domingo, 14 de dezembro de 2008

É A CIÊNCIA UMA NOVA RELIGIÃO? ou os Perigos do Dogma Científico EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA – ESGOTADO ERNESTO BONO – VERSÃO ANTIGA

Preocupando-se profundamente com a análise dos ensinamentos que lhe chegavam da cátedra, através de livros ou de outros meios de informação, Bono tornou-se logo um fascinado pelo estudo da problemática científica. Para esse tema, vem dedicando anos de árdua pesquisa e atilada meditação. E isso incrementou nele a certeza de que era imperiosa uma total revisão não só dos postulados científicos, mas principalmente da Teoria do Conhecimento que fundamenta tais postulados. No entender de Bono, a ciência moderna, herdeira do pensamento bíblico-aristotélico, está dominada por paradigmas que são verdadeiros substitutos dos dogmas das velhas religiões. Neste livro polêmico e revisionista, que não se subordina a nenhuma doutrina filosófica, religiosa, política ou ideológica, Bono expõe e critica as perspectivas do homem num mundo cada vez mais subjugado pela interpretação científica do universo e das coisas. O autor mostra que a maneira de pensar vigente coisifica o homem, e endeusa a pretensa objetividade material às custas do que há de mais sagrado na mente humana primordial. Mais sagrado esse que não é algo objetivo ou subjetivo, mas existe em si, independente de elucubrações e opiniões lógico-racionais. Depois de examinar as limitações impostas pela interpretação lógico-racional, o autor investiga as bases de uma nova visão cósmica e de uma nova realidade, as quais possibilitam a plena expansão dos indivíduos e de sua sociedade. O estudo do Dr. Ernesto Bono é exposto através de um diálogo entre dois personagens, Teofrastus e Bombastus, numa linguagem amena e acessível. Nele se discutem, com veemência e calor, temas e problemas da maior importância e de profundo interesse humano. Em "É a Ciência Uma Nova Religião?" são propostos e debatidos os mais diversos aspectos e inesperados ângulos da empolgante questão da validez do conhecimento científico. Assim, entre outros e tantos assuntos, o ensaísta focaliza a relação homem-natureza; a maneira como, tanto o Ocidente quanto o Oriente, enfocam a realidade externa e de qual conhecimento se valem; as origens da ciência e os recursos que há séculos ela vem utilizando para alcançar seu objetivo: a hegemonia mundial (absolutismo e dogmatismo). O autor faz ainda uma análise crítica das leis e verdades científicas que, ao longo da evolução histórica, foram se implantando no Ocidente, além de denunciar o impasse que o dogmatismo da ciência estabeleceu em nossa cultura atual. O polêmico e instigante ensaio, em sua parte final, propõe uma reavaliação crítica dos mecanismos do conhecimento. Além do meramente intelectual e racional, é preciso que se reencontre aquela sabedoria que possibilite ao homem tirar proveito de seu gênio e de suas potencialidades criadoras.

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