente tudo está errado, sempre que levarmos em conta a Verdade Última, as Verdades Cósmicas Maiores.
E é por isso que hoje se fazem presentes os paradoxos da Ufologia e da boa Espiritualidade e que a ciência moderna sempre se empenha em negar.
O cientificismo ou a ciência só terá algum valor ou credibilidade se a encararmos como um faz-de-conta plausível, como uma espécie de trabalho artístico, como uma prática mágico-esportiva, como abstrações filosóficas.
Convém que se saiba que a metodologia científica que, por meio de suas cinco etapas - observação despreconcebida dos fatos ou fenômenos, hipótese, experimentação laboratorial, conclusão positiva ou negativa e elaboração da lei em termos geométricos-matemáticos - pretendeu estabelecer a verdade material, e que seria válida em todo o universo, é um engodo total completo.
Ninguém sabe aí como o pretenso cientista pensa de fato, como sente, como em verdade percebe ou conscientiza. A não ser, é claro, que se leve em conta as mentiras científicas do fisiologismo cerebral, mentiras que se transformaram em vacas sagradas, estabelecidas e consagradas como dogmas.
Dr. Bono, ainda trabalhando num Hospital Psiquiátrico, do qual se aposentou após 23 anos de trabalho e convívio hospitalar, como é que lhe surgiu a idéia de escrever dois livros que questionaram a psiquiatria e a psicanálise, como Nós, a Loucura e a Antipsiquiatria e Antipsiquiatria e Sexo. A seu entender, por que a psiquiatria e a psicanálise precisariam ser questionadas?
Resposta: Porque tais ciências psicológicas se assentaram em enfoques científicos capengas, os quais, de modo lamentável, são completamente errôneos no que diz respeito ao espaço, tempo, matéria, energia e plasma.
Imaginem só que tipo de terapia psicológica ou mental poderia saltar fora de enfoques que puseram a carreta diante dos bois.
Ou seja, calcada no cientificismo, ou no biologismo e estruturalismo científico, - meras aparências - a psiquiatria e a psicanálise primeiramente tornaram o homem vítima das pretensas disfunções cerebrais e, em segundo lugar, vítima das eventuais circunstâncias negativas externas ou existenciais.
Em outra palavra, para a psiquiatria e psicanálise, o pensamento e o ego são frutos da massa cinzenta ou do cérebro e são os que sofreriam as agressões externas, quando não é bem assim.. Dizem eles: adoece-se mentalmente porque o cérebro é afetado por doenças estranhas que vem de fora. O cérebro é atingido por germes, por vírus, ou senão é afetado por alterações bioquímico-cerebrais anômalas.
No enfoque psiquiátrico-psicanalítico o ego é sempre a vítima da doença cerebral. Dizem eles que alterando-se a pessoa ou ego freudiano, o pensamento e a conduta humana padecem das conseqüências da disfunção cerebral e o homem adoece.
Minha vivência hospitalar contudo permitiu-me surpreender que o homem torna-se um psicótico (um louco) ou um neurótico (um nervoso exacerbado) por causa de seu próprio ego e seu próprio pensamento.
O pensamento humano é algo anômalo e intrometido na Mente humana, e é esta anomalia mental quem suscita a pretensa doença.
O problema todo é uma questão de o ego se agigantar e extrapolar, ou senão de se atrofiar e se sumir, se for contrariado.
Ou senão o próprio ego criar becos sem saída imaginários, que não pode suplantar, porque são fantasmagóricos e absurdo.
Este ego mentiroso e causador de balbúrdias e doenças nada tem a ver com o grande EU.
Quem provoca o estar doente, tanto em termos físicos como em termos mentais é o ego-pensamento em cada um de nós. Este é um bandido, salteador, e homicida. Mata nossa verdadeira essência EU SOU para ele-ego poder prevalecer.
E o homem não conhecendo o pensamento em profundidade coloca seu falso eu ou ego lá nas alturas, o reverencia e teme e, ainda por cima, o transforma numa pobre vítima de supostas doenças e germes, vírus que viriam de fora, quando, se não se pensasse tanto e tão mal, nada poderia vir de fora e nada poderia nos atingir, afetar e nos deixar doentes.
E a propósito, alertava Jesus: (E não era louco nem lunático) Nada que entra pela boca do homem, ou nada do que vem de fora, pode atingir ou prejudicar o homem. O que prejudica o homem é o que sai de dentro de sua Mente-Coração...!
Dr. Bono, como é que um médico, alguém ligado ao mundo científico, ou até mesmo ligado a algo que vai além da ciência, pôde se interessar por religião? O que foi que levou o amigo a escrever Cristo Esse Desconhecido?
Resposta: Não Viste a frase de Jesus que acabei de citar ou transcrever ? Pois bem Jesus não era só e necessariamente um santo e um fazedor de milagres, e mais todas aquelas outras coisas que a teologia ocidental inventou a respeito dele. Jesus era e é principalmente um Sábio extraordinário que conhecia a mente-coração do homem como ninguém. E isso para um anti-pensador como eu era muito importante.
Jesus, a seu modo, também difundia o Homem, homem, conhece-te a ti mesmo!, dizendo: Buscai primeiro o Reino de Deus e Justiça ou Perfeita Compreensão que depois disso todas as coisas vos serão acrescentadas.
Por outro lado e lamentavelmente, a doutrina de Jesus foi toda ela desvirtuada e distorcida. De certo modo, (eu) consegui remanejá-la ou consegui colocar os possíveis versículos originais na ordem correta. Com isso, talvez, a verdadeira doutrina de Cristo tenha ressuscitado. Isso não é uma certeza definitiva, nem uma imposição, mas sim uma sugestão, uma aproximação do Ideal Cristão.
Jesus foi muito mais do que sempre se andou dizendo por aí, ao longo destes quase dois mil anos. É lamentável que d'Ele só apareça o pobre homem crucificado num madeiro e não prevaleça a Doutrina que Ele deixou, que havia-se perdido e que foi reencontrada. Graças ao meu trabalho de remanejamento e recompilação, esta doutrina, digamos, voltou a aparecer, para, quem sabe, ajudar o homem efetivamente, sem muitas promessas infantis, pacienciosas esperanças e eternas expectativas.
Dr. Bono, pulando de um extremo a outro, o senhor. passa da ciência, da psiquiatria para o cristianismo, e deste para o orientalismo. Por que razão resolveu escrever o "Senhor do Yoga e da Mente" e "Ecologia e Política à Luz do Tao"?
Resposta: Por que só os bons mestres orientais conhecem a mente com perfeição. Estes, em seus cinco a dez mil anos de busca, empenho e de Autoconhecimento surpreenderam a Mente em seus aspectos primordiais e como ela é, efetivamente. Descobriram o que vem a ser o pensamento, o que é o ego, o que são a memória-raciocínio-imaginação, o que é a lógica-razão e descobriram também como tudo isso nos engana com muita arte e astúcia.
Surpreenderam como as coisas ditas externas vieram-a-ser efetivamente (ou como "foram criadas"). Sabem com toda perfeição se houve efetivamente uma criação no tempo e no espaço, como dizem as religiões e ciência ocidentais, ou se no lugar disso há apenas uma Manifestação, Aqui e Agora, livre do espaço, do tempo, e dos enganadores matéria, energia e plasma.
Os mestres orientais, como Krishna, Buda, Laotsé, Chuangtsé, Nagarjuna, Shankaracharya etc. sabem muito bem o que é uma Consciência Primordial em Manifestação e o que é uma mente personificada - mancha acrescentada - que se mete a recriar, a extrojetar fantasmagorias e a opinar a respeito.
Os mestres orientais sabem que uma mente escravizada ao ego e ao pensamento vulgar é só Avidya (ou Ignorância Primordial) e que aquilo que ela extrojeta e sobrepõe por sobre da Verdadeira Vida e depois reconhece é só Maya ou aparências.
Para eles o Existir só cabe para a Manifestação Primordial ou Autonatureza. O resto acrescentado pelo ego é só aparências ou faz-de-conta, nunca realidade ou existência.
