terça-feira, 16 de dezembro de 2008

SAÚDE E MEDICINA – 8) OS SENTIDOS NÃO SÃO JANELAS NEM O MUNDO É UM MERO PANORAMA

Reproduzo agora Um simples tópico do livro (para variar) INÉDITO: A FARSA DOS MEIOS DO CONHECIMENTO

Antes que transcreva o terceiro capítulo (Da Percepção Sensorial) do livro Mula-Madhyamika-Karika, de Nagarjuna, século II d.C., convém, caro amigo, que eu faça uma breve introdução a respeito, repetindo de modo aproximado aquilo que em tópicos anteriores ficou esboçado.
A fisiologia científica alega que o órgão sensorial funcionaria como uma janela, através da qual ingressariam os estímulos sensoriais pretensamente provindos de fora, provindos de seres e coisa do mundo dito externo. Esses estímulos resultariam então num hipotético contato, com impressões e sensações definidas, conseqüentes, contato esse que no cérebro acabaria se traduzindo feito um dado sensorial, uma coisa, ser, psíquicos, correspondentes ao pretenso conteúdo da superfície de um mundo externo.
Para a ciência, existiriam seis órgãos sensoriais, cinco externos, o olho, o ouvido, a boca, o nariz, a pele e órgão genital, e um órgão interno, a mente ego-personificada, e que o materialismo científico transmutou em massa melequenta ou em cérebro com respectivas reações físico-química-elétricas.
Tais órgãos sensoriais, situando-se supostamente de um lado e num corpo anatômico, confrontar-se-iam com os estímulos sensoriais, do outro lado, do mundo, e estes estímulos seriam emanados pelos objetos do meio externo
Todos esses dados ou objetos, porém, poderiam ficar resumidos à condição de formas, nomes e fatos, nada mais. Quando se daria o encontro desses dois extremos e respectivo contato, saltariam fora, digamos, a visão, a audição, e outras possibilidades mais, próprias de o homem Sentir, pensar e conhecer.
A fórmula geral da fisiologia ótica é que o olho primeiramente enxergaria as cores, e só depois, conforme o pretenso amadurecimento cerebral, passaria a enxergar as formas. Do mesmo modo, inicialmente, o ouvido ouviria os sons e ruídos, sem fazer distinções significativas, e assim por diante.
A função desses pretensos órgãos fisiológico-sensoriais que, com toda probabilidade só aparecem, mas não existem em si, poderia ser igualada à de um ego-agente ativo que enxerga, ouve etc. Em suma, um ego-agente um ego-ator com funções sensoriais específicas. Mas por incrível que pareça, esse ego-sensível e perceptor é uma brutal mentira.
Ou senão tais órgãos poderiam ser vistos como meros instrumentos da visão, da audição, do olfato, da gustação, do tato, do erotismo, que o ego-cérebro utiliza etc.
Mas antes já vimos que o pretenso ego-agente conhecedor-e-perceptor de pretensos estímulos e sensações simplesmente não existe. Como possivelmente tampouco existe necessariamente um mundo externo totalmente separado do pressuposto agente e perceptor, e que sempre emanaria estímulos.
O pretenso ego-agente conhecedor, para certas religiões estaria situado na cabeça ou também corresponderia à presença de uma alma emprestada, doada.
Mas para o enfoque científico-materialista, tal agente anímico e ego-cognoscedor não passa de um epifenômeno que emerge de uma pretensa massa orgânica cinzenta, ou melequenta, a qual, evoluindo e se auto-aperfeiçoando por puro acaso passaria a ter essa incrível e indescritível possibilidade de sentir, conhecer e perceber, ou tornar-se cônscio de, quando o Conhecer-Perceber deveria ser apenas Conscientização ou a Consciência-EU.
Lamentavelmente, os ideólogos marxistas-leninistas, ainda bem que superados, transformaram a tal conscientização no tornar-se cônscio das humanas possibilidades do agir revolucionário, que modificará ou modifica o mundo capitalista. Que safadeza mais sem vergonha, essa promessa-opinião, digo eu!
Hegel e Marx fizeram aí a sua salada de fruta.
Desde quando tal conscientização e atuação revolucionária haveria de resultar em algo positivo, em algo eficaz, quando sempre teve por trás, a anti-humana raça? Ou seja, não seres humanos, mas teve por trás aves de rapina saturadas de ego e de ambições sem conta, além de serem hipócritas e maldosos, como, aliás, eram alguns empreendedores e dirigentes da revolução bolschevista-comunista, russa e mundial.
Não invento nada, o que digo está calcado em denúncias graves, que a grande mídia não divulga e mantém escondidas. A assombrosa maldade que eles manifestaram, em quase cem anos de domínio comunista, resultou em mais de 60.000.000 de russos mortos! No mundo todo que os comunistas conseguiram abocanhar, China etc., os assassinados ou mortos superam os 120.000.000. Esses danados apenas se valeram do desespero inegável do povo russo e demais povos subjugados, e das potencialidades do ato humano. Utilizaram tal ato não para acabar com o Poder Organizado, naturalmente corruptor, mas para implantar outro Poder, o deles mesmos, muito pior que o capitalismo czarista e capitalismo selvagem, os quais estavam prevalecendo. Esses danados, nos tempos atuais, se transformaram em máfia russa, em traficantes de drogas. Mas que hipocrisia, que Horror!

Mas, voltando ao que dizia, primeiro, Reto Perceber, Consciência-EU, Conscientização nada tem ver com “o tornar-se cônscio de”.
Segundo, o VER, OUVIR em Si (Sentir Verdadeiro) nada têm a ver com aparelhos filmadores de cinema e TV, com máquinas fotográficas, e muito menos tem a ver com gravadoras sons, computadores etc.
A Mente Perceptora em todos nós, e que em última instância é apenas Consciência-EU, Mente Pura, Conscientizar, Conscientização, Perceber Autêntico, em seu suposto ato de perceber ou explosão perceptual, dá SIGNIFICADO, EXISTÊNCIA, QUALIDADE, VITALIDADE, SENSAÇÃO BOA OU MÃ E REALIDADE a um estímulo ou a uma “bosta” que parece vir de fora, através dos sentidos, quando não vem.
Mas o que significa “dar significado” próprio da autêntica Conscientização, e inclusive presente numa falsa conscientização temporal, tipo “ficar cônscio de”; eu, ego aqui e a coisa percebida, lá e de por meio os falsos meios do conhecimento?
Ora, “dar significado” significa SENTIR, SABER, INTUIR, com ou sem a coisa sentida, com ou sem o falso ego sentindo e percebendo. No puro Conscientizar há Vida e não dualidades acrescentadas e superpostas.
Tanto na falsa percepção há um SIGNIFICADO quando se sente e se sabe, como também no simples Sentir-Saber-Perceber, sem falsas dualidades.
No “ficar cônscio de”, a ciência, mentindo vergonhosamente e enganando todo o mundo, alega que quem nos dá o Sentir-Saber-a-coisa, ou nos propicia isso, são os nervos-neurônios-cérebro, mais os insuportáveis peptídeos, ou também as idiotérrimas reações físico-químicas-elétricas dos enganadores meios do conhecimento.
Assim que máquinas cinematográficas, fotográficas e gravadoras nem sentem nem percebem. São umas merdas mortas, insensíveis que não dão qualquer significado ao que fazem e registram. Não sei até que ponto o homem comum continuará deixando-se enganar por uma ciência torpe e que prevalece absoluta no mundo moderno.
Um aparelho de filmar ou fotografar, por trás de sua aparência externa, apenas tem um filme sensível que registra as sombras e luzes que vem de fora e, igual a um espelho, num átimo, registra de modo contínuo ou permanente a imagem de determinada coisa ou ser externo, mesmo que esta última se suma, desapareça. Mumifica a vida e a registra no filme, e fica por isso mesmo, sem dar testemunho próprio. O mesmo acontece com uma gravadora. Num instante capta um som ou um comprimento de onda que fica morto e mumificado no registro da fita cassete.
Esse filme e fita cassete idiotas precisam sempre do pensamento humano para se tornarem significativos, para serem vistos, ouvidos, conscientizados e interpretados.
A máquina cinematográfica ou fotográfica e o filme em si não dizem nada, não fazem nada, é como se não existissem, com ou sem filme. O mesmo sucede com uma gravadora de sons e com um computador.
Portanto, até o tal miraculoso aparelho de filmar, fotografar, gravar sons e os computadores, com seu respectivo registro mudo, finalmente, são pensamento vulgar e má percepção, a enganar otários, às vezes.
Se nesses momentos de filmar ou gravar ou brincar no computador nos conhecêssemos um pouco mais e em profundidade, não filmaríamos tanto nem registraríamos com tanto empenho. E aí prevaleceria a Sensação Pura e a Reta Percepção.
Só que em tal condição não precisariam vingar soberanos uma máquina nem um filme, nem seus respectivos registros, e tampouco aí existiria um idiota (americano ou japonês) a interpretar tudo.
Por conseguinte, amigo leitor, nunca houve um mentiroso epifenômeno que evoluindo e autoaperfeiçoando-se conseguiu resultar em ego-cerebral consciente e inconsciente.
O agente e a ação, ou senão o ego-conhecedor-perceptor e sua pretensa função perceptora e o dado percebido aí, se tomados separadamente e em termos fisiológico-materiais, são uma mentira deslavada e grosseira, como já foi visto adiante.
Criticando outra vez o enfoque da ciência, convém ressaltar, meu paciencioso leitor, que o olho não vê por si mesmo, e se o olho não está provido de autopercepção, como pode ver ou perceber o resto? Está ou não prevalecendo aí algum embuste? Perguntem ao seu próprio ego.
Por outro lado, esse tipo de ver-se, ou de ver a si mesmo – ego-vedor aqui e olho visto lá – seria igual a admitir uma insustentável bifurcação-separação. Isto é, uma pretensa entidade que vê e, diante dela, coisas e seres que estariam sendo vistos.
O que Agora ou na Intemporalidade se vê não pode ser igual àquilo que já se viu, ou deixou de ser visto (passado). Nem pode ser igual àquilo que ainda não se viu (futuro). Tanto o já visto como o ainda não visto se confundem com o invisível.
O invisível, porém, é uma abstração, é um conceito e não um objeto sensível. Não é um Isto Primevo, nem é algo reconhecível (dado subjetivo). Não há, pois, uma segunda classe de objetos afora o que Agora se vê, e que para o falastrão ego-pensamento, falsamente perceptor, parece invisível.
Os mesmos dilemas se levantam com relação ao pretenso ego-vedor. Quem é esse que em todos nós diz estar vendo, finalmente?
Não exatamente o ego-vedor, porquanto se tal se supusesse, isso implicaria admitir duas atividades: um vedor-SER que já é Vedor, e que além de sê-lo é também um ego-agente -sensível que manifesta a atividade de ver.
Tampouco é o não-vedor quem vê. Se este último (fantasma) pudesse ver, seria uma contradição gritante. E não há uma terceira alternativa.
E se não existe nenhuma atividade à parte daquilo que chamamos ver isto ou ver aquilo, como pode prevalecer um agente ou um ego-vedor em nossa cabeça? De seu lado e implicitamente, um não-vedor também não pode enxergar, como, aliás, já se disse.
O olho, visto como um mero instrumento da visão, tal como a ciência atual o representa, o estudou e analisou não se explica. Com os ouvidos, nariz e demais órgãos sensoriais ocorre a mesma coisa.
Se o instrumento fisiológico-visual – ou o olho da anatomia, fisiologia, oftalmologia etc. – que a ciência estudou, analisou e impôs fosse verdadeiro, ele implicaria um pretenso ego-agente-cerebral que operaria o instrumento.
Para essa ciência carrasca, esse agente traduz-se como uma mera atividade físico-químico-elétrica cerebral que enxerga por meio do instrumento olho.
Desde quando, porém, mentirosas atividades eletro-físico-químicas de uma massa melequenta – tudo isso é fruto de um torpe raciocínio – podem Ver, Sentir, Saber, Perceber corretamente ou Conscientizar?
Esse ego-agente físico-químico-elétrico da ciência, portanto, é insustentável, pois ele nem se autovê, espontânea e naturalmente, nem consegue Ver-Sentir-Saber-Intuir algo diante dele. E muito menos consegue pensar-se ou consegue imaginar-se vendo a si mesmo por meio de tais olhos, que seriam seus instrumentos. – Esse detalhe de pensar-se ou imaginar-se vendo, o ego-pensamento em todos nós, e absolutamente não material, escondeu porque ele é só pensar, ver distorcidamente ou enxergar e ele é até o eterno embuste.
E sem essa mínima autopercepção, como poderia tal mentiroso ego-agente-sensível-cerebral enxergar e reconhecer os demais, ou senão o corpo, o mundo etc., diante dele?
Paciencioso amigo, como já antes disse, tampouco tal ego-vedor pode ser pressuposto como sendo uma câmara filmadora de cinema ou de TV, e que a caro custo ou misteriosamente se torna cônscio dos demais, sem contudo perceber-se a si mesmo.
Essa foi exatamente a maneira de como a ciência, dualisticamente falando, representou o homem que vê ou enxerga. Para ela, o ser humano não passa de uma mera filmadora, gravadora, um computador a registrar enganadores dados externos (Maya), pois sim!
Esse falso vedor, pretensamente já sendo um ego-cérebro-vedor, ainda teria que voltar a existir feito um agente-ego que desempenha a função de ver para captar – mas nem sempre Sentir-Saber – diante de si pretensas coisas e seres materiais. Só que esse “já sendo vedor não pertence ao ego e sim ao Ser Primevo”.
Em verdade, a hipotética pessoa-ego-vedora é incompreensível tanto se vista como idêntica à atividade de ver, e também se vista diferente dessa mesma atividade – ou se só vista como um agente que, separadamente, desempenha a função de ver…
E sem o pretenso agente – fisiológico-cerebral da ciência, e senão ele, uma alma sensível emprestada, própria de certas religiões confusas – não pode existir nenhum enxergar fisiológico (que é falso) e muito menos pode existir a objetividade pretensamente vista e conscientizada.
As considerações levantadas contra o olho e contra o pretenso vedor psicológico se explicam com igual força no que diz respeito aos demais órgãos pretensamente sensoriais.
Sem impor nada e sem definir coisa nenhuma, Isto-Sentir-Ver - Espírito Não-Dual, Consciência-VER – não depende nem do falso materialismo objetivado nem do falso ego-cerebral-vedor-pensante-pensado, nem dos relativíssimos e reconstruídos órgãos sensoriais e muito menos de uma alma relativa doada, emprestada ao homem, ou até mesmo pensada pelo homem.
A assim mal chamada percepção extra-sensorial, no caso, seria mais válida e verdadeira que a assim dita visão fisiológica das coisas e seres, porque, aparentemente, parece não depender de órgãos sensoriais, parece não depender dos meios fisiológicos do conhecimento, malgrado possa ainda ser manipulada por uma mente astuta, egotista e enganadora.
Isto-Sentir ou Autonatureza é a verdadeira percepção extra-sensorial, se livre estivesse de ladrões intermediários – ignorância-ego-pensamento, impressão-convicção de corpo, meios fisiológicos do conhecimento, órgãos sensoriais forjados etc.etc.

