quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Magia e Espiritualidade – 11) Kundalini, o Fogo Interior

Embora o Budismo não fale abertamente sobre a Kundalini (Espírito Santo) ou sobre O Fogo Espiritual interior ao homem, sem qualquer dúvida o Budismo inteiro atua de modo a que essa fantástica Vitalidade ou energia interior ecloda no homem buscador e aplicado, e verdadeiramente religioso, resultando em Nirvana.
O Espírito Santo dos cristãos, por sua vez, pelo menos o ensinado por Cristo, nunca vem de fora ou desce do céu, mas já está no interior do Homem, dormido, encolhido, ou senão acordado, ativado.
Por sua vez a Vivência do Nirvana é tão-somente a Kundalini ou Espírito Santo no homem completamente desperto e ativado. Ele sobe do primeiro vórtice e vai para o sétimo vórtice (chakra), ou senão desce do sétimo e vai para o primeiro.
Estes vórtices energéticos estão situado entre o corpo denso (físico) e o corpo sutil. A anatomia científica não os detecta, mas em seu lugar captou algo aproximado, que são os plexos nervosos do sistema simpática e parasimpático.
Os chakras ou vórtices ficariam situados em termos aproximados no períneo, na raiz do sexo, na zona do baço, do estômago, do coração, da garganta, fica na fronte e no topo da cabeça.
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Sem fazer dogmas, pode-se sugerir que a Vida-Universo é exatamente a Grande Consciência, a Mente Pura ou o “Querido EU” em Manifestação.
E este “Querido EU” intemporal – (cuidado nada a ver com ego posterior, temporal e filho do pensamento)– é o próprio Prana-Shakti-Kundalini que virou Indivíduo, só que ainda totalmente livre de ego.
Quando a Grande Consciência se Manifesta e parece virar Sujeito-Objeto ainda não-dual, ela vira Prana-Shakti-Kundalini (Vitalidade da mais pura e extraordinária) e este maravilho trio vira Vida no melhor sentido da palavra.
Esta Vida Original é Primordialmente Vitalidade sensível, harmônica, livre e inteligente, e que a Sabedoria Hindu chamou de Prana-Shakti e a ciência moderna ocidental transformou em energia quantitativa, bruta, burra e torpe.
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Desse Prana-Shakti ou Vida em Manifestação surgem as formas vitais primevas, e com elas todas as fantásticas possibilidades do que vem a ser um Ser Vivo.
O Prana-Shakti é psicofísico e é mágico, porque a partir desse Espírito Santo do Grande “EU” tudo se Manifesta, nada se perde e tudo se transforma.
Todavia, a partir do plasma científico primordial, supostamente anterior ao falso Big-Bang enganador, como também a partir da energia científica primeva – ainda não transformada em energia cósmica, atômica, magnética, gravitacional, elétrica, luminosa, térmica, sonora etc. totalmente desfrutáveis, práticas mas burras e insensíveis – surgiriam as subpartículas atômicas, as partículas atômicas, os átomos em si, as moléculas, as macromoléculas, os cristais, as células, os genes, a matéria bruta, a matéria pretensamente orgânica e objetivada, os corpos do universo científico, as galáxias, as nebulosas, os sistemas solares, os corpos brutos e os corpos vivos organizados.
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Em suma, por puro acaso, surgiria tudo aquilo que a ciência descreve e assentou.
Nisso tudo só não cabe ou não apareceria a Kundalini Shakti-Prana ou o Espírito Santo no Homem Primevo, porque a ciência nunca se interessou por isso, nem quer saber de algo que não seja quantitativo e não possa ser medido e explorado.
Para certos cientistas, o eu ou ego cerebral do homem comum seria apenas um acidente ou um epifenômeno da matéria bruta e organizada. Um fruto puramente casual das atividades energético-celulares-moleculares do corpo vivo. Pois, pois.
Como logo a seguir se poderá ver, todo o esquema acima a que a ciência moderna implantou na Renascença é só pensamento, é só Avidya-Maya ou Ignorância-Aparência ou faz-de-conta.
Ou é uma tentativa de se alcançar pelo ego-intelecto-mente o que não se pode alcançar.
E se não se pode alcançar, o ego-intelecto-mente em todos nós fica forjando e extrojetando invencionices, faz-de-conta que depois chamará objetividade científica.
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Mas voltando ao que dizíamos, sem fazer dogmas nem impor coisa alguma, é bom que se saiba que a verdadeira Vida Cósmica e até mesmo Vida Indivídual está saturada de Prana-Shakti ou de Vitalidade sensível e inteligente.
O que move o Universo Verdadeiro é o Prana inteligente, e quando este Prana fica restrito a um corpo vivo – humano ou animal, tanto faz – vira Shakti.
Em tal Cosmo Autêntico, além do Prana também teríamos uma pretensa objetividade ou matéria – nunca porém a matéria científica – e que a Sabedoria Hindu chamou de Prakriti, o Budismo chamou de “Dharma” ou Presença e o Taoismo chamou de TAO objetivado (ou também presença).
A prakriti, o dharma e o Tao nunca são físicos ou só concretos e mensuráveis, como a ciência alega e ensina, mas são mágicos e psicofísicos.
Nesse caso teríamos então a subjetividade ou Shakti-Prana e a objetividade, Prakriti-Darma-Tao. Em verdade tudo isso é só Consciência-Espírito.
Como disse, no Homem Primordial – antes que o ego-pensamento se implante – o Prana cósmico vira Shakti-Kundalini.