Lamentavelmente, a ciência abusa das palavras, do pensamento e da conduta quando nos impinge sua própria realidade forjada e reconstruída
Dr. Bono não se pode negar que todos os seus livros já editados, alguns esgotados, são anti-convencionais, são heréticos, polêmicos no melhor dos sentidos, são chocantes, escandalosos, quanto à ideologia, como inclusive devem ser os seus trabalhos ainda inéditos, como Parar Este Falso Mundo, Prisão do Tempo, Jesus sem Cruz, Jesus, Messias ou Filho do Homem, Ciência, a Nova Religião etc. Em seu currículo existem mais de 25 livros inéditos. Pergunto, porque o amigo insiste em temas tão ousados? E por que será que as editoras do Brasil resistem tanto à publicação de seus trabalhos?
Resposta: Por que menos mal não virei cola gosmenta, não virei dialético enchedor de lingüiça que fala, fala e não diz nada. Porque infelizmente ainda não comovi nem toquei os tutores do poder, não motivei os pretensos críticos literários e manipuladores do conhecimento alheio, convencional. Não consegui suplantar as vacas sagradas do academicismo universitário e cientifico, ou também não suplantei os tabus da filosofia e psicologia universitária.
Em poucas palavras, porque infelizmente depois de 30 anos de escrever e falar, não virei um Paulo Coelho. (Nada contra e com todo o respeito). Vai ver que não virei porque só digo bobagens, e coisas que não têm cabimento, ou senão digo coisas que com toda a probabilidade suscitam melindres. De qualquer maneira, nem sempre consigo exprimir-me com palavras fáceis, com frases pretensamente poéticas que encantam, mas não dizem absolutamente nada. Ao contrário, exprimo-me com termos altamente significativos, que dizem tudo e abrem qualquer porta, dizeres que, pelo jeito, poucos entendem.
É isso empáfia de minha parte? Pode ser. Mas tal presumível empáfia só se fundamentaria para alguém que tivesse lido tudo o que escrevi, para alguém que me entendeu, para alguém que me detestou e não concordou comigo em nada do que disse. Mesmo este, a caro custo, teria o direito de me chamar empafiado. Antes disso, porém, teria que me desmentir em minhas colocações. Agora, relegarem-me ao ostracismo como me relegaram, isso sim dói, e como doi!
Dr. Bono, agora sou eu, hipotético leitor, que faço uma colocação, sem que a precise responder. Acredito que qualquer país do mundo se orgulharia de ter um pensador e escritor do seu gabarito, ou será que não? Estarei exagerando? E para tal pergunto: Por que será pois que as editoras nacionais insistem em lhe ignorar!? Por que será que o nosso país, em termos de literatura, só dá algum valor aos ficcionistas, poetas e praticamente nenhum aos pensadores de verdade, a um ensaístas como o senhor, e que em momentos também é ficcionista? Por que será que todo bom brasileiro que pensa, e pensa bem, tem que ser visto como um burro ou um louco? E por que só os ensaístas estrangeiros fazem sucesso no Brasil, tipo Zecharia Sitchin ou Fritjoff Capra?
Resposta: Ai amigo se soubesses quantas vezes bati às portas de editoras de renome do Brasil inteiro, e quase sempre recebendo desculpas esfarrapadas ou dolorosos chutes e mais chutes!! As editoras do Brasil não têm avaliador preparado. A caro custo conseguem sopesar o teor de um livro de ficção, desde que esteja escrito numa linguagem cotidiana digerível. Quantos "não" e quantos ponta-pés levei quando se tratou de editores do Brasil inteiro. Cansei de apelar por um retorno à Editora Record, mas a respeitável editora Luciana Villas-Boas (que entende um bocado de comércio, de atacado e varejo, que defende o capital do patrão com um zelo exagerado, mas não entende absolutamente nada de literatura e até mesmo das potencialidades dos livros alheios), mandou-me às favas, por meio de sua secretaria, outra pobre subalterna. Quando tentei retornar à essa respeitável Editora, a dna. Luciana infelizmente sequer tomou conhecimento que havia sido editado quatro vezes por sua Editora. E que os livros editados não eram enganos ou porcarias, e sim tinham grandes possibilidades de vencer, mas não venceram. Por falta de uma máquina promocional, não me tornei um "bestselleiro" ou um melhor vendido nessa renomada e prezada Editora. Para eles escritor bom é aquele que consegue vender livros que tenham tido mais de 10 edições. Todavia, sem a máquina do marketing montada isso é impossível de se alcançar. Eu francamente não sei como essa máquina se monta. Pagando, evidentemente.
Sei porém que alguns afortunados não pagaram nada. Não tenho cara de pau nem fantasia de palhaço para chamar a atenção do público de outro modo. Cansei de bater às portas da LPM de Porto Alegre, à Civilização Brasileira, quando ainda existia, à Nova Fronteira, à Best-Seller, Companhia das Letras, Editora Três, Cultrix, Pensamento, Rocco, Clube do Livro, Bertrand editora etc. etc. etc.
Dr. Bono, uma rápida e última colocação, seu três últimos livros editados, Os Manipuladores da Falsa Fatalidade, A Grande Conspiração Universal e o Apocalipse Desmascarado estão ligados à Ufologia, essa coisa incrível e notável que assombra e intriga muitos e também irrita e suscita descaso e desprezo a muitos outros mais. Como é que o amigo passou a se interessar também pela Ufologia, essa ciência notável para alguns, e maldita para outros?
Resposta: Estou metido na Ufologia praticamente há quase cinqüenta anos. Comecei vamos dizer saindo a campo com o notável ufólogo e professor Felipe Machado Carrion. Estava presente ou com ele me encontrava quando investigou o famoso caso da Lagoa Negra. Eu era um jovem estudante do ciclo secundário. Mas antes disso, por volta de 1948, 1949 já comecei a ler tudo o que aparecia e se relacionava à temática. Depois disso, não larguei mais o tema.
Aprofundei-me até às últimas conseqüências. Foi por isso que ousei escrever A Grande Conspiração Universal, e sua continuação O Apocalipse Desmascarado. Hoje a casuística ufológica não é mais tão importante. É preciso mergulhar mais fundo, já que as autoridades oficiais escondem os fatos e os documentos. E boa parte dos ETs que com os humanas se relacionam (ou se relacionaram) ou nos mentem quase sempre ou quase sempre nos enganam. Não sei por que essa insistência.
É preciso compreender em profundidade o que se esconde atrás dos governos oficiais que exercem a censura, quais alianças esses governos ou figurões secretos desses mesmos governos fizeram com ETs nem sempre tão bonzinhos.
É preciso saber o que há por trás das guerras e confrontos em nossos próprios céus, entre diversos tipos de alienígenas.
Não é verdade que estamos sendo visitados por ETs que vem lá de longe.
Eles estão aqui há muito tempo e brigam entre si em nossos céus.
O ser humano desavisado está situado entre dois fogos.
Precisamos surpreender quem são os alienígenas realmente favoráveis ao homem, quais são os neutros e quais os nefastos - e são muitos - sem nos comprometer e sem sairmos prejudicados. E, principalmente, a Ufologia, para ser melhor entendida, tem que se divorciar das idéias científicas de espaço, tempo, matéria, energia e evolução, porque os paradigmas ou os modos de conhecimento de que os alienígenas se valem são completamente outros. Eles não abusam do pensamento como nós. Sentem, Sabem e Intuem que podem fazer determinadas coisas, e simplesmente as fazem. Talvez de modo mais mágico do que lógico. No entendimentoda Ufologia, todas essas facetas devem ser surpreendidas, para que alguma luz comece a vingar numa temática tão ambígua.

