Acredito que o título deste meu presente trabalho é extremamente audacioso, pois ninguém se permitiria duvidar da validez dos meios do conhecimento consagrados pela tradição, pela filosofia em geral, pelas religiões do Ocidente e principalmente pela Ciência Moderna. E não se trata somente de duvidar de tais meios, como principalmente chamá-los de A Farsa dos Meios do Conhecimento.
Pois é, amigos, se se aceitasse a absoluta validez dos meios do conhecimento, ou seja, se se aceitasse a absoluta validez dos órgãos sensoriais, dos corpúsculos sensitivos, dos terminais nervosos, dos nervos sensitivos ou aferentes, do cérebro, da mente personificada, da alma teológica, do ego-consciência, do inconsciente inventado por Freud, do Id, do Superego, da lógica-razão, da memória-raciocínio-imaginação, etc., isso obrigaria a que um criticismo superior, inteligente, mordaz e uma lógica extremada e autofágica se silenciassem e se anulassem, para que ficassem prevalecendo os pareceres dogmaticamente limitadores, que a seguir transcreverei. Frente a certos ardis dialéticos como os que vêm a seguir, todo mundo costuma baixar a cabeça, emudecer e não saber o que dizer, quando contrariamente aí é que se deveria protestar e criticar contra aquilo que nos é impingido à força.
A propósito, os olhos anatômicos-fisiológicos, os ouvidos, os corpúsculos sensitivos, os terminais nervosos, os nervos sensitivos ou aferentes, o cérebro escondido, a mente personificada, o inconsciente freudiano, a alma teológica, a memória-raciocínio-imaginação e outras artimanhas mais da atividade mental não são verdades da natureza que o raciocínio descobriu e interpretou corretamente; mas são forjações, invenções, engendramentos de um pensamento astuto e primevo que, valendo-se da execução do ato propositado, materializa tudo o que inventa. E é esse pensamento não cerebral que, depois, reconhece suas próprias forjações e exclama: Conheço!, Descobri!, Agora sim eu sei!
Antes de dar-se esse falso conhecer e reconhecer, há uma Mente Primeva que nada tem a ver com o fisiologismo cerebral e nada tem a ver com aquilo que a neurologia forjou, reconheceu e sacramentou. Essa Mente Primeva não é corpo anatômico reconhecível e manipulável.
a. Os meios do conhecimento são absolutamente indispensáveis e válidos para qualquer investigação crítica e inteligente e, inclusive, serviriam para a auto-reflexão e para a meditação. (Em verdade, tais meios do conhecimento só parecem ser indispensáveis numa investigação discursiva, pretensamente filosófica, religiosa e científica, investigação essa cheia de truques, restrições, dependências, limitações e aparências)
b. Os meios do conhecimento são indubitavelmente infalíveis, axiomáticos, e duvidar de sua função significa estultícia. (Isso é o que a ciência, a filosofia, a teologia e a tradição vigente dizem, porque lhes convém).
c. Os (pretensos) meios do conhecimento são universalmente aceitos por todos, principalmente pelos filósofos comuns, pelos cientistas, pelos teólogos, pelos psicólogos, psiquiatras e outros mais. (infelizmente, digo eu).
Amigos, nos três tópicos acima há um subentendido sagaz ou uma objeção básica que parece dizer que se não se aceita a validez prévia dos meios fisiológicos do conhecimento, não se pode fazer um criticismo eficaz. Essa objeção, contudo, está assentada em inúmeras confusões e elementos gratuitos.
Primeiramente, tal postura utiliza o intelecto ou o pensamento sofisticado, embora não saiba o que vem a ser o pensamento em si. Tampouco leva em conta que uma dialética realmente boa não teme enfrentar a pretensa infalibilidade da lógica-razão, e muito menos busca assentar-se a si mesma, no trono da verdade, feita uma testemunha perfeita, como a lógica-razão faz.
As objeções supra poderão parecer válidas para uma lógica comum, ou para a maneira de pensar e de agir da ciência que, pretendendo manipular o mundo objetivo e dele tirar proveito, são obrigadas a aceitar os cânones filosóficos da lógica em voga.
De antemão, porém, um homem inteligente e avisado se apercebe que tais cânones lógicos são falsos, ladinos, enganadores e principalmente deturpadores da vida.
Nenhuma atividade sadia poderia saltar fora desses cânones. Bem ao contrário, o que surge daí são complicação, desvirtuamento e violência. Ademais, submeter-se a tais pretensos cânones é igual a assentar causas e condições esdrúxulas, mas em verdade deletérias e negativas, em que a sensibilidade e a inteligência do homem primevo serão sempre sacrificadas. E para favorecer esse arbítrio, digamos, um ato propositado sempre acabará cumprindo-se a favor do mal pensar, feito uma experimentação científica ou feito uma violência disfarçada de dogma.
De qualquer modo, aceitar essas três objeções do senso comum, do pensar filosófico e científico, seria um verdadeiro suicídio. Se os princípios do senso comum e da ciência tivessem que ser sempre aceitos como infalíveis, eles nos levariam a uma regressão, para um menos infinito de tolices e confusões, como as que o conhecimento científico vem desencadeando e estabelecendo nos tempos atuais.