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A Kundalini aqui ou o Espírito Santo seria a Mônada ou a Fagulha Divina do Grande Todo, da Mente Pura, da Grande Consciência, do Grande “EU”, presente no Homem Verdadeiro.
O que move e dá razão de ser e sentir ao corpo humano densificado (físico) , e inclusive permite suas manifestações vitais, orgânicas, digestivas, sexuais é a Vitalidade Shakti.
Mas o que vira sangue-alma-espírito, inteligência, Sensibilidade transcendente, paranormalidade, magia, espiritualidade pura, imortalidade é a Kundalini, o Espírito Santo ou a Fagulha Divina.
Nem todo ser com forma humana possui tal fagulha.
A shakti se distribui por todo o corpo denso.
A Kundalini, por sua vez, impregna os três corpos que o homem possui: o denso, o sutil (astral, mental etc.) e o corpo casual.
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A Kundalini também se desloca por três canalículos principais e por inúmeros canalículos menores e secundários, que a acupuntura e as terapias orientais alternativas conhecem bem. Esses canalículos lembram os vasos por onde o sangue e a linfa do corpo denso fluem.
Além de percorrer esses canalículos, a Kundalini-Espírito Santo também passa por sete vórtices ou chakras. E todos eles não se situam necessariamente no corpo físico ou denso, mas ficam na região costal, quase fora do corpo denso e quase dentro do corpo sutil.
A Kundalini-Espírito Santo flui principalmente por três canais que a sabedoria hindu chamou de “Ida, Píngala, Shushumna”. Ida é o canalículo esquerdo, onde a Kundalini parece ser fria. Píngala é canalículo direito, onde o Espírito Santo-Kundalini parece ser quente.
Por causa de um fluxo-Píngala irregular muitos homens se abrasam não só sexual, mas também fisicamente, daí pegarem fogo.
E o Shushumna é o canalículo central ou intermediário, onde Ida e Píngula se misturam num equilíbrio perfeito.Geralmente a Kundalini-Espírito Santo sobe e desce pelo três canalículos num equilíbrio perfeito.
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Quem é que não se lembra do bastão de Moisés ou do caduceu do deus grego Mercúrio carrega?, caduceu que o comércio e a medicina adotaram como símbolo.
Repetindo, os sete chakras ou vórtices grosso modo estão situados (1) um na zona perineal; (2) outro na zona do baço, aproximadamente; (3) outro na região gástrica ou estômago; (4) outro mais, na região cardíaca ou coração; (5) outro mais ainda no pescoço ou garganta; (6) o penútilmo fica na fronte ou acima da raiz do nariz, é o chakra mental; e o último ou sétimo (7) no alto da testa. Este último ou primeiro chakra propicia o Despertar completo, a Realização ou Iluminação do Homem ou o Retorno à casa do Pai.
Estes vórtices ou chakras giram de fora para dentro, ou de dentro para fora. Estão ativados ou inativos e quando funcionam incrementam a vitalidade (shakti) do corpo e até mesmo suscitam paranormalidade ou poderes mágicos.
Basta que os chakras gástricos e cardíacos, e até mesmo o da garganta, se ativem para que os poderes mágicos e paranormais do homem voltem aparecer.
Eles são completamente naturais, mas ficam inibidos, semi-inativos por causa do ego-pensamento e seu intelectualismo, com sua falsa normalidade fisiológica e pretensamente natural.
A pomba dos evangelhos é simbólica, e os fogos paranormais do Pentecostes correspondiam apenas a ativação dos chakras dos apóstolos presentes na ocasião.
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Infelizmente e de modo geral no homem comum a Kundalini-Espírito Santo só flui ou gira no baixo ventre. Ela ativa o sexo e a parte digestiva, humoral inferior.
Os chakras do estômago, coração, garganta, mente e superior ficam semi inativos, a modo de dizer.
Sem Shakti, Kundalini-Espírito Santo-Sangue não existe Vida nem corpo vivo. A célula é somente Maya ou uma distorção acrescentada.
Com o desencarne ou morte, a Shakti se retira do sangue.
Alguns chegam a dizer que com a morte o sangue-shakti total é que se retira
Os vórtices-chakras girando de fora para dentro – nem que seja só um pouco – captam a Vitalidade Cósmica ou o Prana e o permutam em Shakti-Kundalini; e virando de dentro para fora, quando acontece, irradiam espiritualidade e eflúvios extraordinários, odores etc.
Quando no buscador sincero ou no homem verdeiramente religioso, os chakras se reativam por completo, e a Kundalini-Espírito Santo sobe, atingindo o alto da cabeça ou sétimo vórtice, o homem se Realiza, se Ilumina, volta a ser a Grande Consciência da qual pareceu que se originou, volta a ser o verdadeiro EU-ELE ou Deus.
Tudo isso, minha gente, é Espírito Santo em atividade e que nem a teologia nem a ciência nunca conseguiram conhecer direito.

Magia e Espiritualismo – 10) Trechos soltos do Livro inédito, “Jesus Sem Cruz"

Amigo leitor, peço que não te escandalizes. Se o que disser te causar mal estar e indignação, por favor, não me amaldições. Simplesmente ignora o que escrevi e fica com o teu Novo Testamento canônico ou oficial e com os piedosos (mas não autênticos) ensinos da Tradição.
Se achas que eles são definitivos, válidos e verdadeiros, não dignos de críticas justas e sadias, ou de mais uma revisão, tudo bem, a opinião é tua e nada contra.