Saúde e Medicina – 7) Há um VER Primevo, sim, porém não são os OLHOS os que vêem

1) [Diz Nagarjuna, sábio budista de 1800 anos atrás]: O Olho não vê a si mesmo. Aquilo que não vê a si mesmo, como poderá ver outra coisa?

Em termos absolutos, os olhos anátomo-fisiológicos e reconhecíveis terão mesmo a função de Ver ou até mesmo de enxergar algo na frente deles? Ou quem sabe só há um VER Primevo que até suporta um pretenso alguém com corpo, cérebro faz-de-conta e olhos pretensamente vendo?
Amigo, fora as intromissões astutas e condicionantes do pensamento, em realidade, não há olho vendo outra coisa, como já foi enfatizado, malgrado “eu” (ego) – com a mente cheia de imagens caducas e prejuízos, cheia de forjações ou representações fúteis (memória-raciocínio-imaginação) – enxergue alguém com olhos vendo outra coisa e acredito-me inclusive estar possuindo olhos que vêem..
No simples e imediato Ver-Sentir, onde estão os olhos anatômicos e fisiológicos vendo?
Se os olhos anátomo-fisiológicos que o pensamento forjou, impôs, afirmou e descreve existem tais e quais, por que eles se limitam a enxergar só o que é pretensamente objetivo, só o que é externo ou parece colocar-se à frente deles, dianteira essa que, finalmente é só “minha” ou do ego em Mim? (Sou eu (ego) que te vejo, e vendo-te, me vejo, e vendo-me, te faço!)
Por que tais olhos não vêem, não enxergam, não constatam aquilo que estaria atrás da pupila, ou mesmo aquilo que seria subjetivo? Ora, porque o enfoque visual não foi feito para isso, ou simplesmente porque toda a parte anátomo-oftalmológica que vai de fora para dentro, ou do pretenso mundo para dentro dos olhos, é pura elucubração, puro engendramento do pensamento humano.
Por que o olho não vê o olho? Por que o pretenso olho enxergando não vê as pupilas, a íris, o humor aquoso, humor vítreo, a córnea, o diafragma, o cristalino, a retina, a mácula retiniana, o nervo ótico, a zona occipital-cerebral, os pretensos neurônios, as conexões etc. etc., e que pretensamente fariam parte da natureza perceptora-visual do olho?
E será que tudo isso existe de fato, ou isso é um mero acréscimo engendrado, próprio da pretensão científica de conhecer (mal).
Todos esses dados serão coisas objetivas, anatômicas e reais, de fato, e que o pensamento capta e o raciocínio e as palavras descrevem, ou serão meras formas-e-nomes enjambradas previamente, superpondo-se gratuitamente àquele Isto-VER que não precisa nem do sujeito vedor nem da coisa pretensamente vista?
O quê pode equivaler essas pretensas coisas sempre reconhecíveis como dados objetivados, tão dentro da física ótica e da oftalmologia, senão a engendramentos sutis, a imagens caducas extrojetadas, que aparecem só depois que o ato intencional se cumpre e o discurso reconhecedor se intromete?
Sim, a ignorância-ego-pensamento, apossando-se de reflexos caducos do Isto e de reverberações do Sentir-Ver faz convergir essas apropriações, para que daí salte fora, de modo reconstruído, uma pretensa pessoa-ego com olhos e que vê, de um lado, e uma suposta coisa vista, do outro, ambas duras, duráveis, persistentes e se estendendo a modo de dizer..
E sempre que, a partir do segundo momento em diante, o ego pretende explicar o que o enxergar contaminado significa, o safado intrometido em nossa mente, se esquece do EU-já-Vendo (Ver-Sentir), porque lhe convém, e com esse lapso ou atraso transforma ressonâncias, reflexos de tal Ver em falso vedor, de um lado, e em infinitos objetos vistos, do outro, ou senão em outra pessoa vedora ou animal vendo, inseridos nesse mesmo outro lado.

O pretenso órgão objetivado da visão que a fisiologia diz ter conseguindo decifrar a contento, tornou-se um saco sem fundo de falsas apreensões, constatações e conclusões, e estas, em absoluto esclarecem a sutileza do Ver Primevo; apenas saturaram-no com confusões, com forjações superpostas, fazendo-as recuar até um menos infinito de opiniões e aparências enganadoras.
Por outro lado, com essa visão fisiológica e refeita pelo ego, como se poderia autenticar as esferas celestes, a pretensa matéria objetiva do nível astronômico, a matéria do nível cotidiano, do nível microscópico.
Nessa vergonhosa mentira material objetivada, a modo de dizer, encontraríamos a célula, os genes, a bactéria, o vírus HIV e outros elementos mais, além da macromolécula, dos peptídeos, dos pretensos genomas, das moléculas de ácido dexoribonucleico ou DNA, dos aminoácidos básicos, a partir das quais baboseiras se poderia desencadear a clonagem etc., não esquecendo também as mentirosas molécula, átomos, o plasma, o espaço, o tempo, o movimento etc?
Lamentável é dize-lo, mas tudo isso é só barulho mental e imagens holográficas.
Prevalecendo uma visão assim tão deturpada, que adianta colocar microscópios e telescópios diante desse enxergar capcioso, pescador de seus próprios engendramentos e meramente reconhecedor?
Ai meu Deus, com suas malditas confusões e complicações, para onde a ciência está querendo levar esta nossa humanidade em eterno sofrimento e agonia?
Pecando com as palavras e sem nada impor, sugira-se, amigo, que talvez haja apenas um Ver Primevo. Neste Ver pode muito bem caber ou não olhos vendo e coisa vista. O Ver em Si, quem sabe, ecloda feito um Fato Global, feito Saber-Sentir. Sim, Ver é o próprio Surgir da Vida, Aqui e Agora, livre de pessoa pensante e do objeto pensado, reconhecíveis.
Não precisamos ser egos mal pensantes e reconhecedores, basta VER e SER!
E muito provavelmente, só porque o Ver é verdadeiro, é que depois, (tempo) ou segundo momento em diante, pensando, eu posso alegar que eu enxergo ou que ego não enxergo, isto ou aquilo. Depois (tempo) também posso alegar que os olhos existem ou não existem, que estão sadios ou estão doentes.
Se aqui e Agora não vingasse o Ver, depois (tempo), eu-ego jamais poderia dizer estou ou não estou vendo o mundo! (Sequer prevaleceria o ver especial dos sensitivos paranormais ou a clarividência). E é exatamente devido a essa afirmação ou negação mágico-intelectual que as imagens caducas e os discursos pensados se intrometem e se sobressaem, obrigando-nos inclusive a executar o ato propositado a favor disso tudo ou para que tudo isso se concretize, se materialize. Sim o pensamento e a execução do ato intencional consubstanciam ou concretizam tudo. Depois disso é que sempre começaremos a opinar: o mundo é verdadeiro, o mundo não é verdadeiro, os olhos existem, os olhos enxergam o mundo diante deles etc.
O fato de existir um VER (primevo e puro), e não existir, imperiosa e necessariamente, olhos orgânico-materiais, vendo, explicaria o porquê de certas cegueiras fictícias de neuróticos, histéricos, psicóticos. Explicaria também o porquê da clarividência, ou o prevalecimento daquele Ver que, ainda não sendo o Puro Ver Primevo, vai muito além de o mero enxergar fisiológico, e que se se distorce por motivos outros, e certos psiquiatras e psicólogos ridículos às vezes chamam isso de delírios, alucinações.
E mais, o VER autêntico colocaria toda a patologia clínica e oftalmológica sob outro prisma, quem sabe mais eficaz e menos prejudicial, já que ela deixaria de ser uma patologia só objetivada e pretensamente material. Em última instância, explicaria todas as cegueiras possíveis que poderiam ser só cegueiras mentais. Essas, finalmente, poderiam estar ligadas a algo (Carma) que escapa do raciocínio comum, algo que se origina a partir do próprio pensamento enganador e péssimo atuar, e que resultam em devolução cármica, traduzida como mal sentir, cegueiras (ou como doença).

Repetindo, e dizer que o próprio pensamento, tudo deturpando e tudo distorcendo, ainda teve a hipócrita capacidade de inventar aparelhos para enxergar mais em pretensos níveis microscópicos e astronômicos, quando o certo é só VER, clara e corretamente, sem artimanhas e aparelhos!

Desse modo se pode denunciar que os pretensos níveis microscópicos e astronômicos são apenas uma peculiar exacerbação da ignorância-pensamento, transformada em imaginação visual, a enganar os que querem ser enganados. E mais, em função do programa “É Fantástico!” da TV Globo brasileira, que está sendo projetado agora, o Espírito em Mim, indignado, volta a acrescentar:
Sou eu, ego, que te vejo,(ó pretenso código genético de um DNA de merda), e vendo-te, me vejo, e vendo-me te faço.
Frase maluca sem significado, não é? Mas para quem habitualmente assiste o Fantástico, deve estar se orgulhando dos feitos da engenharia genética dos norte-americanos e das proezas da ciência moderna. Eu contudo clamo: que Deus nos livre de tudo isso!
Aviso: no começo do século os físicos atomistas avançados da física quântico- ondulatória provaram por completo os dizeres: “sou eu que te vejo e vendo-te me vejo e inclusive te manipulo e te faço”. Os atomistas da quântico-ondulatória só não sabiam que esses dizeres eram milenares.
Por exemplo, eles descobriram que os elétrons e as subpartículas atômicas, e até mesmo o átomo de hidrogênio, sendo meros objetos de observação, vistos por meio de um conhecimento indiretíssimo se comportavam em conformidade àquilo que o observador cientista pensava. O que o cientista suspeitava ou havia pensado a respeito do seu micro, micro, micro objeto de observação, isso se refletia ou se reproduzia adiante, no pretenso objeto.
Tal acontecia porque, como disse antes, no que se refere ao pensar, enxergar e reconhecer há um conhecimento indireto, do povo em geral, no qual participam os cinco sentidos mais a mente-ego.
Mas além desse, amigo leitor e como já sabes, há um conhecimento indiretíssimo, em que só os olhos e o pensamento participam, conhecimento este utilizado pelos atomistas, microbiologistas, geneticistas e pelos astrônomos. E finalmente há um Conhecimento Direto que a ciência nunca utilizou nem nunca pôs em prática, e nem poderá.
Ou seja, o micromicromicro objeto atômico e subatômico, graças a esse enfoque ou conhecimento indiretíssimo manifesta uma conduta quase igual à da imagem de espelho. Ou seja, o que o sujeito cientista pensa e faz, o micromicromicro objeto assim se comporta, quase que por coincidência, como se houvessem laços de marionete ligando o sujeito ao objeto. Como tal acontecia aparentemente só a nível atômico e subatômico, não deram grande importância e acharam que isso só se passava em tais condições ultramicroscópicas. Nunca ninguém, porém, desconfiou que tal conduta se estendia também para todas as demais pretensas realidades do mundo astronômico, cotidiano, microscópico e da microbiologia, principalmente para as falsas verdades da química, bioquímica e genética.
Mas por que acontecia isso? Por que a dualidade ou separatismo das coisas foi sempre uma mentira da filosofia, das religiões e da ciência. Não há nem nunca houve separatismo porque nunca se deu uma criação por parte do Deus persona das religiões do Ocidente e muito menos houve uma estúpida criação a partir do acaso ou a partir de buracos negros, a partir do Universo das Cordas, a partir de uma cretina explosão primária chamada Big-Bang, explosão essa que teria originado as subpartículas atômicas, os átomos, as moléculas, as macromoléculas, os cristais, as células, os DNAs e o diabo que os carregue.
Aqui e Agora e no lugar disso, há, isto sim, uma Manifestação em Constante Renovação, emanada pelo Absoluto, Manifestação que alguns Mestres chamam Deus Vivo.
Portanto, nunca existiu matéria, nunca existiram átomos, moléculas, macromoléculas, DNAs, ácido ribonucléicos, proteínas, lipídios, porque ninguém os criou etc. E se tudo isso simplesmente aparece e parece existir é porque foi forjado pelo pensamento humano. Tudo isso, a caro custo se faz presente, aparece para quem nisso pensa e para quem propositadamente faz alguma coisa a respeito.
Acreditar que existem DNAs e genes escondidos, porque o ridículo e absurdo acaso científico aplicado à natureza os teria feito bilhões de anos atrás, isso é o supra sumo da burrice e da cretinice, não esquecendo a maldade, violência e prepotência que esses malfadados engenheiros da genética manifestam.