Pois é, amigos, se se aceitasse a absoluta validez dos meios do conhecimento, ou seja, se se aceitasse a absoluta validez dos órgãos sensoriais, dos corpúsculos sensitivos, dos terminais nervosos, dos nervos sensitivos ou aferentes, do cérebro, da mente personificada, da alma teológica, do ego-consciência, do inconsciente inventado por Freud, do Id, do Superego, da lógica-razão, da memória-raciocínio-imaginação, etc., isso obrigaria a que um criticismo superior, inteligente, mordaz e uma lógica extremada e autofágica se silenciassem e se anulassem, para que ficassem prevalecendo os pareceres dogmaticamente limitadores, que a seguir transcreverei. Frente a certos ardis dialéticos como os que vêm a seguir, todo mundo costuma baixar a cabeça, emudecer e não saber o que dizer, quando contrariamente aí é que se deveria protestar e criticar contra aquilo que nos é impingido à força.
A propósito, os olhos anatômicos-fisiológicos, os ouvidos, os corpúsculos sensitivos, os terminais nervosos, os nervos sensitivos ou aferentes, o cérebro escondido, a mente personificada, o inconsciente freudiano, a alma teológica, a memória-raciocínio-imaginação e outras artimanhas mais da atividade mental não são verdades da natureza que o raciocínio descobriu e interpretou corretamente; mas são forjações, invenções, engendramentos de um pensamento astuto e primevo que, valendo-se da execução do ato propositado, materializa tudo o que inventa. E é esse pensamento não cerebral que, depois, reconhece suas próprias forjações e exclama: Conheço!, Descobri!, Agora sim eu sei!
Antes de dar-se esse falso conhecer e reconhecer, há uma Mente Primeva que nada tem a ver com o fisiologismo cerebral e nada tem a ver com aquilo que a neurologia forjou, reconheceu e sacramentou. Essa Mente Primeva não é corpo anatômico reconhecível e manipulável.
a. Os meios do conhecimento são absolutamente indispensáveis e válidos para qualquer investigação crítica e inteligente e, inclusive, serviriam para a auto-reflexão e para a meditação. (Em verdade, tais meios do conhecimento só parecem ser indispensáveis numa investigação discursiva, pretensamente filosófica, religiosa e científica, investigação essa cheia de truques, restrições, dependências, limitações e aparências)
b. Os meios do conhecimento são indubitavelmente infalíveis, axiomáticos, e duvidar de sua função significa estultícia. (Isso é o que a ciência, a filosofia, a teologia e a tradição vigente dizem, porque lhes convém).
c. Os (pretensos) meios do conhecimento são universalmente aceitos por todos, principalmente pelos filósofos comuns, pelos cientistas, pelos teólogos, pelos psicólogos, psiquiatras e outros mais. (infelizmente, digo eu).
Amigos, nos três tópicos acima há um subentendido sagaz ou uma objeção básica que parece dizer que se não se aceita a validez prévia dos meios fisiológicos do conhecimento, não se pode fazer um criticismo eficaz. Essa objeção, contudo, está assentada em inúmeras confusões e elementos gratuitos.
Primeiramente, tal postura utiliza o intelecto ou o pensamento sofisticado, embora não saiba o que vem a ser o pensamento em si. Tampouco leva em conta que uma dialética realmente boa não teme enfrentar a pretensa infalibilidade da lógica-razão, e muito menos busca assentar-se a si mesma, no trono da verdade, feita uma testemunha perfeita, como a lógica-razão faz.
As objeções supra poderão parecer válidas para uma lógica comum, ou para a maneira de pensar e de agir da ciência que, pretendendo manipular o mundo objetivo e dele tirar proveito, são obrigadas a aceitar os cânones filosóficos da lógica em voga.
De antemão, porém, um homem inteligente e avisado se apercebe que tais cânones lógicos são falsos, ladinos, enganadores e principalmente deturpadores da vida.
Nenhuma atividade sadia poderia saltar fora desses cânones. Bem ao contrário, o que surge daí são complicação, desvirtuamento e violência. Ademais, submeter-se a tais pretensos cânones é igual a assentar causas e condições esdrúxulas, mas em verdade deletérias e negativas, em que a sensibilidade e a inteligência do homem primevo serão sempre sacrificadas. E para favorecer esse arbítrio, digamos, um ato propositado sempre acabará cumprindo-se a favor do mal pensar, feito uma experimentação científica ou feito uma violência disfarçada de dogma.
De qualquer modo, aceitar essas três objeções do senso comum, do pensar filosófico e científico, seria um verdadeiro suicídio. Se os princípios do senso comum e da ciência tivessem que ser sempre aceitos como infalíveis, eles nos levariam a uma regressão, para um menos infinito de tolices e confusões, como as que o conhecimento científico vem desencadeando e estabelecendo nos tempos atuais.
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