Afinal, essa tua versão já vem vingando há quase dois mil anos, e sinceramente, eu não sei se o Jesus Cristo, Vivo e Verdadeiro, esteja onde estiver, está satisfeito com as igrejas e com tal tradição.
Os frutos dessa versão canônica não foram nada bons para com a humanidade ocidental – milhões morreram por causa dela – e as colocações desses livros, se permanecerem como estão, continuarão não sendo boas.
Daí porque o cristianismo organizado está numa acelerada decadência, sem que o Cristo real tenha sido compreendido ou tenha tido qualquer culpa em tudo isso. Ou o cristianismo organizado se salva, modificando-se para uma visão mais honesta e menos primária e radical, ou ele morre e desaparece, como costuma acontecer com tudo
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Curiosidade: no livro ATOS, supostamente escrito por Lucas, – (em verdade diversos são os autores desse livro) – a propósito do apóstolo Pedro e demais discípulos, no capítulo V, versículo 37 e 38 encontramos um notável Gamaliel, aconselhando prudência, e se exprimindo assim diante do Sinédrio: "Porque antes destes dias [ou seja, "estes dias" se enquadrariam entre os anos 44 a 47 d.C], levantou-se Teudas, dizendo ser alguém; a este se ajuntou o número de uns quatrocentos homens. Teudas foi morto e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos e reduzidos a nada.
DEPOIS deste Teudas
[em verdade, muito antes deste Teudas, muito antes antes de 44 a 47 d.C., ou seja, no ano 6 d.C.], levantou-se Judas, o galileu, – ou JUDAS DE GAMALA – nos dias do alistamento, e levou muito povo após si; mas também este pereceu, e todos que lhe deram ouvidos foram dispersos."
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Ai amigo, isso evidentemente parece não dizer nada, mas diz tudo. Já verás porque.
Por outro lado, é bom que saibas que muito provavelmente – cuidado, o que digo não é dogma ou absolutismo e monopólio absoluto da Verdade – Jesus não nasceu em Belém, na Judéia, no dia 25 de dezembro.
Também não houve a fuga de Maria e José para o Egito, não houve a matança dos inocentes por parte de Herodes. Jesus e sua família não moraram em Nazaré, porque no tempo de Jesus ainda não existia tal cidade (ela só veio a ser construída muito depois de Constantino, ou seja, no VIII século d.C.). Quando se diz Jesus de Nazaré, em verdade é Jesus Nazoreu.
O Mestre Jesus teve como pai adotivo José.
E a respeito dessas sucintas informações Robert Ambelain, autor de diversos livros polêmicos sobre Cristo, em sua ousadíssima obra Jesus ou o Segredo Mortal dos Templários escreve o que segue, (do qual livro vou reproduzir alguns trechos, obviamente com o beneplácito do autor, e espero que não se ofenda por causa disso).
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Robert Ambelain diz então:
"A hipótese de que Jesus não era filho adotivo de José, e sim era filho de Judas, o Galileu, aliás Judas de Gamala ou Judas o Gaulanita, o herói judeu da revolução do Censo, do ano VI d.C. não é nova.
Tal versão já resultava incômoda nos primeiros séculos do cristianismo, e isto se observa em Lucas, o qual ao redigir o livro ATOS situa Judas depois de Teudas, outro rebelde que se sublevou entre os anos 44 e 47 de nossa era, enquanto que Judas se rebeleou no ano 6 d.C. –
[Digo eu, Lucas, mesmo que tenha existido e tenha sido um médico e possível discípulo de Paulo, com muitas probabilidades não escreveu nem o Terceiro Evangelho nem o livro ATOS. Isso não é uma imposição, mas tudo me leva a crer que assim tenha sido. Nenhum dos assim ditos quatro evangelistas escreveu nada. Outros escreveram por eles. Estes pretensos autores foram inventados no fim do I século e começo do II século d.C.].
(E Robert Ambelain diz mais): "Tal hipótese continua incomodando, já que os historiadores racionalistas que quiseram fazer de Jesus um mito solar, tomaram todo o cuidado para não citar nem Judas, o Galileu nem a cidadezinha de Gamala.
Ernest Renan, em sua VIE DE JESUS, publicada em 1863 faz uma vaga alusão a tal hipótese, mas sem levá-la a sério, porque já tinha abraçado uma posição: queria um Jesus bucólico, idílico, com o estilo proposto por Jean-Jaques Rousseau.
De fato, foi DANIEL MASSÉ quem, a partir de 1920, e ao longo de um quarto de século, em quatro obras consagradas a este tema, defendeu valentemente a citada teoria de Gamala. Infelizmente não soube fixar limites precisos no que dizia, e suas imprudentes extrapolações foram utilizadas contra ele por seus adversários.
Historiadores católicos e protestantes ignoraram de propósito Daniel Massé, e Daniel-Rops se cuida muito de citar esse autor entre aqueles que gozaram do favor de suas réplicas e comentários.
"E há ainda mais: no mapas geográficos que às vezes acompanham os trabalhos dos historiadores católicos e protestantes, há diversas localidades situadas à beira do lago Genezaré e todas elas são mencionadas, como Cafarnaúm, Tiberíades, Magdala, Tariquea, Hippos, Kursi, Betsaída,
mas Gamala não aparece.
