sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ciência – 1) Será que o Divórcio entre Igrejas e Ciência Acabou?

Nos tempos atuais, todos se perguntam: Será que o divórcio entre mente e matéria acabou? E será que o espírito e a ciência estão se juntando novamente?
De saída eu respondo que não, porque tanto as confusões da ciência quanto as confusões da teologia cristã continuam prevalecendo. (Fora, portanto, as religiões de outras latitudes).
A primeira ou a ciência insiste em manter as suas cinco vacas sagradas, ou seja a matéria, a energia, o espaço, o tempo e o plasma. Nem a física quântica conseguiu dessacralizar a falsa objetividade científica. Fez o possível para acabar com o aspecto material das coisas, mas colocou em seu lugar o aspecto da energia científica, totalmente santificada, energia que é torpe, burra, caótica e que no fundo, no fundo simplesmente não existe.
Se a Física Quântica, pelo menos e como energia, se tivesse valido da “Shakti”, do “Prana”, hinduísta, ou do “Chin”, taoista e que são Vitalidades Primordiais (Energia Verdadeira), sensíveis e inteligentes e criadoras ainda teria valido a pena.
O cristianismo biblicista em geral e por sua vez, jamais abandonará a estupidez do dogma do Pecado Original, por causa do qual adulterou toda a vida do Grande Mestre e Santo da Galiléia inventando concepção virginal, a paixão, a morte e a ressurreição em corpo e alma de alguém, o fim do mundo e o julgamento final, o paraíso e o inferno, a Parúsia ou o retorno de Jesus etc.Tudo isso correspondem a tremendos desvarios dos teólogos da igreja, com quase dois mil anos, e saturados de bolor, inclusive culpáveis de milhões e milhões de seres humanos sacrificados ou mortos, por causa do rigor e radicalismo de tais concepções delirantes.
Se os contratempos da ciência e da religião cristã continuam prevalecendo, então as duas ainda não estão dizendo a mesma coisa.Religião e ciência, por pura boa vontade estão tentando se aproximar. Mas tanto uma como a outra terão que abandonar seus extremimos, próprios das leis científicas e dos dogmas cristãos.
Desde a antiguidade, a busca pelo divino e a busca pelo conhecimento sobre o universo tem marchado lado a lado.Na Suméria antiga havia um deus da astronomia, um deus da horticultura, um deus da irrigação, e os sacerdotes dos templos eram os escribas e os tecnólogos que investigavam esses campos do conhecimento.Na Grécia antiga os filósofos se perguntavam por que estamos aqui? Qual o propósito da Vida? E nesse meio tempo desenvolveram a teoria do átomo, tentaram explicar os movimentos celestiais e os princípios da ética humana.
Na Europa medieval, contudo, a igreja alcançou o ápice do radicalismo, ou se outorgou uma posição de poder supremo. Elegia reis, possuía vastas porções de terras que os crentes lhes obsequiavam e ditava as verdade que ela mesma inventava, e dizia que eram as únicas que existiam... A Igreja católica medieval se autoproclamou ser a conhecedora de tudo. Os dogmas que ela inventava por conveniência sua, eram a própria Lei Geral.
Mas, mesmo assim, a ciência, em seus primórdios da Era Moderna (Século XVI em diante), buscou evoluir, se aperfeiçoar e em seu começo moderno, graças a Kepler, Copérnico e Galileu passou a desafiar as teses da astronômica antiga de Ptolomeu e outros mais, e que alegava que a terra era o centro do universo (geocentrismo).
Para fortalecer as colocações do Gênesis bíblico, geralmente primárias e gratuitas, e por conveniência a Igreja transformou essa tese em dogma. E ai de quem tentasse modificar os dogmas da Igreja. .Copérnico, Galileu e Giordano Bruno sentiram o peso da mão da igreja quando ousaram desafiar o dogma, as pretensas leis sagradas. Copérnico passou ileso das perseguições, porque a igreja não tomou conhecimento dele.Galileu foi quase excomungado e aprisionado e Giordano Bruno simplesmente foi morto na fogueira da inquisição por questionar e colocar em dúvidas o universo medieval da igreja, e sugerir que existiam outros mundos habitados, em perigo a tese velhaca do Pecado Original.
Incapaz de suprimir os avanços científicos por mais tempo, a igreja tentou se aproximar da ciência. Passaram a dividir os esforço para progredir e para alcançar um conhecimento mais válido. Por exemplo, o cientista e filósofo Descartes inventou o dualismo (ou o separatismo pretensamente real entre o sujeito “Res Cogitans ou a coisa que pensa” e o objeto “Res extensa ou a coisa que se estende”, tolice descabida, a meu entender).