CIÊNCIA – 5) UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO NO CONHECIMENTO E OS ENGANADORES MEIOS DO CONHECIMENTO OFICIAIS

Desconfio de que o título deste meu tomo de uma coleção de quatro é extremamente audacioso, pois ninguém se permitiria duvidar da validez dos meios do conhecimento, consagrados pela filosofia em geral, pelas religiões do mundo ocidental, pela tradição e principalmente pela Ciência Moderna. É audacioso não somente por duvidar de tais meios – quando malgrado esta minha denúncia, para todas correntes do saber os órgãos sensoriais parecem funcionar muito bem – como mormente por transformá-los no principal personagem deste meu livro inédito: A Farsa dos Meios do Conhecimento.

Pois é, amigos, se se aceitasse a absoluta validez dos meios do conhecimento, ou seja se se aceitasse a absoluta validez dos órgãos sensoriais do corpo humanp que a ciência descreve, dos respectivos corpúsculos sensitivos desses pretensos órgãos, dos terminais nervosos, dos nervos sensitivos ou aferentes, do cérebro.

E se além disso se se aceitasse a mente ego-personificada, a alma teológica, o ego-consciência, o aparelho psíquico inventado por Freud, com seu inconsciente, ego, Id, o Superego, inconsciente coletivo (este é de Jung) etc. E mais ainda, se nisso tudo se incluísse também a lógica-razão, a memória-raciocínio-imaginação etc., tudo isso obrigaria a que uma Lógica Extremada e Autofágica (criticismo mordaz e inteligente) emudecesse e se anulasse para que ficassem prevalecendo as opiniões ou os pareceres limitantes e dogmaticamente estabelecidos de modo ardiloso e que a seguir transcreverei.

Diante de certos ardis dialéticos, como os que a seguir vou descrevere todo o mundo baixa a cabeça, emudece e não sabe o que dizer, quando, contrariamente, é aí que se deveria clamar, protestar e criticar contra aquilo que nos é impingido quase à força.
E, portanto, os donos do Saber estabelecido, verdadeiras múmias empafiadas, dizem:

a) Os meios do conhecimento são absolutamente indispensáveis e válidos para qualquer investigação crítica e inteligente, tipo ciência, e inclusive serviriam para a auto-reflexão e para a meditação, próprias de certas religiões. (Em verdade, digo eu, tais meios do conhecimento só parecem ser indispensáveis num raciocínio ou numa investigação discursiva, pretensamente filosófica, religiosa e científica, investigação essa cheia de truques, restrições, dependências, limitações, e que só enfoca aparências etc., já veremos por que).

b) Os meios do conhecimento são indubitavelmente infalíveis, axiomáticos e duvidar de sua função significa estultícia. (Isso é o que a ciência, a filosofia, a teologia e a tradição vigente dizem, porque lhes convém, quando os estultos aí são eles).

c) Os (pretensos) meios do conhecimento são universalmente aceitos por todos, principalmente pelos filósofos comuns, pelos cientistas, pelos teólogos, pelos psicólogos, psiquiatras e outras mais. (Isso é inegável, mas de um modo totalmente Infeliz, digo eu).

