quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Magia e Espiritualidade – 11) Kundalini, o Fogo Interior

Embora o Budismo não fale abertamente sobre a Kundalini (Espírito Santo) ou sobre O Fogo Espiritual interior ao homem, sem qualquer dúvida o Budismo inteiro atua de modo a que essa fantástica Vitalidade ou energia interior ecloda no homem buscador e aplicado, e verdadeiramente religioso, resultando em Nirvana.
O Espírito Santo dos cristãos, por sua vez, pelo menos o ensinado por Cristo, nunca vem de fora ou desce do céu, mas já está no interior do Homem, dormido, encolhido, ou senão acordado, ativado.
Por sua vez a Vivência do Nirvana é tão-somente a Kundalini ou Espírito Santo no homem completamente desperto e ativado. Ele sobe do primeiro vórtice e vai para o sétimo vórtice (chakra), ou senão desce do sétimo e vai para o primeiro.
Estes vórtices energéticos estão situado entre o corpo denso (físico) e o corpo sutil. A anatomia científica não os detecta, mas em seu lugar captou algo aproximado, que são os plexos nervosos do sistema simpática e parasimpático.
Os chakras ou vórtices ficariam situados em termos aproximados no períneo, na raiz do sexo, na zona do baço, do estômago, do coração, da garganta, fica na fronte e no topo da cabeça.
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Sem fazer dogmas, pode-se sugerir que a Vida-Universo é exatamente a Grande Consciência, a Mente Pura ou o “Querido EU” em Manifestação.
E este “Querido EU” intemporal – (cuidado nada a ver com ego posterior, temporal e filho do pensamento)– é o próprio Prana-Shakti-Kundalini que virou Indivíduo, só que ainda totalmente livre de ego.
Quando a Grande Consciência se Manifesta e parece virar Sujeito-Objeto ainda não-dual, ela vira Prana-Shakti-Kundalini (Vitalidade da mais pura e extraordinária) e este maravilho trio vira Vida no melhor sentido da palavra.
Esta Vida Original é Primordialmente Vitalidade sensível, harmônica, livre e inteligente, e que a Sabedoria Hindu chamou de Prana-Shakti e a ciência moderna ocidental transformou em energia quantitativa, bruta, burra e torpe.
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Desse Prana-Shakti ou Vida em Manifestação surgem as formas vitais primevas, e com elas todas as fantásticas possibilidades do que vem a ser um Ser Vivo.
O Prana-Shakti é psicofísico e é mágico, porque a partir desse Espírito Santo do Grande “EU” tudo se Manifesta, nada se perde e tudo se transforma.
Todavia, a partir do plasma científico primordial, supostamente anterior ao falso Big-Bang enganador, como também a partir da energia científica primeva – ainda não transformada em energia cósmica, atômica, magnética, gravitacional, elétrica, luminosa, térmica, sonora etc. totalmente desfrutáveis, práticas mas burras e insensíveis – surgiriam as subpartículas atômicas, as partículas atômicas, os átomos em si, as moléculas, as macromoléculas, os cristais, as células, os genes, a matéria bruta, a matéria pretensamente orgânica e objetivada, os corpos do universo científico, as galáxias, as nebulosas, os sistemas solares, os corpos brutos e os corpos vivos organizados.
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Em suma, por puro acaso, surgiria tudo aquilo que a ciência descreve e assentou.
Nisso tudo só não cabe ou não apareceria a Kundalini Shakti-Prana ou o Espírito Santo no Homem Primevo, porque a ciência nunca se interessou por isso, nem quer saber de algo que não seja quantitativo e não possa ser medido e explorado.
Para certos cientistas, o eu ou ego cerebral do homem comum seria apenas um acidente ou um epifenômeno da matéria bruta e organizada. Um fruto puramente casual das atividades energético-celulares-moleculares do corpo vivo. Pois, pois.
Como logo a seguir se poderá ver, todo o esquema acima a que a ciência moderna implantou na Renascença é só pensamento, é só Avidya-Maya ou Ignorância-Aparência ou faz-de-conta.
Ou é uma tentativa de se alcançar pelo ego-intelecto-mente o que não se pode alcançar.
E se não se pode alcançar, o ego-intelecto-mente em todos nós fica forjando e extrojetando invencionices, faz-de-conta que depois chamará objetividade científica.
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Mas voltando ao que dizíamos, sem fazer dogmas nem impor coisa alguma, é bom que se saiba que a verdadeira Vida Cósmica e até mesmo Vida Indivídual está saturada de Prana-Shakti ou de Vitalidade sensível e inteligente.
O que move o Universo Verdadeiro é o Prana inteligente, e quando este Prana fica restrito a um corpo vivo – humano ou animal, tanto faz – vira Shakti.
Em tal Cosmo Autêntico, além do Prana também teríamos uma pretensa objetividade ou matéria – nunca porém a matéria científica – e que a Sabedoria Hindu chamou de Prakriti, o Budismo chamou de “Dharma” ou Presença e o Taoismo chamou de TAO objetivado (ou também presença).
A prakriti, o dharma e o Tao nunca são físicos ou só concretos e mensuráveis, como a ciência alega e ensina, mas são mágicos e psicofísicos.