A igreja, por meio de sua teologia e falsas revelações sagradas, dizia possuir o conhecimento do invisível, do espiritual.A ciência contrariamente preocupava-se com as coisas materiais e visíveis, e respectivo conhecimento. Este enfoque então cresceu mais do que aquele. E desse modo nasceu o materialismo.Aparentemente, passou então a prevalecer trégua inquietante.
Os cientistas não eram mais cerceados e proibidos, e em forma de vingança, reagiram. Passaram então a proclamar: “Tudo aquilo que não é visível é fantasia, delírio, ilusão!” E acrescentavam: "O homens, em essência, são pequenas máquinas que vivem e operam num universo mecânico previsível, governado por leis rígidas e imutáveis, as leis da ciência, as nossas leis. (Digo eu, tão estúpidas quanto os dogmas científicos).
A igreja tentou então revidar, e todos os cientistas ditos sem alma foram condenados ao inferno teológico inventado pela igreja. Mas isso já não funcionava mais.evolucionistas, a título de reação, deu o troco. "Alegou que o Criador (de seja qual for a religião) não é absolutamente nada. Não está em lugar algum. Nós, humanos, não fomos criados por ele. Somos seres aleatórios criados pelo acaso primordial, e estamos evoluindo e nos aperfeiçoando graças à luta do mais forte. Os evolucionistas constataram que o patrimônio genético se encontrava em constante mutação.Somos simples portadores de um DNA (ou de um ácidodesoxiribunucleico, pretensa e fantástica molécula bioquímica primordial a gerar genes), em sua incansável busca por um “cada vez mais”, num universo sem sentido".
Malgrado tais colocações, e enquanto isso, a religião e a ciência continuavam batendo a cabeça, perguntando-se: "Se tudo era mecânico, conforme Newton, e Deus era o único criador sagrado - pois Newton era biblicista - então para que servem os seres humanos e o que eles deveriam fazer? "
A ciência mergulhou ainda mais fundo num universo morto, num universo máquina e acabou descobrindo e revelando um mistérioEm pequenos recantos do tempo e espaço subatômico, os cientistas encontraram uma energia incomensurável. Era a fantástica energia da Fífísica Quântica e da Física Eletromagnética Escalar, ainda torpe e burra. Eram incríveis mistérios que desafiavam a mente. Mistérios que sugeriam que todos nós estamos conectados ou interligados. E que o universo físico em última instância e essência era um universo não-físico. Tempo e espaço eram apenas construções da mente para esse novo não-materialismo ou a física quântica.
Hoje os antigos cientistas até ontem renegados se encontram com não poucos líderes religiosos.E conferências que geram encontros da ciência e espírito acontecem.Com a chegada do século XXI, as portas da visão mecanicista (vão caindo)...E os bem intencionados se perguntam: Mas então, irá o século XXI derrubar a cortina de ferro entre igreja e laboratório? Vamos ver...
Por outro lado, o grande físico teórico e Ph.D Fred Alan Wolf, um grande e emérito cientista americano, com “C” maiúsculo, em determinado trecho do filme “A Física Quântica ou Quem Somos?". declara:“Amigos, se começarmos a olhar para tudo isso, (ou para todas as conquistas da Física Quântica Ondulatória e da Ciência Moderna), a única saída para o meu entendimento é que tem que haver uma presença inteligente. Tudo me leva a crer que existe um tipo de Mente Única, ou Deus, se você quiser chamar assim. Pense nessa minha sugestão, um instante. Mas o que foi que eu disse, finalmente? E o que você vai fazer com isso? Isso é como uma mordida, uma mordida do vazio. (Do Vazio Pleno ou Çuniata, oriental, digo eu).
O grande Fred Alan Wolf – Físico teórico e Ph.D volta a dizer em tal tal filme: “Nós precisamos de um novo ambiente espiritual. Precisamos de uma nova forma espiritual de compreender a natureza do que vem a ser um ser humano, porque as formas antigas, as mitologias antigas, a antiga monarquia do rei celestial ou de deus contra a velha maneira não autorizada dos cientistas fazerem as coisas estão mortas. E essas antigas intolerâncias precisam ser enterradas.
Precisamos de uma nova monarquia, de um novo reino, de uma nova visão. E eu acho que a física quântica pode nos ajudar a dar um passo nessa direção certa.
Pode ser que o que está acontecendo dentro de você, no seu cérebro, no seu sistema nervoso, no modo como você observa as coisas, como a memória funciona, como a mente funciona (é exatamente o mesmo do que acontece lá fora). É perfeitamente possível que o que está acontecendo lá fora seja uma espécie de inter-relação entre o observador e o objeto, e na verdade, essa inter-relação está tornando as coisas reais para você. Afeta inclusive a maneira de como você vê a realidade cotidiana.