Amigos, nesses três tópicos há um subentendido astuto ou uma objeção básica e que parece dizer que se não se aceita a validez prévia dos meios fisiológicos do conhecimento, nada pode ser avaliado e um criticismo eficaz também não cabe ou não caberia.
Essa objeção, contudo, está assentada em inúmeras confusões e fatores gratuitos...

Primeiramente, essas três posturas ou três colocações nada sabem do que vem a ser o pensamento em si. Tampouco levam em conta que uma dialética realmente boa – não necessariamente hegeliana – não teme enfrentar a assim dita infalibilidade da lógica-razão. E muito menos uma lógica extremada e autofágica tentará assentar-se a si mesma, no trono da Verdade, feita uma testemunha perfeita, como a lógica-razão acadêmica sempre faz. Mas mais do que a lógica-razão, quem isso faz são os lógico-racionais, com seu lucubrar “emburrecido” e raciocínios aborrecíveis.

As três objeções supra poderão parecer válidas para a lógica comum, ou para a maneira de pensar e atuar da Ciência, maneiras que, pretendendo manipular o mundo objetivo e dele tirar proveito, são obrigadas a aceitar esses cânones da lógica em voga.
Porém e de qualquer maneira, um homem inteligente e avisado se apercebe que tais cânones lógicos são principalmente falsos, ladinos, enganadores e deturpam a Vida.

Nenhuma atividade absolutamente válida pode saltar fora desses três cânones, como de fato não surge. Bem ao contrário, o que daí poderá aparecer serão só a complicação, o desvirtuamento e a violência – e para tal é só ver os três tomos (inéditos) que precederam o presente trabalho.

Ademais, baixar a cabeça para tais cânones, equivale a assentar causas e condições esdrúxulas, que em verdade são deletérias e negativas. Num caso assim, a Sensibilidade e a Inteligência do Homem Primevo, além de seu Ato Puro, serão sempre suplantados e sacrificados. E digamos, para favorecer tal arbítrio, o ato propositado, intencional, terá que ser executado a favor do pensamento mentiroso e enganador. E aqui então teremos ou experimentações científicas descabidas, ou senão os atos de violência pura, a obedecerem ordens de prepotentes e extremados, ou ainda alguns acharão estar cumprindo a Lei..

De qualquer modo, aceitar essas três objeções do senso comum, do pensar filosófico e científico, da teologia seria um verdadeiro suicídio. Se os princípios do senso comum e da ciência tivessem que ser sempre aceitos como infalíveis, eles nos arrastariam a uma regressão para um menos infinito de tolices e confusões, como as que o conhecimento científico já desencadeou e estabeleceu.

Valendo-me de uma Lógica Extremada e Autofágica volto a perguntar:
De que maneira os meios do conhecimento – ou os olhos, as células da retina, o nervo ótico, os nervos sensíveis ou aferentes, o cérebro, o núcleo do ficar cônscio de cerebral, os peptídeos, a memória-raciocínio-imaginação cerebral, a pretensa alma emprestada, o inconsciente fisiológico de Freud, Id, etc. – se estabeleceram como autênticos ou como funcionando de fato ou ainda como eficazes, sem que alguém primeiro não tivesse recorrido ao seu raciocínio (pensamento)?

Ou também sem que alguém não tivesse recorrido aos meios do conhecimento de alguém mais, um legítimo “concordino” ou partidário disso tudo, para que ambos autenticassem e justificassem toda essa remontagem mentirosa?
Se para estabelecer a pretensa autenticidade dos dados da neurologia e fisiologia sempre temos que recorrer ao pensamento vulgar e aos meios do conhecimento de um indivíduo prévio, digamos um cientista, um fisiólogo, neurologista, bioquímico etc. como, então, os meios do conhecimento do cientista ou neurologista se estabeleceram primeiro de modo completamente veraz ou válido? Amigos essa sim é uma Revolução no Conhecimento...

E mais, como puderam tais pretensos meios do conhecimento tornarem-se absolutamente fiéis, válidos, eficazes e realmente objetivos? De que maneira a ciência fisiológica pôde explicá-los satisfatoriamente se os pesquisadores que se meteram a estudar tais meios, em seu modo de pensar e atuar jamais levaram emconsideração sua condição tramposa de personas-ego? O ego-pensamento em todos nós, com violência e mal pensando, sempre transforma seu objeto de estudo – no caso, o próximo ou uma simples cobaia – em fonte de revelações enganadoras que resultaram em falsas provas?

Em termos de dialética fútil e externamente falando, nada pode ser veraz e nada pode ficar realmente estabelecido sem que primeiro os pretensos meios do conhecimento se autentifiquem por si mesmos, nem que seja de modo aproximado. Se eles não se autentificam por meio do autoconhecimento, e não da ciência (coletânea de opiniões), não se pode dizer que eles de fato captam e testemunham algo externo. Quem diz que os órgãos sensoriais captam e testemunham é o ego-pensamento mentiroso e falastrão em todos nós e não os órgãos sensoriais.

Ao Saber-Sentir-Intuir, Aqui e Agora, já somos completos, sem que nisso se acrescente ego-mal-pensante e órgãos sensoriais pensados. Só depois de começar a pensar de modo errôneo e no tempo é que passamos a reconhecer os assim ditos órgãos sensoriais, as terminações nervosas, os nervos sensitivos ou aferentes, o cérebro etc.etc tudo sempre pensado.

Digamos que os órgãos sensoriais pertençam a um cientista que só sabe mal pensar e mais mal pensar. Repito, então, como conseguiu ele autoconhecer-se em profundidade, ou como acabou conhecendo inclusive seus próprios meios da percepção, meios da conscientização cerebral, funcionando a contento, e dando um toque de autenticidade a tudo o que parece ser externo?