Não tendo havido uma criação prévia, nunca algo existiu escondido para que a ciência o descubra, nem nunca algo existiu e existe para que o cientista o traga a tona e o decifre. E mesmo assim, a ciência não cansa de engendrar fantasmagorias, como essa do mapeamento do genoma, genes, do DNA ou do código genético, para depois extrojetar essas bobagens, materializá-las ou consubstanciá-las graças à fantástica magia ligada ao penamento e à execução do ato intencional.
O que a ciência descobre não descobre. Em verdade apenas engendra, extrojeta, materializa com sua maneira de pensar e agir e seu maldito e ardiloso método científico de experimentação.
O mundo externo, objetivo é pura aparência, pura ilusão ou Maya, como já alertavam os Mestres do Oriente e de outras latitudes. Por sua vez, os meios do conhecimento ou a possibilidade humana de conhecer é puro Avidya – ou ignorância-ego-pensamento – isto se o homem só se valer do intelecto, da lógica-razão, da memória-raciocínio-imaginação e que quando ativadas resultam no conhecimento indireto e conhecimento indiretíssimo, sempre trapaceiros, sempre enganadores.
Tudo isso, permutando-se em pensamento meramente mágico ou até mesmo em intelectualismo forja as ilusões externas. O ego depois se mete a afirmar e a negar suas próprias mentiras e lorotas, para enganar os outros, os otários
Meu Deus do céu, qual código genético esses pesquisadores gananciosos ou até mesmo mentecaptos estão achando que conseguiram descobrir e traduzir?
Desde quando. Aqui e Agora, livre do espaço, do tempo, do átomo, da falsa alma, um Absoluto Autêntico e em Manifestação, um Deus Verdadeiro, um Deus Vivo Real, e que é sempre a Eterna Novidade, se meteria a criar escadinhas idiotas ou DNAs de merda, estáticos, constituídos de agregados de átomos ou bolinhas, sempre iguais, entrelaçando-se entre si, e que se prolongariam quimicamente no espaço e no tempo, para, por meio disso armar um diretor de orquestra que determinaria a função, a forma e o corpo vivo? Ora esse pretenso diretor do inferno é sempre um ego-pensamento "fdp" e safado que se esconde atrás dessas bolinhas?
Esse pretenso DNA, por um simples jogo casual de bolinha aqui e bolinha ali, arma o passado biológico-corporal do seres vivos, e de modo totalmente casual (ACASO) determina a futura forma e função do homem, que é sua existência e as futuras babaquices da medicina e da ciência. Pois sim!
Amigo, desde quando uma pretensa concatenação maluca de bolinhas, ou química para cá e química para lá, em suma um jogo de bolinhas bioquímicas de bosta, ao se combinarem por puro acaso e ao se entrelaçarem, conseguem registrar indelevelmente seja lá o que for do passado, conseguem durar e se estender sempre iguais, e ainda por cima conseguem determinar todas as futuras formas dinâmicas, órgãos, qualidades e possibilidades do ser humano ou de qualquer ser vivo?.
Isso jamais aconteceria, e por quê? Porque sou eu, (ego), que te vejo, ó estrume de DNA, pois sem o ver pensante-pensado em mim (pois um ego safado sou), e até mesmo sem o Ver Puro e Primevo ou Ver-Consciência em mim (SER), tu, ó bosta de DNA, merda de RNA, lixo de bioquimismo insuportável sequer vos faríeis presentes.
Não vos faríeis presentes nem como falsa verdade criada por um hipotético deus bíblico externo. Nem vos faríeis presentes se tivésseis sido criados pelo bastardo e mentiroso deus acaso da ciência. Nem vos faríeis presentes como ilusão forjada por terceiros ou homens, nem vos faríeis presentes como aparência, superposta, nem vos faríeis presentes como Maya, a grande ilusão. Todas as verdades ou mentiras objetivadas, e que se colocam na nossa frente, têm que ser previamente pensadas pelo ego. Só que a verdade aí vira mentira e a mentira simplesmente se reforça..
E vendo a ti, ó DNA de merda, vejo a mim mesmo (ego), pois eu, ego, ou falso ente-pensante estou totalmente ligado a ti, ou estou conectado a ti, ó coisa horrorosa por mim (ego safado) pensada!.

(Não há ciência moderna que tenha conseguido cortar esse cordão umbilical imemorial e invisível que liga a pessoa ego-pensante com a sua coisa pensada. Só que o desgraçado intelecto em todos nós nos faz crer que há separatismo entre o sujeito e objeto. Que há espaço e tempo absolutamente reais, onde o objeto científico e seu observador cientista situar-se-iam e persistiriam, onde há movimento, deslocamento. Sucede, porém, que nada é exatamente assim, como já foi visto em linhas precedentes e nos outros três livros que antecederam este, ou seja: “O Ladrão e Salteador da Mente Humana”, “ Transmutar Este Falso Mundo”, “O Fogo Físico e o Fogo Espiritual”... e que constituem uma quadrilogia.)

E vendo-me, isto é vendo a mim mesmo na faceta objetiva de um pretenso e pressuposto tu, ou DNA de merda, sempre por mim pensado, por mim vislumbrado, por mim (ego) imaginado, por mim forjado intimamente, acabo te extrojetando também num falso tempo e falso espaço por mim pensado. Depois, acreditando-me uma pessoa à parte de todo esse teatrinho, executo o ato intencional ou o ato propositado. Com essa atuação te faço, te consubstancio, te materializo, te concretizo. E feito um idiota, depois declaro aos quatro ventos Descobri, surpreendi, o danado Segredo da Vida, o código genético da minha avô! Vou ressuscitá-la! Quando em verdade só descobri meu próprio estrume cerebral, minha burrice projetada adiante, que se reforça naturalmente e que não precisa ser ressuscitada
Repetindo, sou eu (ego) que te vejo, ó DNA ou genoma, e vendo-te ou vendo a ti, minha própria prolongação, me vejo agora como algo objetivado, e vendo-me ou vendo o ego de dupla máscara – ego canalha subjetivo e pensante e genoma ou DNA-ego –objetivado e pensado, te faço, porque vou atuar intencionalmente para te sacramentar...

Saúde e Medicina – 6) A Propósito do Cérebro Pensante

Alerta a Sabedoria do mundo: "Sou eu que te vejo, [ó cérebro de merda!], e vendo-te, me vejo feito um pretenso objeto, e vendo a ti em verdade vejo a mim, falso objeto e falso ser ou ego pensante.Graças a isso, te faço, pois vejo-me obrigado a executar o ato intencional, porque quero te pegar, quero te possuir, te abraçar, feito um Narciso da Mitologia!
Ou também: Sou eu que te vejo, ó cérebro de merda, e vendo-te me vejo, pois eu e tu somos um ou somos não dualidade, já que não estamos separados, nem tu és tão passivo assim como pareces ser. Eu, ego, sem ti não existo e tu, objeto, sem mim também não existes, pois somos apenas uma total interdependência aparente.
Sou eu que te penso ou te extrojeto, sou eu que te reconheço fora. Eu, ego safado, te revisto como quero. Tu objeto na minha frente és minha contraparte muda. Eu no entanto falo e discorro a teu respeito e imponho minha opinião a terceiros hipnotizados.
Tu objeto és sempre meu sinal inferencial e acabas sempre me obrigando a executar o ato intencional para que acabe te possuindo ou te rechaçando. Com esse atuar propositado, te faço, te arremato, te consubstancio, te concretizo, ó droga dependente, ó cérebro de merda, ó meio idiota do conhecimento fisiológico!…"

Se todo objeto ficou provado por si mesmo, previamente, tal como o absurdo objeto-mundo-universo da ciência dizem teria se provado, como conseguiu provar-se?
Evidentemente, pareceu ficar provado só graças ao pensamento no homem e também devido à sufocação e subjugação do SER Humanizado.
E por causa das invencionices humanas, (teses e antíteses religiosas, filosóficas e científicas), essa pretensa objetividade (universo) não consegue se defender. Bem, mas nesse detalhe os filósofos e cientistas não refletiram.

No começo simplesmente acreditaram ver uma coisa (universo, natureza) à sua frente (conhecimento indireto), que os sacerdotes diziam haver sido criada por um Deus inventado pela cabeça deles, no passado…
Com o passar do tempo, discordando dos religiosos, os cientistas aceitaram a coisa como se fosse algo material, indiscutivelmente verdadeiro, oportuno ao existir deles e dos demais, coisa material e separada do sujeito, e mandaram o criador, o Ele, deus-persona dos sacerdotes ou senão o demiurgo, às favas.
E para explicar a origem, continuidade, a persistência, decadência e morte das coisas, puseram no lugar do deus objetivado dos religiosos o deus acaso da ciência.
Tal acaso, teria então se transformado em leis físico-químico-matemáticas naturais a dirigir a orquestra cósmica.

Essas leis que inclusive interfeririam no mundo objetivo e subjetivo (matéria-cérebro) de acordo com os determinismos matemático-físico-químico-biológicos inventados pela cabeça do homem.
E então tais leis deterministas, tudo fizeram, tudo montaram, tudo ajeitaram… Pois sim, pois não, digo eu, ignorância maior nunca se viu, minha gente!’"

O cérebro pensado e pretensamente objetivado, se posto diante dos meios fisiológicos do conhecimento de determinada pessoa pensante ele é sempre uma presença muda.
Mesmo que pouquíssimos saibam disso, tal pretenso cérebro é tão somente a contraparte da própria pessoa-ego pensante, a qual sutilmente projetou ou extrojetou previamente tal cérebro pensado e depois, fazendo de modo proposital alguma coisa, o concretizou, o materializou e acabou reconhecendo-o.

Tudo o que for reconhecido e dito a respeito da objetividade ou da massa melequenta chamada cérebro é tão somente subjetividade ou pensamento dessa mesma pessoa, pretensamente analítica e perscrutadora.

Esse algo-cérebro objetivado não fala por si mesmo nem revela nada por si mesmo. Ele depende da contraparte subjetiva pretensamente pensante, falante lucubradora, forjadora de superposições, de pareceres, a qual vai impor suas opiniões, custe o que custar, mormente se for cientista ou cientificista.
A Propósito do Palavrão “Merda”: Quero alertar também que quando qualifico as palavras científicas “cérebro ou o DNA” com uma outra palavra de baixo calão tipo merda, não o faço por total desprezo ao cérebro ou aos genes, cromossomas em si, se é que existem como tais. Não estou dando uma de Platão que desprezava totalmente a objetividade, o corpo. Sequer defendo o idealismo platônico e o ponho contra o materialismo científico. Em verdade, eu não ligado nem a um nem a outro. E no entanto, este materialismo, por causa da ciência moderna, tornou-se excessivamente criminoso (ou quem sabe inconseqüente), coisa que o idealismo filosófico jamais chegou a tanto.
A meu entender o Isto-Objeto Primevo, acasalado com o Sentir Puro, podem existir, sim, livres de laços e de acréscimos supérfluas. Entrementes, seus revestimentos são um engodo, um conjunto de mentiras, e por causa disso tudo muda.

Se cérebro e DNA existem ou até mesmo se eles só aparecem, mesmo assim, eles são o Desconhecido e não só merda. No caso, merda são as explicações intelectuais de certos homens, são as pretensas possibilidades, qualidades, propriedades, virtudes, fisiologismo, hereditariedade restrita a bolinhas etc. etc. do cérebro e do DNA, e que eles com toda certeza não possuem, possibilidades essas que não passam de invencionices da cabeça humana desatenta e desavisada. Merda então é a cabeça mal pensante de certos homens que exageram nas suas invencionices e arrogâncias intelectuais.

Saúde e Medicina – 5) A Propósito de AIDS e seu Fantasmagórico Agente Etiológico, o Vírus HIV

Amigo leitor, sabias que na cidade de São Paulo existe uma associação chamada TAPS (ou Temas Atuais na Promoção da Saúde) e que, entre outras coisas se encarrega de estudar a AIDS de outro modo, que não o científico ortodoxo, e principalmente critica a visão científica da AIDS com fundamento?
Os membros dessa Associação, quase todos de nível superior, e de outras associações similares mais, espalhadas no mundo inteiro que se encarregam de denunciar todas as patifarias ligadas ao diagnóstico e à mercantilização da AIDS.
Uma TAPS por exemplo faz um criticismo científico sadio e muito oportuno, contra os paladinos defensores do HIV da AIDS e também, principalmente, contra a vulgarização das doenças infecto-contagiosa e respectivos tratamentos, às vezes tempestivos e inadequados.
Para quem possa se interessar o endereço da TAPS (Temas Atuais na Promoção da Saúde) é: Caixa Postal 20396 - 04041, São Paulo, SP.
Tel: (0xx11) 582.0466 - Fax: (0xx11) 572.0465
Email: taps@tsp.com.br -- Site: www.taps.org.br.

A TAPS faz pouco tempo enviou-me diversos pequenos livros, impressos, polígrafos etc. que tratam da visão médico-científica da AIDS, questionando-a e criticando-a. Os renomados especialistas de associações mundiais similares a essas, como, digamos o Prof. Peter Duisberg, o Dr. Luc Montagnier não relutam em criticar a visão acadêmica da AIDS, à moda deles, é claro. Negam que o HIV provoque a síndrome, e provam o que dizem. Alegam com justiça que são outros fatores mais os que contribuem para que a síndrome se instale...