Só que a nível cotidiano, essa inter-relação quântica ainda não está alterando a realidade fora de você. Você continua não conseguindo alterar as grandes cadeiras, poltronas, caminhões, escavadeiras e foguetes que estão sendo lançados. Sim, essas coisas não estão mudando. Mas você pode estar alterando a maneira de como percebe as coisas, e talvez inclusive seu modo de pensar, de sentir as coisas. Depois disso tudo mude também.
Falemos então sobre o mundo subatômico. E sobre o que este pode nos dizer a respeito da realidade total.A primeira coisa que quero dizer sobre o mundo subatômico é que ele é uma grande fantasia criada por físicos malucos, tentando imaginar o que está acontecendo quando se metem a fazer seus pequenos experimentos da física quântica. Com pequenos experimentos refiro-me à grande quantidade de energia contida em pequenos espaços num curto período de tempo. Nesse aspecto (ou diante desse enfoque), as coisas ficam muito loucas. A física subatômica foi inventada para tentar decifrar isso.
Precisamos de uma nova Ciência, tal como esta que estamos apresentando e que chamamos de Física Quântica, ciência essa que deveria estar sujeita a toda uma série de hipóteses, pensamentos, sentimentos e intuições discutíveis sobre o que de fato está acontecendo.
Tempo atrás, ou em junho ou julho de 2008, eu recebi pelo email uma comunicação que dizia: "Conheça as evidências científicas sobre a existência de Deus". “Venha a participar do workshop ministrado pelo professor e físico indiano Amit Goswami, um dos principais cientistas que protagonizaram o filme QUEM SOMOS NÓS. Ele é o autor do best seller “Física da Alma”.
Amit Goswami emprega os fundamentos da física quântica para apresentar evidências científicas sobre a existência de Deus. Aliando seu conhecimento de físico, às tradições espirituais, principalmente as orientais.Desenvolve um novo paradigma que nos leva a olhar Deus através de uma consciência quântica. Esta conferência será realizado em São Paulo em 25 de agosto 2007, no auditório da livraria cultura shopping Vila Lobos. Eu, infelizmente não pude comparecer. Também, depois de me mais uma vez me negarem a edição de meu trabalho, fiquei profundamente ressentido, humilhado.
E a propósito das "evidências científicas sobre a existência de Deus", malgrado as maravilhosas intenções de Amit Goshwami, não sei quem informou aos produtores dos dois filmes "QUEM SOMOS NÓS" sobre a eficácia cognoscitiva infalível da neurofisiologia científica. Não acredito que a neurofisiologia seja capaz de decifrar os paradoxos e enigmas da física quântica. E acho também bioquímica e neurofisiologia não devem ser o ponto de vista do grande físico e orientalista Amit Goshwami.
Esses produtores, de sua parte, concluíram então que somente a Neurologia, a Bioquímica cerebral e a Neurofisiologia poderiam fundamentar em definitivo a Física Quântica Ondulatória e fortalecê-la como uma ciência autêntica da objetividade cósmica definitiva.E a neurofisiologia, no caso, totalmente bioquímica, pretenderia também provar a existência de uma Consciência, mas agora quântico-bioquímico-material e inclusive capaz de estudar e observar a Física Quântica.
Eu considero essa possibilidade um verdadeiro disparate, porque a química e a bioquímica são invenções da cabeça humana (cérebro). Nunca foram Consciência, só pensamento ordinário. Tal consciência neurofisiológica em última instância ainda é pensamento, só que nunca orgânico-material, mas algo safado, sutil , enganador e que escapa para quem não se conhece a si mesmo.
Certos cientistas acham que o assim dito funcionamento do cérebro ajudaria a entender o que vem a ser o pensamento, o que vem a ser a consciência e a mente. Só que este pretenso cérebro-mente ou “organon deles” no começo do século XX teriam levado os cientistas a descobrir os tesouros da física quântica. Mas teria mesmo, ou foi algo mais quem forjou tudo?Por conseguinte, não me parece que tais bioquímicos e neurofisiólogos estão acertando em cheio no que se refere à mente-(cérebro).
A todo momento, os próprios físicos quântico do filme, indo muito além da matéria, além da mera objetividade pretensamente material, reconhecem o não-separatismo entre o sujeito e o objeto, e se flagraram da condição UNA (ou não-dual) de tudo. Ou seja, a Unicidade de tudo.
Os mestres da física quântica enfatizam e louvam, como raramente se via, a importância do pensamento em si, principalmente louvam a intenção, sem conhecê-la a fundo – e que na Física Quântica resulta em grandes “frutos”. Louvam a observação quântica e o dado observado. Louvam e principalmente a Mente ou a Consciência, quântica, as quais espero sejam Verdadeiras, porque consciências secundárias ou falsas mentes também existem, como as que o materialismo científico apresenta.