"A partir dos trabalhos de Daniel Massé, ficamos sabendo da existência de Gamala, a cidade zelota, "a cidade dos puros", o ninho da águia, desde onde um dia desceu Judas, o Gaulanita, o verdadeiro nazoreu ou "nazaret", graças ao qual (e da Myriam também) nasceu Jesus-bar-Juda ou o verdadeiro Jesus. Com ele nasceu o irmão gêmeo Tomé, Dídimo.
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Gamala desapareceu dos mapas geográficos
[e como cidade também desapareceu do local físico onde se encontrava, e isso já na Guerra dos Judeus entre os anos 68-70 d.C]. Para localizar Gamala é preciso consultar os mapas anteriores ou mapas antiqüíssimos
[Atenção, digo eu, sem usar o nome Gamala, o Terceiro Evangelho atribuido a Lucas sugere tal povoação, quando determinados judeus de determinada sinagoga, por indignação e depois de Jesus fazer um discurso, pretendem precipitar Jesus desde o alto de um monte, onde estava situada a cidade deles, que é exatamente Gamala.
Ver Lucas.IV-29 e 30 A atual cidade de Nazaré, construída muitos séculos depois, fica numa planície. Gamala ficava num monte].
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"Portanto, eu, Robert Ambelain, autor deste trabalho [ou destas linhas], não pretendo apresentar uma hipótese nova e original – [nem eu, E.Bono] – posto que os exegetas austriacos e alemães da metade do século XIX não ignoravam a existência de Judas e da cidade de Gamala.
O único mérito de tal hipótese reside no fato de ter trazido à tona ou ter descoberto a prova dessa identidade de Jesus com Judas de Gamala.
Mas Jesus mesmo assim, posteriormente foi chamado o Nazareno, – [próprio de uma Nazaré que em seu tempo ainda não existia] – quando em verdade Jesus foi um galileu nascido ou em Séforis, cidade de Maria ou em Gamala cidade do pai, verdadeiro. Jesus foi, pois, filho de Judas, o Galileu.
Ao longo de sua vida, Jesus pode ter sido chamado “Nazoreu”, não porque fosse de Nazaré, mas porque sem ter feito votos, Jesus se igualava aos tais “nazoreus” da religião judaica.
Esta prova de que Jesus é filho de Judas de Gamala é muito simples: é constituída por um mero silogismo. Somente que foi preciso reunir e ordenar suas premissas. Sobre isso versará a minha obra,
Jesus ou o Segredo dos Templários.
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Robert Ambelain ainda diz: "Saibam que se entre os anos 40 e 50 o judaísmo religião condenava os discípulos de um certo Jesus, e que teria sido crucificado –
[em verdade, conforme minha (E.B) versão Jesus foi lapidado e não crucificado] – no ano 34, ou seja pouco anos antes de ditas sanções contra os cristãos.
Então seria muito difícil admitir que esse Jesus não tivesse existido. Jesus nasceu então em 5 ou 4 a.C., – ou então até mesmo nasceu em 16 ou 17 anos antes de nossa era, conforme Irineu, ouvinte de São Policarpo – no tempo de Herodes o Grande, e morreu em 34 d.C., tendo ele vivido 38 ou 49 anos.
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Autenticidade absoluta das Escrituras Sagrada: E a propósito de Bíblia – Antigo e Novo Testamento – quase todo crente de qualquer igreja cristã – e sinagoga judaica, inclusive – quando se mete a ler e ouvir as palavras das obras ditas sagradas, algum falso santarrão com certa antecedência sempre o convence de que ele está lidando com livros que o próprio Deus em pessoa ditou a determinados eleitos antigos, a profetas e evangelistas, e que isso se constitui numa Revelação.
E que o material que esse leitor tem na mão agora é uma cópia legítima da primeira edição de Deus, o Grande Editor.
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Digamos, raramente alguém informa a um crente desse tipo que entre os anos 30 a 34 de nossa era – tempo em que Jesus viveu e pregou, cujas palavras devem ter sido registradas em manuscritos originais – e a edição definitiva de tais registros na forma de proto-evangelhos, evangelhos ou epístolas se passaram mais de quinhentos anos de adulterações, acomodações e manipulações.
Não bastasse isso, os "piedosos cristãos" adulteraram inclusive textos históricos de escritores não cristãos famosos, levando-os a falar absurdos e invencionices a respeito de Cristo e cristianismo.
Além do mais, como se já não bastassem os evangelhos manipulados, foram forjados inúmeros escritos apócrifos (escritos falsos, imitações) , como se os textos oficiais fossem menos apócrifos do que esses. (Só que o Apócrifo de Tomé, por exemplo, não tem nada de apócrifo). E foi dessa maneira que a detestável martirologia cristã se fundamentou e foi exaltada.
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E a respeito do Concílio de Trento, Robert Ambelain conta o que segue:
"No oitavo dia de abril do ano de graças de 1546, em sua quarta sessão, os Padres do Concílio de Trento promulgaram o seguinte decreto:
"O Santo Concílio de Trento, ecumênico e geral, legitimamente reunido no Espírito Santo... declara:...
"Receber todos os Livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento, porque o próprio Deus é seu autor, tanto de um como do outro, bem como as tradições que contemplam a fé e os costumes, como ditados pela própria boca de Jesus Cristo, ou pelo Espírito Santo, e conservaoas na Igreja católica por uma sucessão contínua, abraçando tudo isso com um mesmo sentimento de respeito e piedade.
"E a este propósito, julgou bom que o Catálogo dos Livros Sagrados estivesse anexo ao presente decreto, a fim de que ninguém possa duvidar sobre quais são os livros que o Concílio recebe. Eis-lo aqui enumerados: (e segue então a enumeração dos livros do Antigo e Novo Testamento, ou seja lista clássica).