De minha parte, eu, EB, critico a AIDS de outro modo, e para escândalo de muitos digo que nem a célula nem o vírus existem. A caro custo elas aparecem num faz de conta, de uma maneira totalmente dependente. As entidades microbiológicas não existem em si porque não foram criadas nem pelo acaso científico, nem pelo deus bíblico, porque não há nada que dure, persista para se apresentar como a ciência diz, porque nada é substancial ou material, com essência própria, porque tudo muda de momento a momento, e toda aparência chamada fenômeno científico fica na total dependência do observador pensante, o médico cientista, no caso.

Mas fora minhas colocações que reputo importantíssimas e que são apresentadas em meu livro AIDS, Uma História Mal Contada, ou AIDS, Quem Ganha, Quem Perde, daquilo que a TAPS gentilmente me remeteu, tenho em mão um importantíssimo opúsculo denominado O Diagnóstico da AIDS - Uma Visão Crítica para Soropositivos, escrito pelo Dr. Alfredo Embid (Coordenador da Revista de Medicinas Complementares, e membro da Associação de Medicinas Complementárias de Madri). Para tal, então vou pedir a permissão a esse renomado profissional e corajoso pensador para reproduzir alguns trechos de seu notável opúsculo a respeito da AIDS:
O Primeiro tratamento que um indivíduo pretensamente soroteste positivado deve receber é a informação honesta e correta: mas não obstante isso, tal pretenso contaminado costuma dizer: -- A medicina diz que sou soropositivo, que estou contaminado pelo vírus da AIDS. –
Falso! Ser soropositivo não significa estar contaminado pelo vírus HIV. Pode-se ficar soropositivo pelos mais diferentes motivos e inclusive por diversas outras doenças mais.
-- Mas o médico disse que a minha defesa orgânica está fraca!
-- O médico aí não sabe o que diz nem tem certeza do que diz. Apenas mal observa, infere, deduz o que não deve. E sem se aperceber, lamentavelmente induz a síndrome em você.
-- Meus linfócitos T4 estão baixos!
-- Falso! Os linfócitos T4 não são a defesa específica da AIDS. Eles não são nada. (Aliás, de acordo com o que escrevi e escrevo, (E.B.), os T4, 4DT nem existem)
-- Disseram-me que com muita sorte posso viver uns dez anos!
-- Falso! A cada ano que passa, esses anos de sobrevivência vão aumentando cada vez mais.
-- Ouvi dizer que 10 a 20% dos que se apresentam soropositivos não desenvolvem a síndrome. 80 a 90% portanto ficariam fatalmente doentes e acabariam morrendo.
-- Falso! Acontece exatamente o contrário! Apenas 10 a 20% dos soropositivos acabam desenvolvendo a síndrome ou um conjunto de doenças que constituem esse quadro.
-- Disseram-me que o único tratamento contra o HIV é o AZT, mais outros medicamentos anti-retrovirais, como o coquetel.
-- Falso! Por meio da receita médica, o AZT é o causador da AIDS, e o laboratório farmacêutico que o fabrica e o comercializa está sendo acusado de assassinato perante os tribunais ingleses.
-- Recomendaram-me entrar em contato com os grupos Anti-AIDS para ser ajudado, para receber apoio, para ser esclarecido!
-- Falso! Os grupos anti-AIDS são financiados por instituições safadas, por secretarias e governos nem sempre honestos, e pela indústria da AIDS, motivo pelo qual todos eles recomendam a esses grupos que não questionem a hipótese científico-oficial da AIDS, além de induzirem os pretensos soropositivados a que tomem os remédios (ou os venenos) oficialmente indicados, tipo AZT.
-- Avisaram-me que os tratamentos alternativos são uma fraude!
-- Isso é verdade para alguns tratamentos, mas não para todos! Existem tratamentos cientificamente documentados para cada uma das doenças que definem os quadros da AIDS
-- Mas não é verdade que o HIV causa a AIDS? Não estaria toda a comunidade científica de acordo em relação a isso?
-- Falso! Muitos cientistas, entre eles há prêmios Nobel, questionam a hipótese oficial. No último debate na AAAS, Associação Americana para o Progresso da Ciência -- em que a maioria dos membros é partidárias da hipótese oficial -- não conseguiram refutar os argumentos dos cientistas dissidentes!...
O que existe de positivo no soropositivo?
Os testes não significam a presença do vírus. Não medem nem detectam o HIV.
Os "testes de HIV" -- segunda a hipótese oficial --, medem, no melhor dos casos, a presença dos anticorpos (isto é, a presença da pretensa defesa orgânica ou imunológica contra o HIV).
Os anticorpos não são evidência inequívoca da presença de um vírus, nem permitem profetizar uma doença virótica. Ao contrário, os anticorpos neutralizam e restringem os vírus e bloqueiam-nos em suas atividade.
O teste Elisa produz resultados falsamente positivos: E teste Western Blot que apresenta reações cruzadas tampouco é válido. O teste Wester Blot (WB) apresenta reações cruzadas (pelo menos) nas seguintes situações, as quais fazem com que salte fora um resultado errôneo ou uma falsa soropositividade.
· um indivíduo em cada 150 pessoas sãs;
· em 13% das pessoas com verrugas;
· em 41% dos pacientes com esclerose múltipla;
· na desnutrição grave;
· em forte exposição do esperma na via anal, ou seja nos homossexuais passivos que recebem abundante esperma de parceiros. (As mais diferentes proteínas do esperma são absorvidas via retal e, por causa disso, sem qualquer vírus HIV presente, tais proteínas presentes na circulação sanguínea podem suscitar uma falsa soropositividade);
· nas infecções múltiplas;
· na artrite reumatóide;
· na tuberculose;
· na malária;
· geralmente em estimulação repetida por antígenos, (isto é, pela introdução de agentes infecciosos propriamente dito ou contaminação, pela introdução de proteínas estranhas, via transfusões sanguíneas ou ejaculações no canal anal etc.
Todas essas conclusões denunciatórias são uma síntese dos trabalhos apresentados por Eleni Eleopulous, biofísica do Royal Perth Hospital, e outros colaboradores do serviço de urgências e do departamento de patologia da Universidade da Austrália.

Saúde e Medicina – 4) As Doenças, o Médico e o Paciente

Amigo, que desgastantes lutas encetamos para extinguir os supostos males (pensados) que pretensamente nos afetam! E no entanto, quanto mais se luta para eliminar o que julgamos mau e pernicioso, mais esse hipotético inimigo feito doenças se reforça.
E por que isso? Porque todo fim, todo término, toda extinção é uma falácia que, a caro custo, só vinga numa situação virtual e que é exatamente nossa situação vital refeita, nossa vida cotidiana, situações fictícias essas que se superpõem a nível pensante-pensado.

De acordo com esse enfoque haveria então uma Autonatureza, Divina e Incondicionada, que não depende de nada nem de ninguém, pois Ela já seria Deus em Manifestação. E fora do Aqui e Agora, a partir do segundo momento em diante (tempo) haveria uma falsa natureza superposta pela ignorância-desejo do homem extraviado, natureza totalmente dependente, totalmente condicionada, ou seja, um falso mundo parcialmente enjambrado pelo pensamento do homem.
Os começos, meios e fins da vida condicionada são fantasmas e mais fantasmas que o tempo-pensamento engendra e depois afirma e nega, fantasmas que subsistem graças ao nosso descuido, ao nosso agir desastrado, graças ao nosso mal pensar, o qual é pai de todos essas fantasmagorias. Tais fantasmas subsistirão também e principalmente graças à reiterada execução do ato cheio de propósitos ou intenções.

Estarei falando de loucuras completas? Amigo, nunca te informaste a respeito do Hinduísmo, Taoísmo e Budismo, que são tradições extremamente sábias, são filosofias e sabedorias muito mais antigas que qualquer ciência grega e Ciência Moderna? Pois lá no Oriente essas denúncias não são tão loucas quanto te possam parecer.
Não sabias amigo, que todas as ilusões externas e as manobras do pensamento vulgar em cada um de nós - pensamento esse que todos usam com facilidade e de modo descuidado, mas ninguém no fundo conhece o que é - equivalem a por a Lei da Geração Condicionada em funcionamento, cujo enunciado diz: (Cuidado, isto não é conversa fiada). "Isto sendo, em pensamento, aquilo – objetividade – aparece, acontece, se objetiva, se sobrepõe, se para tal se executa o ato intencional. Isto não sendo pensado, aquilo não aparece, não se objetiva, não se sobrepõe, porque também não se faz nada."

E a propósito, haverá fantasmas piores do que os cânceres, as leucemias, a AIDS etc., possivelmente engendrados e materializados pelo pensamento, graças a essa Lei?
Numa Autonatureza Incondicionada nada começa, nada se origina, nada continua, nada se esconde, nada fica escondido para ser descoberto por cientistas, nem nada termina.
Em termos de Realidade Autêntica, tudo palpita e tudo se renova, mas fantasmas do ego-pensamento espaço-temporalizados se superpõem.
Num caso assim, toda "descoberta" do mal, traduzida como a presença do germe, do vírus, do parasita, em suma da doença causa-efeito e toda extinção do mal ocorrem tão-somente num faz-de-conta. Sucedem num nível pensante-pensado que é exatamente o nosso mundo cotidiano.

Todas as descobertas científicas são apenas engendramentos mentais humanos que se extrojetam e se superpõem. Num caso assim, temos que escolher quais desses engendramentos menos prejudicam ou mais ajudam, e descartar tudo o que prejudica e mata, por equivaler a magia negra.
Tanto o pretenso começo enganador de algo quanto sua falsa duração e extinção são regidas pela Lei da Geração Condicionada e pela Lei da Interdependência.
Num mundo parcialmente reconstruído pelo pensamento a pessoa pensante depende do objeto pensado e vice-versa. Estes dois, tomados isoladamente não são absolutamente nada. Mas a pessoa mal pensante é a que sempre engendra seu objeto e fica opinando a respeito, e inclusive atua propositadamente para pretensamente provar suas enjambrações..
E a tal pretensa extinção não faz desaparecer o fantasma-doença, o fantasma-germe, o fantasma-vírus, apenas o reformula ou o transforma em algo mais. Daí a medicina científica, ao lidar com aparências ou só com enganadoras objetividades supostamente materiais, às vezes é uma calamidade sem par.

E a propósito desse enfoque médico enganador e prejudicial, pergunto-te, paciencioso amigo, quando é que um parasita, um germe, um ultravírus HIV da AIDS se extingue, se anula? Quando Existe? (Mas essas mentiras microbiológicas podem existir Aqui e Agora ou só aparece depois?. E tais mentiras foram criadas por quem? Pelo Deus persona barbudo e mal humorado que o pensamento inventou ou pelo muito pior Deus acaso da ciência). Ou quem sabe o germe, o vírus, o parasita se extingue – não tendo jamais existido, nem no passado, nem no falso presente de 24 horas nem no futuro – quando se o enfoca de modo adequado e quando tudo se compreende?

É muito bom levar em conta que um germe microscópico, seja qual for, nunca Existe em Si, mas só aparecerá diante do observador ou médico em total dependência ao que ele pensa.
Só parecerá fazer-se presente numa total dependência, graças a um pensar capcioso tanto do doente (mal pensante) como do médico condicionado para tal, condicionamento esse que constitui seu fundo mental ou Campo de Consciência Sensorial Científico. E isso estará presente numa falsa percepção erudita.
Tal pretenso germe só se faz presente graças a um enxergar viciado, graças a atos intencionais executados astutamente e graças ao reconhecimento.

Todas essas manobras constituem exatamente o famoso conhecimento indiretíssimo das coisas, do qual a Ciência Moderna tanto usa e abusa.
Além desse existe o conhecimento indireto do povo em geral e o Conhecimento Direto que só o verdadeiro Sábio sabe usar, e certas crianças usam espontaneamente.
Tais pretensos germes sempre estão na dependência do pensamento do osbervador-cientistas; e toda objetividade ou tudo o que depende de algo mais, isso simplesmente não existe. Portanto, os germes como sempre dependem do cientista pensante, eles em si mesmo não são nada. Cuidado, isto não é uma mera inferência ou uma conclusão intelectual.

Os germes sempre parecem durar, persistir, envenenar, destruir e matar, quando, contrariamente a isso, qualquer um poderia dar-se conta que se algo dura, persiste além do momento presente, é porque isso simplesmente não é nada, isso não existe, ou então isso é algo eternamente paralisado, ou ainda não é uma coisa única, mas sim um rosário infinito de algo(s) pluralizados, tipo cinema, isto é, mentiras e mais mentiras, astutamente sobrepostas.
Tais germes, meu caro amigo, lamento dizê-lo, são somente um perigoso mal pensar, um enxergar viciado, frutos de um atuar capcioso e um reconhecer ou conhecimento indiretíssimo.

Essas mentiras microscópicas nunca existiram nem existem por si mesmas.
Sem o cientista, sem o microbiologista, sem o médico observador pensante, esses germes sempre pensados e reconhecíveis não são nada. Esses faz-de-conta pretensamente microscópicos só se fazem presente ou só se objetivam, tipo imagem de cinema, ao nosso péssimo enxergar-reconhecer já condicionado.
Tais pretensos germes nunca foram Realidade em Si, e sim são uma presença em dependência. Eles sempre constituem uma interdependência entre sujeito e objeto, e estes dois são sempre uma pessoa mal pensante e uma pretensa micro-coisa pensada.