Em sua própria cabeça (subjetivismo) , pôde ele descobrir o pretenso e enganador quimismo cerebral (peptídeos etc.) redundando em pensamentos, sentimentos e em percepção?
Ou quem sabe, só descobriu isso na cabeça do próximo, feita um objeto?
Mas, independentemente do que possa ter acontecido, se em sua própria cabeça ou se na cabeça do próximo, ao efetuar tal descoberta, mesmo assim, quem alcançou tais torpes conclusões e conhecimentos estapafúrdios foi o ladrão e salteador dentro dele (ou ego-pensamento) e nunca seu quimismo cerebral.

Este nosso respeitável cientista simplesmente jamais conheceu a fundo seu modo de pensar nem conheceu de modo direto o pensamento em si. Sim, pois em termos de mera intelecção pura, tampouco o poderá conhecer. É por isso que o pensamento primevo, instalado por sobre do Real, por sobre do Aqui e Agora, de modo bem ladino e sagaz, ele arma causas e condições prévias e sutis que acabam convencendo qualquer homem ou qualquer cientista desavisado.
E se tal buscador cientista não se conheceu nem Diretamente, graças a um Autoconhecimento (ou Saber-Sentir-Intuir), nem conseguiu se conhecer de modo indireto ou por meio de um fisiologismo pretensamente cerebral, de que modo pôde ele conhecer também o funcionamento dos meios do conhecimento ou o cérebro de seu vizinho?

Como pôde conhecer de maneira correta os meios do conhecimento de seu objeto de análise, ou seja, da pessoa-cobaia que está ou estava à sua frente?
E não esqueçamos que este modo indireto de conhecer, como adiante veremos, indica e traduz apenas a um ego abstrato, mentiroso, ladrão e salteador, pensando a respeito de si mesmo e a respeito daquilo que acredita ter à sua frente.
Ou seja, o ego-pensamento é a sombra do filho da mulher estéril meditando em cima da própria sombra que ele mesmo é.

Mas tal pesquisador conseguiu entender realmente e decifrar o modo de perceber e pensar daquela pessoa-cobaia-objeto para, generalizando, finalmente tornar isso um conhecimento científico irrefutável e válido para tudo e todos? Mas é isso possível, ou pelo menos terá isso algum valor? Os cientistas quando enfocando o cérebro e os órgãos sensoriais acreditaram entender e decifrar os meios do conhecimento não terão somente mentido e delirado ao extremo?

E desde quando um objeto de experimentação (cérebro), em total dependência ao modo de pensar e agir do experimentador, nos obsequia alguma verdade, alguma prova, sem que primeiro, determinado cientista ou sujeito pensante pense pelo objeto inerte e mudo (o cérebro)? E, além disso, se meta a executar o ato proposital ou a fazer experiências, estapafúrdias, arrancando daí falsas provas, as quais já faziam parte do fundo mental desse mesmo experimentador, provas que ele simplesmente extrojetou?

Por acaso raios X, tomografias, ecografias, cintolografias, eletroencefalogramas e outras parafernálias mais, se postas em contato com o cérebro do próximo, falam por si mesmas ou é o homem que as faz funcionar e as interpreta em conformidade a peculiares maneiras de pensar profundamente enraizadas? Se não se pensa primeiro, e depois se faz alguma coisa, os aparelhos científicos podem revelar alguma coisa?
Nessa brincadeira toda, o nosso cientista experimentador não fez outra coisa senão reconhecer suas próprias reconstruções mentais, remontagens sutis e extrojeções, próprias de seu fundo mental ou Campo de Consciência Sensorial da Ciência.

E se um cientista se meteu a estudar os meios do conhecimento de seu próximo, digamos um terceiro indivíduo, sem ter o mínimo vislumbre e entendimento de seus próprios e pretensos meios, sem ter tido a mínima chance de surpreender e perceber como se desenrolava sua maneira torta de observar, seu próprio raciocínio desonesto, sem ter qualquer Autoconhecimento, então aquilo que ele arrancou do cérebro alheio, do cérebro exposto de seu próximo era somente a sua fumaça mental. Isso não era uma descoberta que acabou se constituindo num fisiologismo cerebral válido, autêntico, ou num meio do conhecimento humano decifrado, mas eram seus próprios pensamentos ladinos, seus modelos e representações os que estavam se projetando adiante, exatamente naquilo que ele chamou de seu objeto de estudo, objeto este que geralmente é um próximo desconhecido e sofredor ou é uma cobaia indefesa.

Se os meios fisiológicos do conhecimento do estudioso, do cientista, a partir de um autoconhecimento ou a partir de outros enfoques mais, esclarecedores de fato, não se estabelecem primeiro, esse cientista não poderá concluir que agora conhece os meios de conscientização ou de percepção do próximo, só porque esmiuçou uma pasta melequenta (cérebro) e a transformou em objeto de análise, como, aliás, sempre tem feito a medicina, o fisiologismo e a neurologia cerebral. Isso não é bom conhecimento, isso pode ser um embuste total!

Filósofos, cientistas honestos, religiosos autênticos (e não fanáticos), bons pensadores onde estais para não clamar aos céus contra tudo isso, contra todos esses abusos gratuitos do cientificismo!?

Aquele que investiga as coisas à maneira científica, nada sabe sobre as artimanhas e astúcia de sua própria mente, sobre como o pensamento ou memória-raciocínio-imaginação nos engana, sobre o quanto o seu perceber restrito é distorcedor e enganador, sobre aquilo que de fato está fazendo ou como está procedendo. E se insistir em atuar desse modo, nada poderá alcançar de válido naqueles órgãos sensoriais, nervos e cérebro que estão à sua frente, feitos coisas factíveis de analisar.

Lamento dizê-lo, mas a fisiologia científico-cerebral, a neurologia, a psiquiatria e a psicanálise por alguém (ego) praticadas em terceiros são as disciplinas mais desonestas e enganadoras que existem, próprias de um (re)conhecimento ladino, e são o pior absurdo que um homem falsamente entendido poderia ter inventado.
Como se poderá estabelecer a validade dos meios do conhecimento de um estudioso, se este não se autoconhece e nunca se auto-enfocou, e nada sabe sobre seu próprio pensamento ou mente (verdadeira) funcionando?