"Todo aquele que não receber como sagrados e canônicos esses livros por inteiro, com todas as suas partes, tal como se costuma lê-los na Igreja católico, e tal como estão na antiga Vulgata Latina, ou ainda que despreze com propósito deliberado as citadas tradições, ficará excomungado!
[Digo eu (EB), mas que prepotência extremada e intolerância inaudita, própria de um Judaismo-Cristianismo organizado. Em quatrocentos anos (1546-1946), milhões de crimes e assassinatos foram cometidos em nome dessa prepotência e intolerância!]."
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Digo mais, foi por causa de Concílios radicais e intolerantes como esse que a época de glória da Igreja começou a declinar e o Protestantismo se levantou, se bem que este apareceu antes. Foi por causa de Concílios como esse que a assassina Sagrada Inquisição se incrementeu como nunca, e as guerras santas também, levando à morte milhares ou milhões de pessoas, principalmente os nativos das Américas.
A Renascença apareceu e com ela tal Concílio, mas mesmo assim, a Renascença foi eliminando as barreiras e achaques dos escolásticos da Idade Média.
Os déspostas esclarecidos e os lógicos-racionais foram aparecendo como uma avalanche por todas as partes, e com eles suas críticas e rebeliões contra a Igreja.
Depois surgiu o materialismo da ciência moderna, tão fanático e torpe quanto os dogmas da Igreja, porque calcado numa lógica-razão enganadora, que começou com a lógica de Aristóteles e atingiu o ápice com Tomás de Aquino e Descartes.
Surgiram também os críticos da Bíblia ou exegetas modernos que nenhum catolicismo, protestantismo, judaismo mais conseguiu segurar. Aí então todas as tolices assentadas no Concílio de Trento acabaram sendo suplantadas e anuladas uma por uma.
A famosa Bíblia – muito amiúde obra de religiosos mal intencionados, anteriores e posteriores a Cristo – acabou revelando o seu lado negativo, totalmente forjado e enganador, e inclusive o seu lado positivo, válido, divino, inspirado-intuído e honesto.
Por causa dos exegetas, as igrejas correram afoitas e tentaram impedir que se formassem novos exegetas independentes, com visão e opinião próprias.
E assim então os velhos eclesiásticos e teólogos com seus seminários e escolas passaram a formar e liberar um exército de pseudo exegetas, condicionados que, ao invés de trazer luz, para o entendimento do Cristianismo – velho dilema religioso do Ocidente – simplesmente aumentaram as barreiras e confusões, chegando a casar inclusive sua religião eclesiástica com a ciência materialista, e fazendo com que ninguém mais entendesse nada.
E a propósito do que digo, finalmente, quem são eses que manipulam os Papiros de Qumran? Onde está a Luz da decifração desses antigos documentos encontrados nas cavernas de Qumran da Transjordânia? Por que o crente cristão não pode saber nada do conteúdo dos manuscritos?
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Mas voltando ao tema das manipulações e distorções dos livros históricos da antiguidade e de autores não cristãos, Flavio Josefo, por exemplo, escreveu seus livros no primeiro e segundo séculos de nossa era. Entretanto, as cópias dos manuscritos mais antigos e adulterados que desse escritor judeu-romano até nos chegaram são dos séculos IX e XII.
E unicamente a segunda cópia (a do século XII d.C.) apresenta a famosa passagem que de certo modo fala sobre Jesus.
E a propósito dela, todos os exegetas ou estudiosos sérios, católicos e protestantes, reconhecem essa passagem como uma torpe interpolação dos "piedosos cristãos" dos primórdios do cristianismo.
De sua parte, o texto eslavo da Guerra dos Judeus de Flávio Josefo é diferente do texto grego, e as interpolações também são diferentes.
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O historiador romano Tácito escreveu suas obras também nos primórdios de nossa era. E as cópias mais atuais dos seus manuscritos ou de seu trabalho (e que são os livros “Histórias” e “Anais”) são dos séculos IX e XI d.C. Diz Robert Ambelain:
"E em tais cópias de manuscritos falta exatamente tudo aquilo que diz respeito aos anos cruciais do cristianismo nascente, todo aquele período que vai do ano 28 ao ano 34. E no caso dele, mais uma vez abundam as interpolações e censuras gratuitas, às vezes de um modo tão torpe que um leitor perspicaz, sem nenhuma preparação prévia, pode brincar de exegeta, e descobrir tais distorções por conta própria.”
Isso informa Robert Ambelain... Mas mesmo assim, alguns tolos] ficam cantando os louvores para os monjes copistas, esses bons e excelentes padres que, nos mosteiros da Idade Média "recolheram" e copiaram os manuscritos dos autores gregos e latinos. [Só que esses tolos não nos informam o que o Vaticano e] tais monges fizeram com os manuscritos primitivos e originais desses escritores gregos e latinos e principalmente com os registro do próprio cristianismo primitivo que depois se organizou".
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Sem querer e ingenuamente, Daniel Rops nos proporciona a chave desses mistérios. Em seu livro Jesus en son temps, declara: "Leve-se em consideração esta data: SÉCULO IV. Ou seja, o começo dos textos do Novo Testamento de modo geral datam do período que vai de 50 a 100 d.C. Portanto entre 50 e 100 se intercalam pelo menos três séculos entre a sua redação inicial e os primeiros manuscritos completos que passamos a possuir. E isso não é exagero, não."