Portanto e repetindo, meu amigo, se determinado e fantasmasgórico ultravírus HIV da AIDS, ou se determinada célula cancerosa destruindo os demais fantasmas celulares, ou ainda se determinada célula pretensamente destruída pelo HIV se fazem presentes ao nosso pensar, ao nosso enxergar viciado e condicionado, ao nosso atuar propositado, reconhecer, ou se se apresentam objetivamente no corpo do próximo, num doente, mas só num nível supostamente microscópico do corpo desse mesmo doente, quando é que todas essas mentiras começaram a aparecer, e graças a quem apareceram? No passado? E quem pode nos garantir que inexistências passadas e que já não existem mais se prolongam até o momento presente?

E mais, se toda superposição é regida pela Lei da Geração Condicionada, "Isto sendo, em pensamento, aquilo acontece, aparece, se objetiva, se superpões, quando para tal se executa o ato intencional etc.., essas fantasmagorias microbiológicas sobrepostas não poderiam ser apenas fruto de um mal sentir do paciente? Não poderiam ser fruto de um péssimo raciocinar e concluir do paciente e do médico? Ou também ser fruto de um intencionar e se decidir tempestivo do profissional em medicina? Fruto de um agir ardiloso e nada humano desse mesmo médico? E ainda fruto de um (mal) enxergar e reconhecer desse mesmo profissional? E finalmente fruto de uma bobeira generalizada tanto do doente, quanto da medicina, da família, do meio, da Sociedade, do mundo e assim por diante?
Achas que não, amigo? É claro que sim! Presta atenção!

Toda pretensa doença começa desta maneira: "Penso bobagens e a seguir executo atos contra mim mesmo, prejudicando-me bastante. Por causa disso começo a sentir-me mal. Por causa desse mal sentir, sempre mal pensando concluo ter adquirido isto ou aquilo (bactéria, vírus), maligno ou não, contaminando-me. A seguir, comunico ao médico o que sinto e o que acho que tenho. Ele, profissional, recebe meu sinal inferencial e lhe aplica o método da experimentação científica. Transforma meu mal em dedução e indução científica. Manda efetuar diversos exames para ver o que é isso que eu supostamente tenho. E todos, ao meu redor, passam a atuar de modo proposital, querendo me ajudar. E, quando se atua intencionalmente, eu, que só pensei bobagens, que me auto-agredi e me prejudiquei, leve ou gravemente, por causa do médico que atuou por mim e contra mim passei a ter o que nunca poderia ter (uma doença, leve ou grave), porque na Vida É-se, mas não se pode ter, não se pode possuir, posto que nada dura e tudo se renova."
Sim, lamentavelmente, as fantasmagorias sobrepostas só passam a prevalecer quando a Lei da Geração Condicionada ou Dependente é posta em funcionamento, numa perfeita interdependência médico-paciente. Daí a fantástica responsabilidade do médico, do doutor.
Amigo, para que esse germe, parasita ou vírus deixe de se sobrepor objetivamente, não seria melhor que esse "quem" (ego chorão e pretensamente vítima no paciente e ego sabe-tudo no médico) se diluísse um pouco, primeiro e desaparecesse depois, dando lugar ao Ser mais inteligente?

Que ego é esse que no profissional jura pensar corretamente, jura agir de modo adequado, jura enxergar a nível microscópico objetividades reais, jura reconhecê-las, jura ficar lucidamente cônscio dessas objetividades pretensamente deletérias, cancerosas, aidéticas, quando estas, na verdade, são apenas contradição ou são o outro pólo superposto de toda essa intromissão pensante-pensada, constituída por uma pessoa pensante e um objeto pensado?
E se tais objetividades pretensamente deletérias, se tais doenças são o outro pólo sobreposto do próprio ego-pensante, da pessoa observadora, por que o ego aí se atribui o papel de salvador da pretensa vítima, o papel de juiz, e começa a descrever objetivamente aquilo que ele mesmo ego é? Ou seja, ele, ego, ladrão e salteador subjetivo, é também a própria objetividade diante dele, ou é as pretensas células cancerosas, aidéticas, os germes bandidos, as doenças objetivas, sobrepostas, acrescentadas e tudo o mais?
Se "esse ego" no homem que, mal pensando sempre reconhece, descreve e afirma a célula doente, ou senão "descobre", descreve e afirma os pretensos germes não se ausenta primeiro, graças ao Dar-se Conta, graças ao Autoconhecimento desse mesmo Homem, como é que o efeito faz-de-conta (célula doente, germes, doenças) desaparecerá, se a causa aparente (e que é o observador-pensante) permanece de modo contínuo ou não se anula, mesmo que contra tal fantasma ele pretenda lutar?

Pois é, amigo, é bem estranha essa conversa toda, não te parece? Ainda mais quando há tantos bons médicos que honestamente só querem ajudar o próximo. Mas não é contra eles que eu, escrevo e falo. A benevolência e a honestidade desses já é um antídoto para que a Lei da Geração Condicionada não atue para pior. Abençoados sejam esses médicos honestos e bem intencionados. De qualquer modo, meu caro amigo, os supostos efeitos deletérios, chamados parasitas, germes, vírus, ultravírus, células cancerosas, leucêmicas etc. poderão sim ser suplantados e aparentemente anulados de outro modo. Bastaria descobrir até que ponto o pensamento ajuda e até que ponto o mesmo pensamento mata. E isso não é uma questão de positivismo ou negativismo pensante-pensado.

Todavia, como a causa (homem criador de doenças, não importa se paciente ou se médico) permanece, tais pretensos fatores deletérios permanecerão de outro modo. E se a falsa vítima (doente) e terapeuta desavisado (certos médicos) fazem força para se manter só dentro da vigência desse enfoque materialista lamentável, esse círculo vicioso nunca se romperá e as fantasmagóricas doenças continuarão onde nada pode continuar, porque nada se origina, nada evolui e nada termina, mas tudo se renova.

SAÚDE E MEDICINA – 3) FALSOS CONSCIENTE E INCONSCIENTE

Vejamos agora um tópico retirado do meu livro inédito “Prisão do Tempo”: Voltando a desfazer as tramas psicológicas, amiúde o homem confunde as intromissões da ignorância-ego-desejo e dos pensamentos estruturantes com a suposta presença e interferência de um inconsciente cerebral.
De modo bastante leviano, também confunde discursos mentais ininterruptos com um “ficar-cônscio disto ou ficar cônscio daquilo”, e acha que seu ou tal “ficar cônscio de” é Reto Perceber.
Entrementes, condicionada pelos pensamentos estruturantes, sutis, interesseiros e perpetuadores do erro, a consciência-ego ou “persona” (3° elo da dodécupla cadeia), já se levanta enfraquecida e mesmo assim se intromete na Mente Primeva como uma “sombra ou mancha mentirosa” .
O que poderia ser Puro, Verdadeiro (Mente Pura) é aparentemente suplantado por algo embotado, perplexo, distraído e excitado, e que é exatamente essa falsa consciência-urgo-ego, forjada e personificada. O ego, que por meio desse torpe “ficar cônscio de” se levanta, como condição vital ele já não tem mais o Ato Puro e Concentrado, o Autêntico Sentir Primevo, associados a uma Compreensão Perfeita (Saber-Sentir-Intuir). Nem com nada disso pode contar.
O Isto-Sentir momentâneo fica então aparentemente suplantado pelo sentir fisiológico condicionado da falsa consciência, fica ofuscado por imagens caducas e pelo discurso mental (tempo). E este discurso parece depender da prolixidade de um ser verdadeiro (ego), verborragia que, em realidade é apenas uma defesa da memória-raciocínio-imaginação, que se perpetua feita prisão do tempo.
Desse modo, a falsa ego-consciência se atribui validez e passa a avaliar-se como um “eu” contínuo, permanente, como um ser anímico que foi inserido num corpo material (em verdade só corpo denso e externo) por algo (acaso) ou por alguém (Ele, Deus-Pessoa).
Tal suposto ente (ego) depois se confrontaria com um “não-eu” ou com um objeto, também permanente e material. Todavia, meu caro amigo, esse teatrinho ou tudo isso junto é somente mal pensar, ou são só pensamentos caducos a nos atormentar.
A consciência dita comum e só um conhecimento interesseiro, sempre orientado para determinado fim. São intenções e decisões sutis que aparentemente redundam num “eu”, o qual se discrimina de um “não-eu” (coisa), em vista de uma apropriação ulterior, a saber, o objeto desejado e reconstruído. Nisso tudo também esta implícito o possível rechaço do objeto, com seus pretensos malefícios atribuídos.
Se a Existência Primordial não ficasse aparentemente ofuscada pelas estruturações do pensamento, pela falsa consciência e pelo discurso interior, a Mente Pura (EU SOU) poderia muito bem prevalecer para um sujeito honesto, e com Ela sua Manifestação (O QUE SOU).
Sim, pois é a Reta Compreensão a que ilumina as coisas (ISTO), sem apossar-se delas, sem reconstruí-las, adaptá-las e, inclusive sem que o sujeito verdadeiro (SENTIR) se torne dependente do objeto real (ISTO”).
Se a Reta Compreensão prevalecesse sempre, numa assim dita renovação momentânea, aparentemente nada Verdadeiro se transformaria em consciência permanentemente discursiva, com suas manias de conhecer ou discriminar, com sua tendência de engendrar e reconhecer.
E não esqueçamos que só nas aparências, é claro, a mentira se levanta nos intervalos ou nos “nada” que “prevalecem” entre dois Pontos Instante ou um Fulgurar e Outro.
E a propósito do capítulo que acabamos de escrever, alerta-nos Buda, o grande Sábio de Verdade e da Verdade, dizendo:

“O homem comum e escravizado pode desprender-se de seu corpo (pensado), de suas posses, mas enquanto desejar e pensar, impossível será para ele desprender-se da convicção de que possui uma alma-[pensada], ou possui uma [pressuposta] consciência.
Tal homem não avisado assim costuma lucubrar: ‘Essa consciência sou eu mesmo, ela e o meu espírito!…’ Mas por assim pensar e concluir, ele se escraviza à Ronda Existencial [‘Samsara’], que é o girar ininterrupto da angústia, do medo e da dor… Muito melhor seria que esse homem, que jamais buscou ilustrar-se a respeito da Verdade, tomasse como ‘eu’ verdadeiro seu próprio corpo aparente, ao invés da alma-pensada [ou falsa consciência], porque o corpo – [e esse mesmo homem acredita conhecê-lo bem] – subsiste falaciosamente um ou dois anos, dez, cinqüenta, cem anos ou mais, enquanto que isto, o irmãos, que é chamado pensamento, consciência personificada, alma [pressuposta e sempre pensada], dia e noite surge outro, dia e noite desaparece outro e, [por isso mesmo, parece durar infinitamente, perpetuando o engano e o logro. E assim se escondendo, engendra corpos e mais corpos aparentes]” …

Com relação à mesma denúncia, Buda, a grande Luz da Ásia ainda teria dito:

“Eu [ego] sou o resultado de meus próprios atos,
sou o herdeiro dos atos.
Os atos são a matriz que me trouxe,
os atos são meu parentesco;
os frutos dos atos recaem sobre mim.
Qualquer ato que eu realizo, bom ou mau, eu dele herdarei.
Minhas obras são meu bem!
Minhas obras são minha herança;
minhas obras são o seio que me leva;
minhas obras são a raça a qual pertenço;
minhas obras são meu refúgio.

Os seres têm como patrimônio o seu carma;
são os herdeiros, são os descendentes,
os pais, os vassalos do seu carma.
É o carma que divide os homens em superiores e inferiores.”

Sermos herdeiros do carma é uma verdade profunda, inegável, justíssima e simplesmente fantástica. Aliás, nem somos herdeiros, na condição de urgos-egos somos o próprio carma. De qualquer modo esse enunciado ou possibilidade tem mais de dez mil anos. E no entanto o materialismo científico aplicado à medicina e biologia teve que inventar os genes, o código genético, o DNA, RNA que são invencionices da cabeça humana e estão na total dependência do seu criador, o homem pensante. Os dois, ou o homem e o seu invento não são absolutamente nada porque um depende do outro e vice-versa. E quando algo depende de algo mais, isso simplesmente não existe, como o código genético não existe, malgrado toda a grandiloqüência e falsas provas a ele ligadas.