Como esse pode, pois, se meter a estudar o cérebro alheio (mero objeto), que forçosamente sempre se confunde com sua própria mente ladina – pessoa pensante, de um lado, e objeto pensado do outro, ambos superpostos a uma Verdade Maior – mente-ego-pensante essa que o leva a concluir tolices. Ou seja, que todas as revelações que arrancou do cérebro alheio são exatamente aquilo que ocorre em tal cérebro e finalmente, por extensão, em seu próprio cérebro-mente também?

De onde o pensamento não cerebral, astuto e mentiroso, retirou tanta força para confundir e enganar? Evidentemente da falta de cuidado do homem, do egocentrismo, do egotismo, da desatenção, da falta de profundidade, Inteligência e boa religiosidade, e do eterno sacrifício a que o Saber-Sentir-Intuir-Atuar-Amar do Homem Verdadeiro é submetido.

Ai amigo leitor, se não te autenticaste por um Autoconhecimento, por um Conhecimento Direto, por um Conhecimento Maior, que não simples textos de livros ou ensinos universitários sempre comprometidos e contraditórios. Se um Mestre e Sábio de verdade, já Autenticado, (não um professor de escolinha), e também legitimado por Vivências Transcendentais, por uma Iluminação, por uma Realização, não estabelecer e sacramentar como absolutamente verazes os meios fisiológicos do conhecimento – e que a ciência exalta, usa e abusa, acreditando por meio deles alcançar grandes verdades – esses meios fisiológicos do conhecimento, (em verdade meios do reconhecimento), não podem ser tomados ou admitidos como instrumentos válidos, reais e fiéis no que parecem estar captando e interpretando.

Se os meios fisiológicos do conhecimento de alguém – olhos, retina, nervo ocular, nervos sensitivos, cérebro, “ficar cônscio disto ou daquilo”, inconsciente freudiano, Id e ego cerebrais, Inconsciente coletivo, alma teológica e emprestada etc. – não ficam primeiro assentados como reais em si mesmo e não dependentes de nada, e/ou se não ficarem absolutamente esclarecidos e decifrados, depois – ou tempo – eles não poderão servir para decifrar, esclarecer e assentar o mundo ou todo o resto objetivado, como algo Real, tais como o corpo e o mundo, e tampouco justificarão e autenticarão os meios do conhecimento de um terceiro indivíduo transformado em cobaia.

Entrementes, meus amigos, vejam só que ironia: sim, pois, ao longo do falso tempo, nada poderá ficar esclarecido, porque mal pensar aí é tempo e tempo é mal pensar ou raciocinar. O Pensamento é tempo e falso espaço físico. Valendo-se do tempo-pensamento, não se pode pretender que se consiga alcançar alguma verdade absoluta no próprio tempo.
Poderemos, por acaso, estabelecer nossos próprios meios do conhecimento – e que final e honestamente desconhecemos por completo – recorrendo a outros meios do conhecimento? Ou digamos aos meios do conhecimento de um cientista que também não se autoconhece e muito menos autenticou seus próprios meios?

Ora aquilo que ele diz conhecer, em verdade foi apenas pensado, lucubrado, imaginado, extrojetado por ele, e concretizado por meio da execução do ato propositado ou intencional. De onde esse cientista tirou a certeza de que aquilo que ele conhece é de fato um bom conhecimento ou é Conhecimento Verdadeiro, e não somente um extrojetar de fantasias e um atuar ladino? Ou é um discursar ao redor de e depois simplesmente reconhecer?

Tal cientista para estabelecer como verazes e eficazes seus próprios meios do conhecimento terá que recorrer à autoridade e aos meios do conhecimento alguém muito importante, digamos aos de um Einstein, supostamente mais veraz e mais famoso do que ele. Este, por sua vez, sincero e honesto como era, recorreria a outros indivíduos mais, e desse modo esses outros mais acabariam apelando para o próprio padre eterno, o deus-persona objetivado de certas religiões. Desse modo, portanto, se implantaria um recuo ao mais ou menos infinito, recuo que apenas resultará em confusão e não num esclarecimento dos assim mal chamados meios do conhecimento.

Um recuo dialético que vai ao menos ou mais infinito é sempre contradição e mentira, e não prova nem o começo nem o meio nem o fim de coisa alguma. Apenas confunde e engana, como, aliás, costuma acontecer com todos os enfoques do conhecimento científico.