Não sei como, mas talvez os criadores do filme tenham sido informados que em nenhum tomo, livro, alfarrábio de filosofia e teologia do mundo ocidental, de todos os tempos, existem alguma explicação realmente esclarecedora e definitivamente convincente sobre a mente verdadeira. E isso da parte dos filósofos e teólogos daqui mesmo.
Tais produtores dos filmes, tiveram então que apelar para os pesquisadores modernos da ciência biológica, da bioquímica e da neurofisiológica.No filme valeram-se também de um notável e sapientíssimo teólogo que falou muito bem e falou de tudo, mas nada disse a respeito do Reto Conhecimento, do qual alguns físicos da quântica ondulatória também carecem.
Lamentavelmente os biólogos e neurofisiologistas nunca levaram em conta que tudo o que chamamos de natureza organizada, de mundo organizado, de química orgânica e bioquímica, de fantásticas macromoléculas, de peptídeos etc. etc., tudo isso era e é tão-somente fruto do Pensamento Primevo. Ou melhor dito, fruto de um modo de pensar especial, que jamais é igual à pretensa bioquímica cerebral trabalhando. Esse modo ladino transcende.
Nossos amigos fazedores do filme, esqueceram-se também e principalmente da fantástica sabedoria dos taoístas, budistas, hinduístas, iogues, zenbudistas, lamaístas, xamãs, e que têm muitas explicações boas, e respostas para quase tudo. Esqueceram também das conquistas do espiritualismo ocidental e das psicociências paranormais que com relação à mente mergulharam fundo, muito mais fundo que um Freud, que desprezava o espiritualismo científico e a metapsíquica de seu tempo, coisa que com Karl Jung não fez. Este gênio foi mais atento.
Eles se esqueceram porque de fato é extremamente difícil entender essas ciências da Mente Verdadeira e do Espírito, com MAIS DE CINCO MIL ANOS DE IDADE, além dos enfoques mais recentes.Preferiram apelar então para a biologia, para bioquímica e para a neurofisiologia. Achando que elas ofereceriam uma resposta para os dilemas cognoscitivos e perceptuais da física quântica, resposta certa que jamais vai prevalecer. Apenas vai continuar vingando uma complicação cada vez maior.
É lamentável dizê-lo, mas as colocações e “provas” da neurofisiologia apresentadas no filmes se conflituam por completo com as colocações da física quântico ondulatória, malgrado a mocinha da ficção científica (Quem Somos nós, 1 e 2) ou filme, por arte dos diretores e idealizadores do filme, se encaixe muito bem nos dois enfoques – física quântica e neurofisiologia – aparentemente conflictantes. Os fazedores do filme, então, conciliam tudo com inteligência.
As ciências biológicas insistem em se basearem na matéria organizada – que nunca ninguém criou nem organizou, nem o Deus bíblico, nem o deus acaso da ciência – e que por causa do pensamento ladino, e da sutil estruturação pensante, tal pretensa matéria organizada se apresentaria como essas ciências acham. As moléculas da química organizada e as macromoléculas da bioquímica ao se organizarem, ao se rearranjarem, por puro acaso, teriam originado os milagrosos genes, as células, os hormônios, os peptídeos, as proteínas, os aminoácidos e muitas lorotas mais, que tudo parecem preencher e resolver, mas não explicam absolutamente nada.
A física quântico ondulatória, em seus estudos extremados da objetividade, sem o querer, caiu em cheio numa subjetividade e objetividade especiais, que com razão chamou Consciência, Mente, Espírito, SER, e que de algum modo são exatamente aquilo que a Eterna Sabedoria sempre sugeriu.
Mas a biologia científica, a bioquímica e a neurofisiologia, ocupando um espaço que não lhe cabe, e que é a epistemologia ou modo correto de conhecer, não ofereceram resposta alguma ao dilema do Reto Conhecimento e Saber Perfeito, porque tais ciência são objetividade. Apenas apresentam suas complexíssimas colocações objetivadas, e pretensas descobertas cerebrais que não nos levam a parte alguma. É preciso que se saiba que a pessoa-objeto, o corpo-cérebro deles, nunca pode conhecer realmente o objeto-coisa. Só EU SOU ou a Consciência-SER Sabe-Sente-Intui o que vem a ser aquilo que se coloca na sua frente feito OBJETOAmigos, acredito que este meu livro (Uma Revolução na Física Quântica – Consciência ou Matéria?) e é exatamente a contribuição que faltava para enriquecer as colocações da Física Quântica.

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