Mas dando um retoque ao trecho supra que acabei de transcrever “ipsi litteris”, e que Buda provavelmente não o teria proferido assim; e mais, atualizando agora esse mesmo alerta com argumentos um pouco mais condizentes com a Verdadeira Mensagem da Sabedoria Perfeita, quero crer que o Mestre assim teria gostado de ver seus ensinos registrados:

"Sou o resultado dos atos aos quais 'eu' me identifiquei, e por isso 'eu' (ego) me tornei herdeiros dos atos".
Os atos por mim (ego) assumidos são a matriz (ou são o próprio ‘pratityasamutpada’) que me trouxe, (ou que me – ego – fez aparecer de modo superposto)
Os atos por mim assumidos são meu parentesco (verdadeiro, pois contribuem para a forjação do concatenamento que me caracteriza e que é sempre outro – ‘Pratityasamutpada’. Esta matriz ou cadeia, convergindo com outra similar e afim, resultará naquele tempo e naquele meio reconhecível que ego sou).
Os frutos dos atos sempre recaem sobre mim (ego).
Qualquer ato que ‘eu’ desvirtuei e à sua execução me (ego) identifiquei, execução boa ou ma, tanto fez, de seus próprios frutos, bons ou maus, ‘eu’ herdarei.
O que faço intencionalmente é meu próprio bem ou mal.
O que faço propositadamente, isso constitui minha herança.
O que faço cheio de desejos, isso é exatamente o seio (‘pratityasamutpada’) que me arrastará (de vida em vida).
Os frutos dos atos por mim cumpridos (ego), são a raça a qual digo pertencer.
Minha maneira de agir é meu próprio refúgio, minha maneira de agir é meu próprio inferno. (Ou senão, o refúgio aí será o Reino de Deus, Nirvana, TAO, Satori, etc. se o AGIR em mim estiver livre de agente, livre de propósitos, de mesquinhez e de identificações indevidas. E o refúgio será um inferno, ‘samsara’, ‘trevas exteriores’, carências mundanas, doenças, decadência, velhice etc. se o ego em mim se apropriar do Sentir-Atuar-Intuir e o desvirtuar em busca de metas e resultados, e inferno também será se à execução do ato eu ( ego) me identificar.
O Carma é a ‘semeadura e a colheita obrigatória’, ou é ‘ação e reação’ que indevidamente surgem quando o homem, pensando, se transforma em agente cheio de intenções e metas.
Se algum ‘eu’ à eclosão do ATO PURO se identificar, em busca de fins e frutos, tal fantasma-ego corromperá o Ato e este em CARMA VIVO se transmutará. Ou seja, se transformará em ego-carma ou também em ego-ação e ego-reação, que continuarão interdependentes entre si.
Os seres humanos sofredores tem como razão de ser um carma próprio.
O carma são eles e eles são o carma.
Todo homem condicionado e limitado é carma, é herdeiro do carma, é descendente do carma, é pai do carma, é vassalo ou escravo do carma.
(E, enquanto o homem pensante carma for, o ‘Samsara’ ou a Ronda Existencial das dores e dos tormentos continuará a girar).
(Pare que, pois, tanta prepotência e tanta vaidade se) é só o montante cármico, bom ou mau, o que divide os homens em seres superiores e inferiores – e nunca hipotéticas castas, falsas virtudes e pretensas nobrezas. (E se o carma favorável está te devolvendo os bons frutos, não te metas depois a julgar e a condenar o pagador sofrido, pois ‘quem és tu que enxergas a fagulha no olho do teu vizinho e não VÊS a trave atravessada em tua própria mente!’ Carma bom, amigo meu, ainda é ‘Samsara’,ainda é trevas exteriores. Liberta-te dele e serás um Justo, porém ainda igual ao teu irmão que sofre!)” …

O HOMEM verdadeiro Sente, Sabe, Atua e Ama de Momento a Momento, sem coletar méritos. Ele é existência incomensurável e incognoscível; em suma, é apenas “EU SOU O QUE SOU”!
O homem-carma ou o homem (mal) pensante, de sua parte, é somente uma série-caduca, um nome-forma impermanente, que vai e vem outro, aparece e desaparece outro. E tudo isso se interliga numa dolorosa cadeia, sem começo nem fim (“Roda da Vida”), a modo de dizer, é claro.
O que nasce, o que morre, o que acha viver vida única e contínua, o que jura reencarnar, esse é apenas o homem-carma ou é o carma (ação contaminada) feita homem.
Se o montante cármico for bom, cheio de sementes positivas, a colheita será boa. Mas, geralmente, o que prevalece é exatamente o contrário. E nem a prática da religiosidade mais extremada nos salva do mau plantio. Só o Amor e a Compaixão (ou “Karuna”) mais pura e que podem diluir o mau carma.
A Sabedoria Perfeita, esta sim, (e que também é o Homem Divino [“Divya” ou “Siddha”] do Instante Primevo), anula o Carma e a Lei da Geração Condicionada (Pratityasamutpada).
Com esse outro enfoque, agora o homem já não está mais frente a um Carma, ou a uma pretensa lei moral e física, criada por um Deus à parte, e que afetaria as criaturas anímico-corpóreas, por tudo aquilo que elas fizeram e fazem, de bom ou mau, numa única ou em diversas vidas.
Carma agora é um freio moral que se levanta juntamente com o ego-pensamento intrometido e sua identificação ao Ato.
E toda vez que o Homem abandonar a sua condição de AMAR-SENTIR-INTUIR-FAZENDO-SE-SER, e passar para a condição de falso ego-agente pensante, saturado de intenções, o homem aí, decaído, forçosamente ficará sujeito à ação maculada e as suas reações (Carma). Ficará escravizado principalmente à convergência de causas e condições que, como vimos, é a Lei da Geração Condicionada. Esta entrelaça o homem e seu meio, e o liga inclusive ao carma, resultando em homem extraviado, plantando e colhendo bons ou maus frutos.
Por outro lado, só certos Heróis (“Viryas”) que lutam pela Justiça, lutam pelo próximo sofrido e subjugado, e pela sua própria Libertação, Auto-Realização – que é tornar-se “Vidya” ou Deus Vivo – estão livres das respostas cármicas. Tais Heróis geralmente enfrentam o Demiurgo, o grande manipulador do carma. Este, além de velhaco, usurpador e mentiroso faz-se passar por Deus. E é contra este que os verdadeiros Heróis lutam. Daí porque eles não são afetados pelas reações cármicas. Seu ato é impessoal. Ao combater o farsante e ao superá-lo, ao combar o bandido executivo e servo do Demiurgo, não se transformam num pólo contrário, o falso justo que combate o mau, tal como o próprio Deus Vivo não tem nenhum diabo opositor como adversário ou como um satanás..

Saúde e Medicina – 2) Sem Cérebro é Impossível Pensar, com o Cérebro também!

Em meu livro Antipsiquiatria e Sexo, editado em 1983 pela Editora Record, do Rio, e hoje esgotado, num trecho ligado ao funcionamento do cérebro ou fisiologismo cerebral, escrevi o que vem abaixo e que acho oportuno reproduzir e acrescentar a este meu tópico sobre medicina e psiquiatria. :

"Amigos, tudo o que o pensamento elabora a partir do segundo momento em diante ou no tempo (depois, fora do Aqui e Agora), isso é só pensamento-imagem e pensamento-discurso.
Uma função do pensamento é engendrar fantasmagorias e a outra intromissão do mesmo pensamento é reconhecê-las e discorre a respeito.
E é exatamente aí que (no tempo) a impressão-convicção de cérebro pensante aparece ou se levanta.

Sem essa dupla atividade pensante-pensada, nenhuma objetividade cerebral e pretensamente material poderia ser reconhecida e explicada depois.
Mas alguém ainda poderia alegar que o cérebro é uma realidade inqüestionável, e que ele, feito objeto, evoluiu e se aperfeiçoou por puro acaso, como ensina a ciência, até resultar num complicado recipiente (ou cadinho) de reações químicas e bioquímicas.

O pretenso DNA (ácido desoxiribonucleico constituinte do gene), ao influenciar na formação do cérebro, traduz-se como sendo um simples acaso enganador. E este não pode engendrar e resultar em moléculas químicas ou peptídeos, DNA, substância orgânico material e cérebro. Mas poderiam estas últimas brutais mentiras resultar em algo concreto?
Certas reações químicas e bioquímicas cerebrais, segundo a Ciência, traduziriam o impulso vital (ou a própria Vida, o Caráter do Indivíduo, o Ser (Argh!, pois sim!), e que ao nosso intelecto-entendimento se traduziriam como pensamentos, emoções e percepções cerebrais. Mas esta pretensão de que a química cerebral pode resultar em pensamentos e percepções, a fim de que essa mesma química cerebral, depois possa tornar-se cônscia da própria química cerebral, minha ou do próximo, isso só podia caber nos delírios e desvarios racionais de cientistas loucos. Tal química conhecendo química é só desonestidade e hipocrisia do ego-pensamento em cada um de nós. São só opiniões e nada mais. Entrementes, vejam só como opiniões científica, transformadas em "provas" aparentes, têm feito mais mal do que bem.

A pretensa evolução temporal das espécies, o amadurecimento do cérebro dos animais e homens e seu aperfeiçoamento no tempo, por sua vez, também são pensamento ou discursos estapafúrdios. A pretensa bioquímica cerebral (proteínas, hormônios aqui, enzimas ali, coenzimas, peptídeos e o escambau – diabo que os carregue), transformando-se em pensamento, em sentimentos e em percepção, para por fim tornar-se cônscia de um cérebro químico, primeiro atuando no próximo, graças ao método de experimentação da ciência, e depois, em mim por extensão inferencial, isso também é pensamento engendrando mentiras safadas, faz-de-conta, e ainda por cima reconhecendo e explicando tudo. E diga-se de passagem, são pensamentos extremamente sujos e mentirosos, os que, em ciência, desencadeiam toda uma engrenagem de atos nefastos e calamitosos, sempre desculpada pelas falsas verdades psiquiátricas e neurológicas da ciências e da medicina. A pessoa-ego ou até mesmo o Indivíduo

Verdadeiro (SER) não é fruto de um quimismo cerebral de merda. Essa massa melequenta chamada cérebro com seu pretenso quimismo fazem parte do quinto, sexto, sétimo momento existencial em diante, momentos de puras enjambrações. O ego-pensamento forjador de todas essas mentiras pretensamente materiais faz parte do segundo momento, e o Indivíduo Verdadeiro ou a Mente Pura, a Consciência-SER, o Homem Verdadeiro surge Aqui e Agora, totalmente livre do tempo.

Fora do Instante Primordial ou a partir do segundo momento em diante (tempo ou antes-durante-depois) o pensamento sempre consegue se intrometer porque ele é o próprio tempo. Aí dá-se o começo da enjambração e a posterior pretensa corroboração, a qual, depois, um cientista desavisado, chamará de "Descoberta!"… Todavia, se eu tiver em minha mão um cérebro morto de alguém, ele não provará coisíssima alguma. Sou eu quem, pensando e falando por ele, acreditarei provar alguma coisa a respeito. (Pois sou eu que te vejo, e vendo-te, me vejo, ó cérebro de merda, e vendo-me, te faço!…Sim, só há um vedor ou o grande EU ou o ego de merda. O ego farsante coloca EU SOU em segundo plano. O pretenso visto ou objeto é ainda o próprio ego. Sim pois vendo a ti, me vejo a mim. E vendo-me como se eu fosses tu, atuando intencionalmente te faço, te concretizo, te materializo e depois te manipulo). Mas para tal terei que vestir esse Isto-Desconhecido e momentâneo (ou pretenso cérebro de alguém) com meus próprios véus pensantes-pensados, engendrando assim algo (o cérebro dele) imaginariamente, e depois terei que executar o ato intencional que consubstanciará minha pretensa "descoberta", reconhecendo-a enfim por meio de um conhecimento velhaco e indireto ou senão indiretíssimo como o da Ciência.

A sutilidade pensante (ou ego-pensamento), as intenções, decisões, meu agir propositado ou contaminado sempre se colocam na frente de qualquer "descoberta", "prova", tudo isso resultando num dado externo aparente tipo "A" ou tipo "B".
Os engendramentos lógico-racionais aí são sempre bipolares, tipo certo ou errado. A ‘materialização’ e ‘comprovação’ de minha atividade ego-pensante sempre vem depois, ou sempre aparece a partir do terceiro, quarto, quinto momento em diante. Tal ‘prova’, contudo, é fruto do pensamento ou é o próprio pensamento estruturante concretizando-se graças à execução do ato proposital.

"Admitamos agora que eu pudesse pegar alguém e o submetesse a uma anestesia prévia, depois abrisse seu crânio e expusesse uma meleca ou uma coisa que depois chamo cérebro – com isso transformaria o pretenso cérebro de meu próximo em objeto de análise. Essa é uma conduta típica ou uma intromissão nefasta da Ciência, em sua eterna pretensão de bem conhecer. – Cuidado, porém, que as interferências cirúrgicas dos neurocirurgiões, desde que não se igualem às de um Dr. Frankenstein e sim tenha um propósito terapêutico veraz são outro assunto, malgrado também tenham seus aspectos delicados e negativos… O ‘querer-conhecer’ do pesquisador mórbido nada tem a ver com o ‘saber-curar’ ou remediar de muitos médicos bons…
"Mas Digamos, ainda, que eu submetesse um paciente qualquer a uma análise de suas pretensas ondas elétricas cerebrais, graças a um eletroencefalograma. Ou também efetuasse nele uma cintilografia, uma tomografia, uma ecografia etc. Ou ainda, se eu pegasse um pobre animal e o submetesse ‘humanística e bondosamente’ (sic) a uma vivissecção craniana, para maior glória de minha vaidade e falsa sabedoria, atitude essa que rotulam de progresso científico…Pois bem, se eu fizer tudo isso, em nenhum momento o suposto cérebro alheio, aí objetivado, irá informar algo por si mesmo. Eu, ego bandido, é que, pensando e agindo intencionalmente, acreditarei arrancar disso que está em minha frente ‘revelações enganadoras’, e que só aparecem ou se objetivam porque eu provoco seu aparecimento.
Amigos e homens desavisados, apercebei-vos ou dai-vos conta de que nenhum ECG informa nada de por si, nenhum cintilógrafo, Rx, nenhuma tomografia, nenhum aparelho de ecografia, nenhuma cirurgia craniana etc., informa de por si, e nem pode. Para isso tem que haver sempre o intérprete pensante, o prévio pesquisador científico, culturalmente condicionado, e que, graças aos seus raciocínios e conduta inconseqüente (em momentos criminosa), acreditará estar traduzindo tais supostas ‘descoberta’ em palavras corretas, termos impecáveis, códigos e normas científicas etc.