Nesse caso teríamos então a subjetividade ou Shakti-Prana e a objetividade, Prakriti-Darma-Tao. Em verdade tudo isso é só Consciência-Espírito.
Como disse, no Homem Primordial – antes que o ego-pensamento se implante – o Prana cósmico vira Shakti-Kundalini.
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A Kundalini aqui ou o Espírito Santo seria a Mônada ou a Fagulha Divina do Grande Todo, da Mente Pura, da Grande Consciência, do Grande “EU”, presente no Homem Verdadeiro.
O que move e dá razão de ser e sentir ao corpo humano densificado (físico) , e inclusive permite suas manifestações vitais, orgânicas, digestivas, sexuais é a Vitalidade Shakti.
Mas o que vira sangue-alma-espírito, inteligência, Sensibilidade transcendente, paranormalidade, magia, espiritualidade pura, imortalidade é a Kundalini, o Espírito Santo ou a Fagulha Divina.
Nem todo ser com forma humana possui tal fagulha.
A shakti se distribui por todo o corpo denso.
A Kundalini, por sua vez, impregna os três corpos que o homem possui: o denso, o sutil (astral, mental etc.) e o corpo casual.
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A Kundalini também se desloca por três canalículos principais e por inúmeros canalículos menores e secundários, que a acupuntura e as terapias orientais alternativas conhecem bem. Esses canalículos lembram os vasos por onde o sangue e a linfa do corpo denso fluem.
Além de percorrer esses canalículos, a Kundalini-Espírito Santo também passa por sete vórtices ou chakras. E todos eles não se situam necessariamente no corpo físico ou denso, mas ficam na região costal, quase fora do corpo denso e quase dentro do corpo sutil.
A Kundalini-Espírito Santo flui principalmente por três canais que a sabedoria hindu chamou de “Ida, Píngala, Shushumna”. Ida é o canalículo esquerdo, onde a Kundalini parece ser fria. Píngala é canalículo direito, onde o Espírito Santo-Kundalini parece ser quente.
Por causa de um fluxo-Píngala irregular muitos homens se abrasam não só sexual, mas também fisicamente, daí pegarem fogo.
E o Shushumna é o canalículo central ou intermediário, onde Ida e Píngula se misturam num equilíbrio perfeito.Geralmente a Kundalini-Espírito Santo sobe e desce pelo três canalículos num equilíbrio perfeito.
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Quem é que não se lembra do bastão de Moisés ou do caduceu do deus grego Mercúrio carrega?, caduceu que o comércio e a medicina adotaram como símbolo.
Repetindo, os sete chakras ou vórtices grosso modo estão situados (1) um na zona perineal; (2) outro na zona do baço, aproximadamente; (3) outro na região gástrica ou estômago; (4) outro mais, na região cardíaca ou coração; (5) outro mais ainda no pescoço ou garganta; (6) o penútilmo fica na fronte ou acima da raiz do nariz, é o chakra mental; e o último ou sétimo (7) no alto da testa. Este último ou primeiro chakra propicia o Despertar completo, a Realização ou Iluminação do Homem ou o Retorno à casa do Pai.
Estes vórtices ou chakras giram de fora para dentro, ou de dentro para fora. Estão ativados ou inativos e quando funcionam incrementam a vitalidade (shakti) do corpo e até mesmo suscitam paranormalidade ou poderes mágicos.
Basta que os chakras gástricos e cardíacos, e até mesmo o da garganta, se ativem para que os poderes mágicos e paranormais do homem voltem aparecer.
Eles são completamente naturais, mas ficam inibidos, semi-inativos por causa do ego-pensamento e seu intelectualismo, com sua falsa normalidade fisiológica e pretensamente natural.
A pomba dos evangelhos é simbólica, e os fogos paranormais do Pentecostes correspondiam apenas a ativação dos chakras dos apóstolos presentes na ocasião.
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Infelizmente e de modo geral no homem comum a Kundalini-Espírito Santo só flui ou gira no baixo ventre. Ela ativa o sexo e a parte digestiva, humoral inferior.
Os chakras do estômago, coração, garganta, mente e superior ficam semi inativos, a modo de dizer.
Sem Shakti, Kundalini-Espírito Santo-Sangue não existe Vida nem corpo vivo. A célula é somente Maya ou uma distorção acrescentada.
Com o desencarne ou morte, a Shakti se retira do sangue.
Alguns chegam a dizer que com a morte o sangue-shakti total é que se retira
Os vórtices-chakras girando de fora para dentro – nem que seja só um pouco – captam a Vitalidade Cósmica ou o Prana e o permutam em Shakti-Kundalini; e virando de dentro para fora, quando acontece, irradiam espiritualidade e eflúvios extraordinários, odores etc.
Quando no buscador sincero ou no homem verdeiramente religioso, os chakras se reativam por completo, e a Kundalini-Espírito Santo sobe, atingindo o alto da cabeça ou sétimo vórtice, o homem se Realiza, se Ilumina, volta a ser a Grande Consciência da qual pareceu que se originou, volta a ser o verdadeiro EU-ELE ou Deus.
Tudo isso, minha gente, é Espírito Santo em atividade e que nem a teologia nem a ciência nunca conseguiram conhecer direito.

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