CIÊNCIA – 4) ÓRGÃOS SENSORIAIS E ANALOGIAS ENTRE CÂMARA FOTOGRÁFICA E O OLHO

Diz Nagarjuna, um sábio budista do II século d.C.: "A visão, a audição, o olfato, o paladar, o tato e a reflexão (raciocínio) são as seis raízes do conhecimento. As formas, as cores, os sons, os odores, o tempero, a matéria, a impenetrabilidade etc., são as esferas de atividade das raízes do conhecimento. Mas aí nem o perceptor nem o percebido aí tem valor algum".
Conviria lembrar, leitor amigo, que a ciência fisiológica e a física, cada qual em seu campo e a seu modo respectivamente, sempre explicaram tanto a visão pretensamente fisiológica quanto a coisa vista à sua maneira, transformando porém a visão ou o olho em órgão ou em mero objeto externo, e depois num objeto de análise.
Só que o olho em si não se vê a si mesmo, como antes já salientei, nem pode auto-enfocar-se. Se acontecesse o contrário, já havendo auto-enfoque, tal análise racional seria estúpida, mesmo que pretensamente científica. E transformar o olho em objeto científico de análise ou de especulação, pretendendo assim decifrar o VER-SENTIR em Si, é o mesmo que pegar o estrume da vaca e analisá-lo profundamente para que nos obsequie uma idéia aproximada do inteiro aparelho digestivo da própria vaca. Ora, ora, não me façam rir que logo, logo vou chorar!
O mesmo se diga do aparelho auditivo interno e da fonte sonora exterma, das papilas linguais e dos sabores, das papilas olfativo-nasais e dos pretensos nervos, transportadores dos estímulos, dos nervos aferentes ou sensitivos, das pretensas zonas cerebrais da sensibilidade etc., e das supostas substâncias químicas intermediárias, dos peptídeos etc., a desencadear gostos e cheiros.
Em verdade, as aparências e mentirosas forjações, e que saltam fora dessa dupla análise científica objetivada à força, são simplesmente impressionantes! Ou seja, um VER subjetivo e misterioso que a especulação, a limitação científica transformam em objetividade, ou em aparentes olhos objetivados de terceiros, colocados um frente do assim dito investigador. Aí então teríamos um sujeito pensante-pensado ou um falso vedor e teríamos um objeto (ou até mesmo um sujeito-objeto) pensado, ou simplesmente uma coisa vista e pensada. Graças a todas essas dicotomizações ou separações forçadas, teríamos também um ouvinte-orelhas pensante-pensadas e uma fonte sonora só pensada, um cheirador-nariz pensante-pensado e uma fonte olfativa sempre e só pensada, etc.)
A física declara que os objetos materiais encerrariam também propriedades organolépticas. A fisiologia conta-nos como são captadas essas pretensas propriedades pelos sentidos objetivados à força.
Entrementes, o que a física, o que a química ou fisiologia dizem não importa. O que interessa mesmo são certos físicos, químicos, fisiologistas, médicos, geralmente escravos do ego-pensamento, e que, não se auto-conhecendo nem conhecendo seus pretensos meios do conhecimento (ou seja, os órgãos sensoriais), começam a dar opiniões a partir de reconhecimentos ligados a forjações mentais prévias – e que resultam em conhecimento indireto, em cinco sentidos e pensamentos; ou senão em conhecimento indiretíssimo do qual somente olhos e mal pensar participam.
Esses pesquisadores, infelizmente, sempre fizeram o jogo dualista da Lógica-Razão ou dos raciocínios. E isso, minha gente, é sempre mal pensar a distorcer tudo. Lamentavelmente, do pensamento ladino não se pode esperar nada de bom, nada de autêntico e verdadeiro, a não ser superposições, multiplicidades fúteis, com a finalidade de enganar o Homem (ou o Saber-Sentir-Intuir em tal Homem) e acabar reforçando o próprio ego-pensamento. Mas vejamos agora outro aspecto dos olhos.
Vou reproduzir agora um simples tópico do livro INÉDITO (até quando): - A Farsa dos Meios do Conhecimento. Leitor e amigo, de forma bem resumida, queres saber como a ciência ou o fisiologismo científico da segunda metade do século XIX, inventou ou forjou as descrições e os mecanismos pretensamente científicos do glóbulo ocular?
Bem, quando a ciência moderna efetuou tal magia ou proeza, as primitivas máquinas fotográficas já haviam sido inventadas pelo homem, com suas lentes de acomodação, suas câmaras escuras, com sua inversão da imagem, com suas placas sensíveis de nitrato de prata e registradoras da imagem, e futuramente com seus filmes.
E o curioso disso tudo, é que depois o interior e as pretensas minúcias anatômicas do globo ocular acabaram se igualando praticamente à antiga máquina fotográfica. Alguns dizem que a máquina fotográfica foi inventada pelo homem porque este se baseou no fisiologismo ocular, o que não é verdade. A máquina fotográfica com todos os seus primitivos detalhes veio antes que a anatomia, que a microscopia e a fisiologia científicas acreditassem ter descoberto os mecanismos da captação visual do olho pretensamente anatômico e fisiológico. Em verdade engendraram tudo.
Antes da intromissão científica, a tradição milenar mais ou menos conhecia (ou reconhecia) o globo ocular e o cordão nervoso que a esse globo ficava ligado na parte de trás. Conhecia as pretensas córneas, íris, conjuntiva, corpo cristalino, corpo vítreo, humor cristalino, humor aquoso etc. Só não conhecia como esse pretenso globo ocular funcionava.
A ciência materialista, transformando o olho ou o globo ocular da tradição num objeto de estudo e aplicando os princípios da física e da química a esse mesmo órgão sensorial, logo a seguir, ou seja, na segunda metade do século XIX descobriu, coincidentemente, que o olho funcionava quase da mesma maneira como uma câmara fotográfica antiga fazia.
Os pretensos estímulos luminosos emanados por uma não menos pretensa forma externa penetravam pela pupila, pelo cristalino, pelo corpo vítreo e aqui a imagem do objeto externo ficava de perna para o ar ou a imagem ficava invertida como acontece numa câmara fotográfica, por causa das lentes.
Ao invés de incidir numa placa sensível ou num filme, com nitrato de prata e tudo o mais, a imagem invertida ocular incidia numa pequena zona especial do fundo do olho chamada retina, fóvea centralis, as quais e por ironia, ou coincidentemente equivaliam à placa sensível ou ao filme da máquina fotográfica.
Em tal retina a ciência descobriu mais tarde a presença de pretensas células especiais, chamadas cornetes etc. que ligadas a filamentos, se reuniam e formavam um grosso cordão que saia da parte de trás do globo ocular, constituindo o nervo ótico. E este entrando na massa encefálica se encaminhava para a zona trazeira ou occipital do cérebro, onde o estímulo se transformava em consciência ou em percepção visual. E pode? O cristalino de tal globo ao encolher ou ao dilatar funcionava como a lente da máquina fotográfica, aumentando ou diminuindo a imagem captada etc.etc.