[Digo eu,EB, em verdade os "piedosos cristãos" pararam de manipular e adaptar os livros sagrados do Cristianismo no quinto ou sexto século d.C., ou na época do Imperador Justiniano, em que alguns cristãos honestos e escrupulosos daquele tempo disseram: Agora chega, os livros sagrados não se tocam mais!]
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Robert Ambelain ainda acrescenta:
"É perfeitamente evidente que os autores pagãos antigos que viveram antes de Jesus, e que portanto o ignoraram, ou que simplesmente compuseram obras de teatro, não foram distorcidos, censurados ou interpolados pelos hipócritas avaliadores cristãos.
O mesmo, porém, não aconteceu com historiadores tipo Flávio Josefo, Tácito e Suetônio.
[Digo eu, EB, os acréscimos cristãos incluídos nos livros de Suetônio {A Vida dos Doze Césares} chegam a ser torpes e ridículos. Ver Vida dos Doze Césares].
E debaixo desse critério, nem mesmo um cronista satírico como o romano Petrônio escapou do zelo exagerado dos monges copistas.
Tanto é verdade que as cópias de seu célebre Satiricon, que até os dias de hoje chegaram, das 3.000 páginas que a obra antiga e original possuia só sobraram mais ou menos 250 páginas. É portanto certo que esse
levantamente da Dolce Vita do reinado do imperador Nero não era somente aquilo que o livro remanscente hoje parece contar.
Lamentavelmente Petrônio foi censurado e podado sem piedade pelos cristãos puritanos de antigamente. O mesmo aconteceu com Tácito, de cujo livros Histórias e Anais foram eliminados todos aqueles capítulos que tratavam sobre os acontecimentos da Palestina daquela mesmo tempo, ou seja de 28 a 40 d.C.
"E no que diz respeito à autenticidade absoluta dos Evangelhos canônicos, eu, R.Ambelain., me limitarei a citar as palavras do abade Bergier em seu Dictionnaire de Théologie: --- “Os homens verdadeiramente sábios, e sobretudo sinceros, em matéria de exegese [estudos e revisão de livros religiosos], reconhecem que o texto do Novo Testamento só ficou pronto no século VI, época do imperador Justiniano."
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A Paternalidade de Jesus: o Primeiro e Terceiro Evangelhos Canônicos, a propósito de José, pressuposto pai de Jesus, nos fornecem genealogias completamente diferentes.
A do Primeiro Evangelho (Mateus.I-1 a 16) em nada se assemelha ao do Terceiro, (Lucas.III-23 a 28). E o que mais surpreende nos dois livros, é que o pai, o avô, o bisavô e o tataravô de José não são os mesmos, quando estes quatro ascendentes de José são exatamente aqueles em que se deve cometer menos erros do que nos demais ascendentes, poucos conhecidos por serem mais antigos.
E o mais curioso, é que os fazedores de evangelhos fazem de José um descendente do quarto filho de Davi, fruto de um casamento adúltero (Davi e Betsabé), e isso para justificar o pretenso messianato de José que passou para Jesus, e que finalmente não tinha como ser válido, primeiro porque, conforme os evangelistas, Jesus não era filho carnal de Jose e sim do Espírito Santo. Segundo porque a pretensa descendência messiânica só cabia ao primeiro filho de Davi e sua descendência e não ao quarto filho de Davi, a partir do qual José supostamente descendia.
E a respeito de Maria, a mãe de Jesus, nenhuma genealogia é apresentada nos Evangelhos.
O Terceiro Evangelho, apresenta Maria, a eventual esposa de José grávida de Jesus no ano 6 d.C., graças ao Espírito Santo, e isso exatamente quando Judas de Gamala (com toda a probabilidade o verdadeiro genitor,juntamente com Myriam) deflagra a sua guerra do Censo, na Galiléia contra Herodes Antipas.
Judas de Gamala sim era descendente do primeiro filho de Davi.
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E Myriam ou Maria também era da descendência de Davi. Judas tentou reinvindicar o messianato e entre outras coisas fez uma guerra contra Herodes Antipas.
Jesus, seu primeiro filho Jesus era herdeiro desse messianato.
Aqui de acordo com o Judaismo, Jesus e seu irmão gêmeo, Tomé Dídimo – (Tomé = Touma {Touma em hebraico = gêmeo} e {em grego} Dídimo = gêmeo.
Em suma Tomé, o gêmeo do gemêo ou também o irmão gêmeo de Jesus) – de acordo com o judaismo já eram maiores de idade ou tinham mais de 13 anos.
Além desse Touma ou Tomé, Jesus teve outros irmãos, conforme os próprios evangelhos relatam. Exemplo: Tiago, Simão (Petra), Judas, José, João etc. E quando os Evangelhos falam de irmão de Jesus eles são irmãos mesmo e não primos ou irmãos de fé.
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Em verdade, todas essas estórias sobre José e Maria são pura lenda piedosa e poesia, ligadas ao nascimento de Jesus. De qualquer maneira, existem mais provas históricas de que existiu um Judas de Gamala do que tenha existido um José.
Dizem que José foi carpinteiro e que Jesus era filho de um carpinteiro. Na Nazaré posteriormente construída para provar que a família de Jesus ai morava, existe inclusive um local onde dizem que José tinha a sua carpintaria, na qual o jovem Jesus teria trabalhado também. Pois sim.Pois não....
Sucede, porém, que carpineiro na língua hebraica tem duas traduções. Se se transcreve heth-resh-shin (heresh), a palavra carpinteiro ou marcineiro aí também significa encantador, mago, habil em magia, o artesão insigne, o encantador habil.