"Meu cérebro, mesmo que encarado como objeto material, nunca me disse nada, nunca me incutiu ou me sugeriu nada, nunca me sussurrou que dele provinha o pensamento.
Algum cientificista gaiato, ouvindo isso poderá alegar: ‘Um momento, doutor, mas meu cérebro agora está me declarando que é ele quem pensa!’… E aí então eu teria que retrucar: "Ó fulano capeta, quem foi que te disse que isso que acabas de ouvir desde o teu íntimo é a própria química cerebral em ti que está fazendo confissões? Por que não poderia ser o teu ladino, safado e criminoso ego-pensamento, não cerebral enganando-te e mentindo sempre?…

Pois é, antigamente e de modo bem contrário, uma lógica-razão aristotélica, por exemplo, alegava, com ou sem razão, que o pensamento provinha do CORAÇÃO.
Depois porque tornou-se conveniente ao discurso interior, o pensamento mudou de lugar e de "órgão". Foi sempre o pensamento ou o raciocínio, cuja origem é a SOMBRA do Desconhecido quem me incutiu ou me sugeriu (inferência) que ele próprio (pensamento) tinha como causa e origem uma coisa que estava na extremidade superior do corpo. Depois tal sombra, que poucos sabem ser estruturante e discursiva, intrometendo-se ainda mais onde não deve, batizou a extremidade corporal com o nome cabeça, crânio etc. Num passo seguinte, o pensamento, roubando Vitalidade da Ação Pura e do Sentir e Entender Perfeitos em Mim, levou-me a olhar com cobiça (desejo de conhecer) essa tal extremidade. Por causa da influência disso, "eu" quis descobrir o que havia na cabeça do próximo ou na minha própria. Mais tarde, sempre graças à intromissão do pensamento discursivo, vi-me obrigado a atuar de modo que minha ação intencional e maculada, acabasse abrindo o crânio de meu vizinho, cujo interior, para mim, até então era Desconhecido… O interior da cabeça e que era e é o próprio Desconhecido, sob minha ação interferente e pensante, aparentemente tornou-se reconhecível sob o aspecto de uma pasta esbranquiçada, que batizei com a palavra cérebro ou sistema nervoso central, ou até mesmo com a frase central nervosa.

"Nesse momento, o ego-intelecto-mente em mim, ao invés de sugerir-me honestamente: ‘Olha, isso que vês é exatamente o que engendraste há pouco, e é também o que estás pensando agora, discorrendo por dentro. Isso é apenas o fruto da sombra do Desconhecido. São tuas próprias interferências ou artimanhas. São superposições que elaboras e sustentas de modo contínuo, no espaço e no tempo, e que ‘tu’ mesmo (ego) és, para finalmente acreditares na tua própria comédia e a ela te submeteres feito um pretenso conhecedor!’
Pois é, mas se o intelecto-razão fosse tão bom assim, ele sempre deveria alertar o especialista. Mas ao contrário, o pensamento ou o juízo em mim, levando-me a crer que estou enriquecendo meu conhecimento, far-me-á concluir (visando seu próprio reforço) que esse é o órgão responsável pela origem da existência humana significativa, pela origem da inteligência e compreensão, da sensação e ação motora.

"O mais engraçado de tudo é que, nessa conclusão ladina, o pretenso órgão objetivado do pensamento ou o suposto cérebro de meu vizinho mesmo assim nunca provou nada por si mesmo, sempre permaneceu calado e inerte. Se ao menos aquela ‘coisa exteriorizada’ (cérebro) por meio de um sentir dele mesmo revelasse alguma coisa, algum indício sensorial-intuitivo, algum som, movimento, odor, alguma visão especial, ainda daria para suspeitar de que, quem sabe, tal ‘coisa’ realmente fosse o órgão da inteligência. Só que esta inteligência humana é SENTIR-SABER-INTUIR e este último em atividade é um Conhecimento Direto. E este Conhecimento nada revela a respeito do pretenso objeto cerebral, tampouco denuncia o que é falso, pois não discursa, não raciocina ou não rumina mentalmente, enquanto que o pensar é sempre conhecimento indireto (e indiretíssimo), ou é simplesmente reconhecimento, e por que não muito, amiúde, falsidade pura.
"Foi a partir de um pretenso ente esperto, astuto, ladino, e por que não desonesto, que as conclusões pensantes-pensadas a respeito do cérebro se levantaram.

Todavia, o grande EU em mim, com Essência e tudo o mais (ou Consciência-Ser), continua desconhecido, enquanto que algo em mim, feito um ego-pensamento, tudo pretende provar, explicar, impor. Mas o que ‘eu’ explico, provo, descubro, imponho etc., é sempre pensamento meu, a sombra do Desconhecido.
E desse modo foi montada a farsa dialética do raciocínio, da lógica e da razão (e até mesmo do pensamento mágico) aplicado à Psiquiatria, Psicanálise, à Neurologia, e inclusive aplicados à Ciência em geral, aliás, a esta mais do que ao resto.
"Evidentemente certos cienticistas, certos neurologistas, psiquiatras, psicólogos, médicos, biólogos em geral, normalmente presos a seus preconceitos e condicionamentos mentais, ao lerem estas minhas denúncias e alertas, poderão se irritar bastante e, ao invés de compreenderem em silêncio, se não me caluniarem disto ou daquilo, um deles poderá levantar inclusive a seguinte suposição, com uma vontade louca de pô-la em prática. ‘Mas, e se eu te anestesiar, se abrir teu crânio e efetuar em ti uma extirpação de lobos cerebrais ou se fizer uma lobotomia, tu certamente pararás imediatamente de pensar, e com isso não ficaria provado que o pensamento do teu próprio cérebro provém?’…
"Diante de tamanha desonestidade dialética, diante de tanta empáfia, de tanta maldade e prepotência científico-experimental, própria de alguém que é escravo total de sua erudição e de seu ego-pensamento, só me restaria protestar com veemência, e defender-me ao assim exclamar:

‘Um momento! Chega de aplicar o monstruoso e, em momentos injustificável método científico de experimentação nas espécies vivas, no próximo, e que julgas uma simples coisa ou um dado meramente material, uma reação química!… Chega de maltratar e agredir os demais, só para alcançares ‘provas’ que convêm sempre aos teus interesses e raciocínios mesquinhos!… Por que haverias de continuar destruindo e matando o que te parece objetivo, só para que os teus pontos de vista fiquem prevalecendo sempre?… Até quando insistirás em transformar o mundo inteiro à condição de cobaia, só para te certificares de que teus pensamentos se fundamentam e que estás com a razão?… Nesse caso, a tua razão é a pior das criminosas, mormente se ela resulta em dor e em destruição alheia!…

Entrementes, se de fato queres conhecer se o pensamento em ti provém ou não do cérebro, descobre isso em ti mesmo, pelo que fizeres, sentires e concluíres, se for o caso!…Já que és incapaz de te autoconheceres pela introspecção e meditação, aplica em ti mesmo o método científico de experimentação, no qual tanto confias, e vivencia-o na própria carne, de modo bem sentido e intensamente, se puderes!… E já que te parece tão válida a idéia da origem cerebral do pensamento, então, sem qualquer anestesia, pega um bisturi, uma serra elétrica e outros apetrechos mais, e corta a calota óssea da tua cabeça. Expõe teu cérebro e depois corta um lobo cerebral para ver se teu pensamento cessa!… Mas que monstruosidade estou te sugerindo, não é? Mas o que pretendes fazer nos outros ou em mim também não é uma monstruosidade? Tudo o que quiseres fazer no próximo sente-o primeiro em ti mesmo, já que gostas tanto de pensar a respeito do que fazes no próximo, para daí arrancar conclusões pensadas… Sente em ti mesmo o horror que queres praticar para transformar isso em raciocínio, falsa cultura e pensamento estúpido E toma isso como norma…

Quem foi que te disse que uma conclusão pensada e arrancada do próximo é mais válida que uma conclusão bem sentida (e sofrida) e arrancada de ti mesmo?’
Dirás: ‘Mas é claro que fazendo o que me sugeres, pararei de pensar e ficarei aleijado para o resto da vida, isso se não morrer antes!…’
‘Muito bem –, retruco eu! Isto que dizes pode ser apenas um pensamento teu, não emitido pelo cérebro. Pode ser uma mentira, elaborada pelo ego-ladrão e salteador da raça humana!…
Vive em ti mesmo essa monstruosa experiência, isto se, é claro, puderes superar os impedimentos do SENTIR transformados em DOR lancinante, e que a Vida vai soerguer contra os teus raciocínios, contra as tuas intenções e decisões tresloucadas!’…
SENTIR transformado em prazer, alegria e dor, eis a Verdade.
Forjações pensadas e objetivadas transformadas em colocações, juízos e falsas provas, eis a mentira.

‘Evidentemente – acrescento eu –, jamais conseguirás levar a cabo tal experimento em ti mesmo, porque a Vida autêntica ou o doloroso Sentir te impedirá no meio do caminho de prosseguir em tua louca decisão e ação pensada… Pois é, meu caro cientificista, não crês que a Vida em seu suposto aspecto objetivo não sofre tanto quanto tu, ou mais? E que (falsa) resposta a Vida não te dará se a atormentares dessa maneira, no próximo ou em ti mesmo? Pára de pretender descobrir absurdos que não existem ou que só aparecem porque os forjastes primeiro!

"De qualquer modo, se efetivamente não pensasses, jamais levarias a cabo tal gesto. Mas se não pensasses egoisticamente também não ficarias querendo vasculhar a cabeça do próximo ou o cérebro de muitos animais, ou das pobres cobaias vivissecadas, a fim de descobrires as tuas próprias extrojeções ou a materialização dos teus argumentos e que só favorecem teus raciocínios, os quais em última instância, são mesquinhez e intenções pervertidas…
És sempre tu quem arranca ‘descobertas e provas’ pensadas de qualquer investigação objetiva que fizeres. E tais ‘frutos, provas e conclusões’ alcançadas, em última instância, não são o segredo que a Natureza te oferece ou te confia, para que teu conhecimento se enriqueça, para que te tornes rei da ciência. Isso são apenas superposições e extrojeções que do teu pensamento provêm e que o cumprimento criminoso do ato intencional consubstancia ou materializa.
"Para te compreenderes melhor, só há uma possibilidade: de modo espontâneo e tranqüilo pára de pensar tanto, obviamente sem que haja qualquer intenção egotista atrás disso. Começa a observar-te sem críticas a formar. Começa a meditar a respeito do teu orgulho e conhecimento precário, sem pretender encontrar nada de modo premeditado. Isso equivale a se silenciar, e O QUE É ou a VERDADE, e esta então, quem sabe, se revelará por si mesma.

"E mais, se ainda insistires em querer conhecer o que é o pensamento, ou se é o cérebro quem pensa, auto-agride-te. Arrebenta tua cabeça, expõe teu próprio cérebro, corta parte dele, isso se puderes superar e agüentar a dor bem sentida... Vivencia essa monstruosidade em ti mesmo e constata por tua própria experiência se depois disso há uma parada no teu pensar ou não…, isso supondo que tal loucura pudesses efetuar.
"Por conseguinte, diante desse novo enfoque, pergunta-se qual o valor real, eficaz e espontâneo das desonestas experiências biológico-laboratoriais de um Claude Bernard, de um Pavlov & Cia, ou de toda uma equipe norte-americana, japonesa etc. constituída de falsos gênios, a arrebentar aqui e estourar lá, e que só fica revelando via TV mentiras e mais mentiras a respeito do cérebro, e sua possibilidade de sentir e pensar.

"Em verdade, meu cérebro, por ser essencialmente Desconhecido, nem pensa nem não pensa. Ele nada pode revelar por si mesmo. Se achas que eu penso porque tenho cérebro, essa é apenas uma conclusão boba de tua parte, própria de um julgamento inferencial em ti. E se achas que vou parar de pensar porque me mutilas cerebralmente, esta, além de ser uma conclusão pensada, será também uma crueldade levada a cabo com o propósito de ‘provar’ ou tornar ‘concreta’ uma tese que só vinga porque lucubras ou raciocinas feito um doido. As pobres cobaias que o digam…

E por favor, não me venhas dizer que estou pregando misticismo, filosofia, loucuras, pois Entender tudo desse modo sim que é Ciência da mais pura!… Só quem se compreende a si mesmo conhece bem o resto, e conhece também o que é isso que, em última análise, chamas conhecimento ou ciência do mundo.

"Voltando, portanto, ao início de minha exposição, pergunto, se não houvesse elucubração se intrometendo sempre, em outras palavras, se nas aparências não existisse a maldita sombra (ego-pensamento) que do Desconhecido parece provir, que seria a ‘atividade psíquica’, senão uma frase capciosa?

Livre do julgamento conceitual, inferencial ou sem o raciocínio distorcendo tudo, o que é um ser humano? O que é um cérebro? Uma presença concreta ou uma aparência dependente? Entrementes, sempre que fizermos o jogo das palavras e do intelecto ambos corresponderão a um caos infindável de opiniões; mas de acordo com a Verdade mais pura, atividade psíquica, ser humano, cérebro são Vida, Desconhecido, silêncio sadio, mil possibilidades e revelações, desde que não sofram agressões e deturpações.
"Não equivale ao supra-sumo da petulância ou ignorância erudita afirmar enfática e dogmaticamente: ‘O pensamento é o próprio cérebro em atividade! Não há pensamento fora do cérebro!…' , como sempre fizeram muitos cientistas organicistas? E por que não acrescentar e aclarar também que com o cérebro que a Ciência apresenta, ‘prova’ e descreve é impossível pensar? Essa aparência que redundou em cérebro é em realidade um fim de mundo de pareceres, opiniões enlouquecedoras, bilhões de descrições e falsas provas que não conduzem a nada. Quem duvida disso, que estude a Neurologia e Fisiologia cerebral e se certifique…
E se com essa aparência de cérebro é impossível pensar – porque o cérebro reconhecível é sempre pensado pelo pensamento, ele é sempre ego-pensamento interferindo – de que maneira essa aparência cerebral pode ficar sujeita a doenças exógenas ou endógenas, como alega e diz ‘provar’ a Psiquiatria? Por isso, impossível ou quase impossível será tentar curar o cérebro com substâncias químicas.