Bem, amigo, que a tradição milenar tenha transformado a humana possibilidade de ver numa presença objetiva tipo globo ocular, tudo bem. Mas que a ciência moderna no século XIX tenha transformado tal globo numa legítima máquina fotográfica, e atualmente numa máquina filmadora, isso sim é que de se desconfiar.
Ou desconfiar da vaca sagrada chamada ciência seria uma impertinência?
De qualquer modo, amigo, eu pergunto: quem foi que disse que uma Autonatureza ou até mesmo uma natureza adaptada, mas não tão deturpada, precisava forjar olhos tipo máquina fotográfica?
Por que será que tal Autonatureza precisava se acomodar às invencionices da física ótica e da química do século XIX, se estas duas foram inventadas pelo homem e dependem do homem? A Autonatureza autogerou-se e inclusive gerou o Homem Primordial. Homem Primordial e Autonatureza são a mesma coisa. A autonatureza não é a natureza pensada e refeita pelo homem posteriormente e que a ciência acredita estar descrevendo a contento.
Só o homem mal pensante é que em sua natureza pensada e reconstruída introduziu estorietas e falsas leis ligadas a uma física, a uma química e ao diabo que os carregue.
Será que o cristalino atrás da pupila existe mesmo? Será que este encolhe e dilata como manda o fisiologismo científico?
Será que há de fato uma retina sensível aos estímulos luminosos?
Mas será que o olho humano tem que funcionar exatamente como a física ótica e a química inventadas pelos seres humanos prevêem?
A meu entender, a humana possibilidade de ver é o que é, com ou sem globos oculares. Tudo o que a ciência jura ter descoberto em relação a tal globo ocular, pode não ser verdade absolutamente natural, e sim serem meros acréscimos, simples engendramentos pensados e acomodações humanas. Sim, pois tudo se acomodou aos preconceitos da física ótica e da química do do século XVIII e XIX. Os cientistas fizeram funcionar a Lei da Geração Condicionada e a Lei da Interdependência, e estas obedeceram e o abracadabra aconteceu.
De qualquer modo, o VER EM SI (não confundir esse VER Primevo com o ego-enxergar fisiológico) escapou das garras decifratórias dos anatomistas, dos fisiologistas, dos oftalmologistas, microbiologistas, etc.etc.
E a humana possibilidade de ver ou simplesmente o VER Primevo em Si continua sendo o que é, ou seja, totalmente Desconhecido, menos mal. Fundamenta tudo, até a falsa possibilidade de enxergar e o pretenso objeto visto e reconhecível.
De sua parte, o cérebro não se compreende a si mesmo; mas a Mente que forjou a aparência chamada cérebro sim tem a possibilidades de autoconhecer-se, desde que a ignorância-ego-pensamento se suma ou se transmute no Querido EU Primevo, no Não-Feito, no Não-Forjado, no Não-Dependente, Naquele que não vem-a-ser, no Absolutamente Puro e Livre, no Deus Vivo.
Só na condição de objeto é que se poderão reconhecer no pretenso cérebro objetivado nossas próprias invencionices pensadas, e não fisiologismos reais ou funcionamentos intrínsecos ao cérebro.
O cérebro (sempre pensado) e pretensamente objetivado, diante dos meios fisiológicos do conhecimento da pessoa pensante e observadora é uma presença muda. É tão somente a outra parte pensada da própria pessoa-ego pensante, a qual sutilmente extrojetou previamente tal coisa, e depois fazendo intencionalmente alguma coisa a concretizou e a reconheceu.
Tudo o que for reconhecido e dito a respeito da objetividade ou da massa melequenta chamada cérebro é tão somente pensamento (falsa subjetividade) dessa mesma pessoa, pretensamente analítica e perscrutadora.
O algo-cérebro objetivado não fala por si mesmo nem nada revela por si mesmo. Ele depende da contraparte pensante, lucubradora, falante, forjadora de superposições, de pareceres, pretensamente subjetiva, a qual vai impor suas opiniões, custe o que custar, mormente se for cientista ou cientificista.
Antes se denunciou que os meios fisiológicos do conhecimento, frente a frente, não consegue se conhecer um ao outro adequadamente ou com felicidade.
A pessoa supostamente sadia que está atrás de tais meios fisiológicos do conhecimento apenas ficará opinando e inventando estórias.
E a pessoa pensante supostamente doente apenas ficará pensando bobagens, freneticamente, se lamuriando, sentindo-se mal, sentindo dor, e enfiando-se em becos sem saída que o pensamento nela mesmo inventa. Depois disso, então, dá-se o curto circuito mental ou implanta-se a psicose, a loucura.
Meios fisiológicos frente a frente equivaleriam exatamente ao pretenso relacionamento que ocorre entre uma pessoa neurótica ou psicótica e um ego-pessoa sadio, metido a psicólogo, psiquiatra, psicanalista etc.
Entrementes nem um nem o outro se conhecem a si mesmos, e muito menos o profissional que quer ajudar o outro se conhece adequadamente a si mesmo para Saber-Sentir-Intuir com exatidão (e não meramente intelectualizar) o que se passa na mente de seu paciente perturbado em termos de neurose ou psicose ou algo mais não acadêmico.
Bem, amigo, mas frente a uma lógica dualista e superficial, todo o criticismo acima exposto soará como um absurdo, só porque certos lógico-racionais ou meros pensadores não se apercebem que suas cabeças excessivamente lucubradoras são o absurdo que recusam entender , absurdo que rotula a denúncia que se acabou de formular.
Nesta altura de nossa exposição, já é mais do que evidente que sujeito e objeto, que conhecedor e coisa conhecida, que conhecimento e meios fisiológicos do conhecimento etc. são simples aparências superpostas, são artimanhas ou mentiras ladinas, ou também são frutos da memória-raciocínio-imaginação e do discurso interior. E essas denúncias não terminam aqui. Adiante, amigo, teremos mais.
No indescritível Surgir da Vida, onde está a pessoa-ego, onde está o objeto?
Em vez de objeto e meios do conhecimento, por que não presumir um Perceber Global, um Ver-Sentir?…
Por exemplo, um Ouvir, Cheirar, "Gustar", Tocar, Amar, Atuar, despersonificados – sem ego, sim, mas não sem Vida, sem Caráter – livres de órgãos sensoriais pensados, ou até mesmo possuindo órgãos, sem que a eles esteja ligada a idéia de posse.
Amigos, isso sim que é Vida e não o falso fisiologismo orgânico-cerebral! Isso que sugerimos lembraria o Verbo do Sábio Antigo ou o Logos. Em suma, haveria um Atuar-Saber-Intuir-Amar-Sentir-Isto = SER, perfeitamente Não Dual em Manifestação e Renovação. O resto é acrescimo desvirtuado.