E quem tinha essas possibilidades era exatamente o essênio-zelota Judas de Gamala, qualidades e possibilidades essas que foram todas elas transferidas ao filho primogênito Jesus, e que nasceu antes de Tomé Dídimo.
O pretenso anjo ou arcanjo da anunciação ou Gabriel, e José inclusive, finalmente parecem não ter desempenhado nenhum papel na concepção e nascimento de Jesus.
Todavia, Judas de Gamala, o plausivelmente verdadeiro primeiro esposo de Maria, também conhecido como Judas o Galileu, naquela mesma data de 6 d.C. e com justiça, se converteria num gabriel ou num herói de Deus [em hebraico, gabriel], porquanto se transformou no herói da revolução do Censo.
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Quanto ao nascimento de Jesus é importante salientar que conforme o Primeiro Evangelho Jesus teria nascido em Belém de Judá nos dias do Rei Herodes (Mateus.II-1). Como Herodes morreu no ano 4 a.C., Jesus deve ter nascido, no mínimo, no ano 5.a.C.
Conforme Lucas ou Terceiro Evangelho Jesus nasceu no sexto ano de nossa era ou no ano 6 d.C. no tempo do Censo, o qual Censo é um fato histórico incontestável.
Portanto, nesta última data, ou Jesus mal havia nascido em Belém – (quando em verdade nunca nasceu em Belém, mas o fizeram nascer, a modo de dizer, para que se cumprisse o que estava pretensamente escrito, e também para que se enquadrasse na descendencia de Davi, com aquela história de Jose e Maria, estábulo, pastores, reis magos) – ou Jesus já tinha onze anos. (5 antes nossa era, mais 6 após, igual a onze
Na verdade e a meu entender Jesus já tinha entre 17 e 20 anos, porque havia nascido entre o ano 14 e 17 antes de nossa era. Ver logo a seguir).
Quem confirma a data do Censo em 6 d.C., (mas não o nascimento de Jesus) é o próprio historiador Flávio Josefo mais os documentos romanos.
Mas apesar de nos evangelhos aparecerem duas datas, uma de Mateus e outra de Lucas, para o nascimento de Jesus, ainda existe uma terceira.
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E a propósito disso, escreve Robert Ambelain: "A terceira data nos é fornecida por São Irineu. Este em sua juventude era um Auditor ou ouvinte de São Policarpo,um dos quatro padres apostólicos que teriam conhecido os apóstolos diretamente.
Pois bem, São Irineu e São Policarpo sustentam que Jesus "tinha quase cinquenta anos quando ainda pregava ou ensinava. E São Irineu alega também que "Jesus morreu com uma idade que tocava beira dos cinqüenta anos, ou seja, quase à sombra da velhice..."

[Curiosamente, o Quarto Evangelho atribuído a João também coloca na boca de certos judeus irritados com Jesus, a seguinte exclamação: "Mas como, tu [Jesus} ainda não tens cinquenta anos e já viste Abraão!? [Ver João.VIII-58..." Se Jesus nessa ocasião tivesse tido apenas 32 ou 33 anos com diz a tradição, os judeus teriam dito: (Mas como, ainda não tens quarenta e já viste Abraão?). Não somente São Irineu e São Policarpo sustentam que Jesus tinha quase 50 anos, quando ainda pregava, como inclusive os "Antigos", os primeiros presbíteros diziam o mesmo, presbíteros esses que surgiram de entre os famosos setenta discípulos (Lucas.X-1 e X-17).
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"Como Jesus foi crucificado [ou foi apedrejado, lapidado, e depois dependurado num madeiro, digo eu] no ano 33 ou 34 de nossa era, ao de fato nascer 17 ou 16, ou também 17 ou 14 anos antes da era cristã, Jesus então morreu com 49 ou 50 anos.
E na época do censo, ou seja em 6 d.C., o jovem Jesus já entre 18 a 20 anos, no mínimo, e não mais só 11 anos (Mateus), ou ainda somente alguns dias como alega o pretenso Lucas.
[Eu, pessoalmente, acho que Jesus, na época do censo e no tempo da revolução que o pai dele desencadeou tinha entre 18 a 20 anos]. Com estas informações, já estamos outra vez longe [das pretensas verdades de] Mateus e Lucas. De qualquer maneira, outros detalhes me (R.Ambelain) permitem pensar que é São Irineu quem está com a razão ou revela a verdade, sem que ele tenha levado em conta a importância de sua revelação. Por isso, vamos conservar a data dos 17 ou 16 anos antes de nossa era [ou também 17 ou 14 anos] como o ano do nascimento de Jesus. E naturalmente não em Belém."
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25 de dezembro mesmo? Ai amigos, o dia exato do nascimento de Jesus é uma verdadeira fábula. Primeiro temos um pretenso São Cipriano que calculou à moda dele que o mundo foi criado no dia 25 de março, e que, portanto, muito tempo depois, num 28 de março teria nascido Jesus.
Um tal de Hipólito, inventou que Jesus nasceu primeiro em 2 de abril, mas depois se corrigiu e a data do nascimento passou para 2 de janeiro.
Clemente de Alexandria, mestre cristão da antiguidade, ridiculariza aqueles que buscam, não somente o ano, como inclusive o dia do nascimento de Jesus. E se pergunta: de que valem certos cálculos que desembocam ou em 19 de abril ou ainda em 20 de maio?...