E se o ego-pensamento monta tantas patifarias objetivadas, acrescidas ao suposto cérebro que se reconhece, não teria ele capacidade inclusive de desequilibrar a mente de alguns desatentos, perturbação essa que nada teria a ver com o cérebro?
Tudo isso sugere mais uma vez que o ego-pensamento não é vítima das doenças mentais que sempre se supôs, mas sim é o causador das perturbações mentais, das assim chamadas doenças. Sim o ego-pensamento é o causador de todas as psicoses e neuroses, de todas as equizofrenias e até mesmo das epilepsias, mal de Parkinson, Mal de Alzheimer etc,.
Cuidado, porém, que ninguém se meta a encarar o ego-pensamento como um criminoso, face ao qual um pretenso e falso justo qualquer (mas também ego) se levantará para combatê-lo.
O ego-pensamento é um fantasma que como fantasma tem que ser visto e compreendido; só depois disso é que ele se some, desaparece ou sem transmuta, ou pelo menos diminui de importância, voltando a colocar-se atrás da Consciência-Ser (‘vade retrum Satanás!’)..
"O Sentir-Saber-Intuir essencial de alguma maneira denuncia o ego-pensamento… E como vimos, é sempre o ego quem engendra a impressão de cérebro material e não o Sentir-Saber-Intuir, falsa impressão essa que é uma imagem mental sustentada intimamente, e é extrojetada, superpondo-se ao fato em si, altamente dinâmico, mutável e, por isso mesmo, Desconhecido.
E é sempre o ego-pensamento que de alguma maneira suscita desequilíbrios mentais e emocionais, se não isso, autodeprimindo-se murcha (depressão) ou auto-exaltando-se à toa, se hipertrofia (paranóia). E é sempre ele quem suscita a dolorosa impressão de perturbação mental. Por outro lado, de que serve a calamitosa e dogmática certeza de inúmeros pesquisadores científicos, se ela só nos leva à prepotência e à maldade? Se o Sr. Dr. Claude Bernard, em seu tempo, não houvesse raciocinado de maneira tão condicionada e de modo tão cartesiano, que significado teria tido para ele um corpo, livre de qualquer raciocínio? E sem a intromissão deturpadora do pensamento, quem foi que disse que um corpo não pode funcionar sem órgãos? Ou quem disse que o corpo só pode funcionar com a presença de determinados órgãos, sendo tanto o corpo quanto o órgão essencialmente Desconhecidos?
"É tolice declarar intelectualmente, graças à intromissão de bilhões de preconceitos mentais: ‘Não pode haver função mental sem cérebro, nem cérebro sem função pensante…’ Em última análise, cérebro e corpo conhecidos, função e pensamento são falsas dualidades da lógica-razão, ou são as intromissões do próprio pensamento discursivo.

"Muito mais sábio foi Sócrates que declarou: ‘Só sei que nada sei!’… E a mais pura honestidade em nós só pode concluir: ‘Não sei o que é cérebro, não sei o que é corpo, não sei o que é órgão, não sei o que é função, mas desconfio daquilo que em mim (ego) tudo pretende conhecer (mal)…’ De qualquer modo, cérebro, corpo, função, órgão, mundo, matéria, alma etc., se são a Verdade, também são silenciosos e se acomodam muito bem à sua legítima condição de Desconhecido. O pensamento ou raciocínio é o único que pretende conhecer, pretende decifrar todo o resto com palavras, frases, conceitos, discursos mortos e atitudes calamitosas… E no entanto, como o raciocínio se melindra se a Verdade ou se um Entendimento mais apurado o surpreende trapaceando. Sabe que com essa denúncia ele vai perder toda a sua importância e suposta validade!… E aí, então, apelará para a calúnia, para a dialética, para a mistificação, para a ofensa, além de insistir no engano, na mentira, na crueldade, na deturpação e demais armas de seu nefasto arsenal de ineficácias intromissoras.

Saúde e Medicina – 1) Psicanálise, Psiquiatria, Sexo e Doenças

Pois é amigo, o homem conhece o sexo dito normal, ou seja o sexo papai-mamãe, conforme mandam as santas escrituras.
Mas fora a heterossexualidade, quantas outras alternativas sexuais existem ou se praticam?
E por que algumas ou quase todas essas alternativas sexuais são vistas como pecado?
De onde saltou fora no mundo ocidental essa idéia corrosiva e destruidora de pecado mortal em relação a certas práticas sexuais?

Perguntas interessantes, não é? É claro que essa torpe idéia de pecado mortal saltou fora de acréscimos desonestos inseridos por escribas e editores safados dos livros do Antigo Testamento, como por exemplo, Esdras, Neemias & Cia.

Como todos sabem, afora o sexo papai-mamãe, existem a prática homossexual, a masturbação, o sadomasoquismo, o bestialismo, o sexo incestuoso e muito mais.

No Ocidente, a idéia da sexualidade normal ser exclusivamente heterossexual se implantou por uma uma imposição bíblica.
É que os escritores e redatores dos livros que constituem o Antigo Testamento, baseados numa torpe promessa inventada e que precisava se cumprir (daí o sionismo), nos deram entender que a prática da homossexualidade, da masturbação, do sexo com animais, com membros da própria família eram condenados pelo deus personificado deles, extremamente rancoroso que e também mandava matar. É óbvios que tais práticas não eram virtuosas. Mas pelas mãos de tais escritores e redatores, eles escreveram no nome do deus deles: “Vós tereis uma descendência igual ao número de estrelas no céu, e graças a tal descendência dominareis o mundo inteiro e os estrangeiros virão se ajoelharão aos vossos pés, entregando-vos os seus bens e seus tesouros. Mas para que a pretensa promessa (multidão infinita) se cumprisse – e ela jamais se cumpriu, nem podia – só se podia praticar a heterossexualidade., O que saísse fora disso era pecado e era proibido, Por conseguinte, as alternativas sexuais, por serem convenientemente proibidas, tinham que se igualar a pecados mortais.

Não que a homossexualidade, a masturbação, o bestialismo etc. etc. sejam melhores ou mais virtuosas que o heterossexualismo. É claro que não, pois a humanidade existe por causa da prática heterossexual. Mas também não esses precisavam exagerar em relação à pretensa morbidez de outras práticas sexuais.

Pode a simples prática da masturbação resultar em doença ou em algo parecido?
E por que ela até o começo do século XX era considerada uma prática condenatória e indutora de doenças físicas?
De acordo com as denúncias dos livros ANTIPSIQUIATRIA E SEXO, e NÓS, A LOUCURA E A ANTIPSIQUIATRIA, em que a prática da masturbação masculina ou feminina poderia resultar?
Em loucura? Sim? Não?

Não, a masturbação quando comedida ou praticada do "modo esportivo, sem sentimentos de culpa", não faz mal algum.
Todavia, as tolices que se pensam a respeito, principalmente se tais tolices estiverem ligadas a pretensos pecado condenados pela Bíblia, isso sim pode fazer mal.
Por falta de aviso e conhecimento e por pensarem besteiras em excesso, antigamente quantos e quantas adolescentes simplesmente enlouqueciam porque se masturbavam e depois davam vasão a pensamentos negativos tipo sentimentos de culpa, a pecados terríveis.
Quanta garota burra, estando menstruada, e tendo-se molhado com uma água muito fria, vamos dizer, sua menstruação parou, e a mãe dela, mais burra ainda, vaticinou que isso faria subir o fluxo menstrual (sangue ruim,) à cabeça e ela iria enlouquecer.
E por incrível que pareça, antigamente não poucas garotas acabavam enlouquecendo, só por que desavisadamente insistiam em pensar persistentemente em tais perigos ou em tais burradas!
Atualmente a prática homossexual tornou-se culpada de ter favorecido o implante do vírus HIV da AIDS.
Mas será verdade que uma prática sexual não muito bem vista pela sociedade poderia resultar num mal ou numa doença tão grave?
Claro que não, amigos! É só ler meu trabalho AIDS, uma História mal Contada, para vocês se darem conta de que a tese que sustenta a aquisição da AIDS pela prática exclusiva da homossexualidade é uma infâmia ou uma mentira grotesca.
Tentar fundamentar esta tese foi o pior crime que a medicina política ou de saúde pública cometeu nos tempos modernos.
Mas fora o fantasmagórica HIV da AIDS, pensamentos infames do paciente e do médico, mas as condutas desastradas de certos terapeutas têm matado muita gente e continuam matando.

2) Por que será que toda e qualquer prática sexual aparentemente proibida parece resultar em doença sexual, tipo gonorréia, sífilis, cancro mole, herpes genital,. AIDS etc?.
Existem realmente germes específicos que desencadeariam essas doenças sexuais, os quais atacariam o homem por puro azar?
Nada disso. A prática sexual, é um modo de Atuar-Sentir Primevo, que se vê envolvido por muitas emoções negativas, sentimentos de culpa e pensamentos incriminadores, além de liberar atuações desastradas. E tudo isso, minha gente, resulta em reações cármicas.
Tudo isso, diante de um doutor exageradamente racional, e que só pensa e enxerga de uma única maneira, acaba se traduzindo como se doenças fossem, com germes e tudo o mais. Menos mal que, modernamente falando, para tais pretensas doenças já existem remédios ou paliativos. Só que nos tempos atuais, a virtude sexual que também mantém a saúde sexual decaiu assustadoramente, já que alguns praticam uma homossexualidade exacerbada e enlouquecedora, regada com drogas e tudo o mais. E estes podem acabar ficando até mesmo aidético, não porque pegaram o vírus HIV que não existe, mas porque criaram em si mesmos respostas cármicas totalmente desfavoráveis e destruidoras).

3) O que há atrás da prática sexual, tão boa, tão satisfatória e que resulta na perpetuação da espécie, mas que aparentemente, quando exacerbada ou desvirtuada parece resultar em doença, ou parece dar cabida a germes patogênicos que desencadearão as doenças?
(Ora, nada mais do que a Lei do Carma que diz: o mal que para outros fizeres, para ti mesmo o estarás fazendo. Ou senão diz: O fruto da boa ou má semente que com o teu pensamento e ato plantares, tu mesmo terás que colhê-lo.
Mas fora esse carma inevitável, há uma Vida totalmente Verdadeira e Incondicionada que os mestres chamaram Nirvana, Reino de Deus, Tao, Samadhi, e que ao homem comum escapa. Para este último, de modo superposto, prevalece uma falsa vida reconstruída, da qual o homem pensante faz parte, para azar e limitação dele. Esta falsa vida cotidiana é regida pela Lei da Geração Condicionada e que alerta: Homem, homem, sabe que se Isto é em teu pensamento, aquilo aparece, acontece, se objetiva, se materializa, se concretiza, sempre que para tal executes o ato intencional e mesquinho em ti. Isto não sendo pensado aquilo não aparece, não acontece, não se objetiva porque para tal ninguém executa o ato intencional, o ato ruminado, pensado.

4) Por que o pensamento ligado à prática sexual dita pecaminosa, anormal resulta em neuroses e em psicoses ou loucuras?
Ora, porque o pensamento em todos nós se apossa do sexo e se mete a ditar normas de boa conduta, de má conduta, de virtude e de pecado etc. (tipo superego farsante).

5)Sim, mas por que esse exagero no pensar sempre resulta em doenças nervosas ou em doenças mentais?
(Ora, por que o pensamento nunca foi uma atividade mental benigna, impecável e virtuosa. Nunca foi um tertium organon que resulta em bom entendimento, bom sentir e bom agir. O pensamento em todo nós é um ladrão e salteador, é uma reverberação ou atividade mental defasada, caduca e ineficaz. Ele insiste em manter vivas e atuantes vitalidades caducas, que originariam o tempo, e rouba a Vitalidade intemporal do Saber-Sentir-Intuir-Atuar-Amar da Mente Pura. Daí porque o mundo só nós ensina o quê pensar.
Isso é muito ruim, porque viramos gramofones desafinados.
Nunca ninguém nos ensina como pensar e quando parar, para que esse péssimo pensar não resulte em doenças corporais e principalmente em psicoses {loucuras} e em neuroses.
A mente do homem não foi feita para pensar. E sim foi feita para Sentir, Saber, Intuir, Atuar, Amar, atividade existenciais e psicológicas essas que só se dão ou se cumprem Aqui e Agora, fora do tempo e nunca no tempo.
Pensamento é tempo e tempo é pensamento. O pensamento só reina feito tempo e só parece cumprir-se no tempo. A memória em nós é o ontem. A imaginação é o amanhã, e o raciocínio em nós resulta no falso hoje de 24 horas. Os três acabam constituindo nossa prisão existencial.

5) Afinal o sexo nos foi dado para botar filhos no mundo ou também está presente para obsequiar alguma outra compensação, alguma outra felicidade à raça humana, independentemente de estar gerando filhos?
Por que será que a prática sexual pode abrir as portas do paraíso e também, geralmente, abre as portas do inferno?
(Se todos nós pudéssemos praticar o sexo sagrado ou o maithuna, certamente constataríamos que o sexo também pode abrir as portas do paraíso e não somente as do inferno. Um sexo vulgar e exacerbado, não importa se hetero ou se implica qualquer outra prática sempre acaba em decadência, doenças, velhice e morte. E isso de certo morto pode ser igualado ao próprio inferno.
Tampouco acredito que um sexo bem comportado tipo papai-e-mamãe e que acabe gerando muitos filhos seja lá uma grande virtude. É só ver os dissabores que um excesso de população mundial acarreta, como modernamente falando está acontecendo.
Para melhor se informar a respeito da prática sexual correta, leiam tratados de sexologia de bons médicos e psicólogos modernos, ou senão leiam tratados de tantrismo e lá saberão o que é o maithuna ou sexo sagrado).