Os cristãos ortodoxos da Rússia comemoram o natal no dia 6 de janeiro e os europeus do Ocidente nessa mesma data comemoram o dia dos reis magos
E Robert Ambelain complementa: "Mas seja o que for, durante aproximadamente quatro séculos, viu-se as datas se sucederem do 25 de dezembro, para o 6 de janeiro para o 28 de março, 19 de abril e 20 de maio.
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E finalmente, no século IV, a Igreja cristã implantada por Constantino deu-se conta da imensa popularidade do culto do Deus Mithra, o Sol Invictus – [a partir do qual, o cristianismo organizado copiou inúmeros rituai e até mesmo a eucaristia] – e julgou bem fácil apropriar-se desta popularidade. Com isso passou a misturar a pressuposta data do nascimento de Jesus [25/12] com o nascimento da Luz Nova, e que novamente surgia ou brotava com a passagem do Sol sobre a eclíptica.
Tanto para os mitraístas como para os cristãos era válida a velha fórmula litúrgica procedente dos recantos mais recôndidos do Irã, ou seja: Sol novus oritur...Um novo sol acaba de nascer. Foi assim então que ficou fixada de modo irrevogável a data 25 de dezembro, para o nascimento de Jesus, data até então flutuante e sem bases históricas válidas. Esta data foi perpetuada com um novo nome, o dia do nascimento do Salvador, do Redentor. Com este novo 25 de dezembro a igreja tentou fazer prevalecer o dia do nascimento do menino Jesus e conseguiu apagar a festa pagã do Sol Invictus, de antiqüíssima memória."
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A matança dos inocentes: Quanto à pretensa matança dos inocentes por parte de Herodes, o Grande, o pressuposto Mateus (ou meros escribas cristãos) inventa estórias, para que se cumprisse o que estava escrito. Mas em verdade, o profeta Jeremias não faz nenhuma profecia da matança de crianças, e sim apenas fala de deportação dos judeus para a Babilônia.
Miquéias tampouco profetiza coisa alguma sobre a matança dos recém nascidos de Belém e outras partes , mas sim só fala de deportação para a Assírio-Babilônia.
O escritor e historiador Flávio Josefo, de sua parte, que conhecia muito bem a vida de Herodes, o Grande, nada conta sobre esse hipotético morticínio.
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Resumo sobre a vida de Jesus:
Judas de Gamala, essênio-zelota, queria que Jesus fosse herdeiro de seu messianato, e para tal colocou a criança na comunidade dos essênios para que fosse ensinada no judaismo.
Aqui Jesus criança e adolescente aprendeu o antigo testamento de cor. (Torá e Profetas)
O jovem Jesus atingiu a idade de 18 anos, o pai mandou que saísse Galiléia e Judéia à fora para pregar e efetuar certos milagres ou curas que os essênios lhe haviam ensinado.
Ordenou também que Jesus marchasse sobre Jesuralém aos 18 ou 20 anos de idade para reinvindicar o título de Messias dos Sacerdotes de Jerusalém e aí fosse ungido.
Marchou, pois, para Jerusalém com essa idade e não com 33 anos.
E foi recebido com glórias principalmente pelos jovens que para ele disseram “Hosana para o messias que vem em nome do Senhor!”
Nesse interim, Judas de Gamala, pai de Jesus declara guerra contra Herodes e é derrotado e morto.
Herodes manda então emissários para Jerusalém para que prendam o herdeiro de Judas de Gamala, o jovem Jesus no caso. Não havia muitos romanos nem em Jerusalém nem na Galiléia. Haviam sido transferidos para a Síria para sufocar um levante.
Antes que viesse a ser preso, o jovem Jesus é avisado pelos fariseus para que fuja de Jerusalém. E ele foge e se despede de Jerusalem chorando.
Vai para os lados de Tiro e Sidon e daqui parte para o Egito, onde se esconde junto aos Terapeutas, uma espécie de filial dos Essênios da Palestina.
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Nesse retiro fica 24 a 25 anos. E só volta para a Judéia com 45 anos de idade. Graças aos terapeutas e graças a Filon de Alexandria, Jesus deixa de ser o judeu extremado que era e inclusive abdica do messianato porque se dá conta da sujeira política que havia atrás desse título.
Transforma-se num verdadeiro Mestre, num Iluminado graças a um Judaismo e Universalismo superior, que tantos os terapeutas como Filon de Alexandria e outros sábios mais lhe haviam ensinado.
Suspeito que inclusive praticou a Alquimia onde se transmutou de mortal comum para Filho do Homem, Ser Superior.
Voltou para a Judeia com o propósito de atualizar a Lei e até mesmo reformá-la, tentando dar a entender aos judeus o que Moisés e Profetas haviam de fato ensinado.
Por ter falado mal da Lei, em certos momentos, e por ter abdicado de seu messianato, certos judeus (sacerdotes, saduceus, zelotas, mestres da Lei) passaram a odiá-lo e a repudiá-lo ate que conseguiram prendê-lo no jardim do horto e matá-lo a pedrada.
Seu cadáver foi dependurado despido num madeiro com o rosto voltado para o templo.
Com isso, Jesus foi enquadrado na dupla maldição da Lei. Só que com sua Iluminação precedente, ele havia escapado do desencarne brutal e definitivo E ressuscita, digamos, como inclusive conseguiu aparecer para alguns, rompendo com a maldição dos judeus. Esse madeiro foi depois transformado em cruz com todas as suas demais mentiras a fundamentar a martirologia.